Fichamento Texto: Antropologia Estrutural Dois
Por: Sah.vitorino • 9/6/2018 • Ensaio • 1.166 Palavras (5 Páginas) • 770 Visualizações
Aluno: Sarah Vitorino de Souza Nº USP: 10703062
Disciplina: Antropologia I Professor responsável: Vagner Gonçalves da Silva
FICHAMENTO
Texto: Lévi-Strauss, Claude. Antropologia Estrutural Dois. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro. 1973. Cap. 18 – Raça e História.
PARTE I – RAÇA E CULTURA
(§§ 1 – 4) Lévi-Strauss argumenta que com os avanços intelectuais a noção de raças atrasadas, derivada da cor destas não se sustenta mais. Ele explana as teorias racistas evolucionistas como um erro intelectual. Cita Gobineu, e a degeneração derivada da mestiçagem, que foi percursora de erros teóricos e que influenciou no tratamento, ou melhor, no rebaixamento de raças ditas inferiores. Lévi-Strauss também fala das que as distinções entre raças estão ligadas ao fator geográfico e a cultura, que mesmo dentro do mesmo espaço geográfico pode ser diversa. Ele termina estes parágrafos com as desigualdades não apenas de raças, mas também as de cultura, trazendo novas questões a busca antropológica pelas estruturações das sociedades e suas variações culturais.
PARTE II – DIVERSIDADE DAS CULTURAS.
(§§ 5 – 8) Aqui ele distingue as culturas, dando exemplos da diversidade destas. Inicia também o argumento de que essas culturas eram modificadas de acordo com o contato com outras culturas que as circundavam. Todas as culturas emergem de um ponto em comum, e são modificadas com as interações que ocorrem com o tempo, mesmo em culturas “isoladas”.
PARTE III – ETNOCENTRISMO.
(§§ 9- 18) Neste trecho, o autor aborda o etnocentrismo, tanto polos ditos “civilizados”, quanto pelos “selvagens”. Ele argumenta que este sentimento é intrínseco ao homem, a repulsa pelo diferente, porem, diz também que se apegar a este sentimento para a criação de uma doutrina que tenta explicar o diferente, gera erros grotescos e resvala no racismo. Doutrinas estas que sempre se perpetuam pois quem as escreve são os “dominadores”. Lévi-Strauss também comenta sobre o evolucionismo biológico e o sociológico, dando ao segundo a alcunha de “maquiagem falsamente cientifica”.
PARTE IV - CULTURAS ARCAICAS E CULTURAS PRIMITIVAS.
(§§ 19 – 27) Aqui o autor disserta sobre os tipos de civilização, onde todas possuem sua maneira característica de crescer, mais uma vez pondo em xeque a teoria evolucionista que classifica as culturas pelo seu prima civilizatório. O autor separa as culturas em 1 – suas e contemporâneas. 2- próximas geograficamente, mas que precedeu a primeira. E 3 - a que não estava no escopo geográfico e nem no mesmo tempo, mas que não deixaram de existir e criaram sua historia e peculiaridades, sendo estas parecidas ou não com as atuais.
PARTE V – A IDEIA DE PROGRESSO
(§§ 28 – 33) Neste trecho Strauss fala sobre a ideia de progresso, mais uma vez criticando a teoria evolucionista. Ele diz que o progresso não é, e nunca foi linear, usa o fato de que varias “eras” divididas pelos arqueólogos coexistiram, ou seja, aconteciam simultaneamente. Assim como variações de hominídeos e civilizações. Termina dando exemplo dos povos da américa que obtiveram o progresso a sua forma – incas, astecas, maias. Neste trecho o autor deixa claro que os processos de evolução tecnológica não são único e característico dos povos europeus, mas sim de todos os povos. Cada qual a seu tempo, respeitando a sua localização e as mudanças empíricas que ocorreram durante sua existência.
PARTE VI – HISTORIA ESTACIONARIA E HISTORIA CUMULATIVA.
(§§ 34 – 43) O autor elabora aqui, argumentos sobre a visão de sociedades, ou melhor, culturas estacionarias e cumulativas. Aqui ele irá especificar que essas diferenças se baseiam na nossa forma de interpretar tais culturas. Dando aqui diversos exemplos como o do comboio de trens, quando este está paralelo ao nosso, e na mesma velocidade, é fácil entender o que se passa nele, porem, se este comboio for menor, ou mais veloz este é mais difícil de entender e enxergar o que ocorre dentro dele. Além do mais, o autor irá citar muitas culturas ditas atrasadas, e mostrara suas grandes contribuições. Ele finalizara dizendo que a etnologia moderna não vem para enaltecer fragmentos, ou as contribuições desta ou daquela cultura, mas sim para “desvendar as origens secretas” das estruturas dessas sociedades – religiosa, politica, social etc - , e entender como funcionavam e para que serviam
PARTE VII – LUGAR DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL
(§§ 44- 50) Lévi-Strauss aqui mostra que as sociedades ocidentais se impuseram de certa forma sobre as outras sociedades existentes. Incitando assim desigualdades brutais que não eram vistas antes. Ele diz que sim, até houve um mimetismo de algumas dessas sociedades subjugadas, pois a sociedade europeia foi por muito tempo vista como modelo de civilização, e sim também houve a imposição e até um certo sincretismo, uma mistura. Termina discorrendo que esta imposição de superioridade da cultura ocidental não fora exclusivo da civilização europeia, porém foi com certeza a mais profunda.
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