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Fichamento cultura um conceito antropológico

Por:   •  9/9/2017  •  Resenha  •  1.009 Palavras (5 Páginas)  •  1.744 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FICHA Nº 02

CULTURA E INFORMAÇÃO

MUSEOLOGIA

PROFESSOR: RUBENS ALVES

1. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: LARAIA, Roque, Cultura: Um conceito antropológico, da natureza da cultura (parte 1), Rio de Janeiro, 2003.

2. ESPECIFICAÇÃO DO REFENTE UTILIZADO: Referências de cultura e antropologia contidas na obra.

3. TEXTO DA FICHA:

3.1 O DETERMINISMO BIOLÓGICO: Nessa primeira parte da obra o autor busca esclarecer o fato de que as características genéticas não são determinantes das características culturais, justificando tal fato com a afirmativa de que qualquer criança normal pode ser adaptada em qualquer cultura independente do lugar em que nasceu desde que seja colocada nessa situação desde seu nascimento. Além disso, o autor ressalta que as diferenças genéticas hereditárias não influenciam significativamente nas diferenças culturais, ou seja, o nível de inteligência ou aptidão para tarefas são praticamente os mesmo em qualquer grupo étnico, sendo a divisão de tarefas por sexo ou etnia algo determinado culturalmente e não biologicamente.

3.2 O DETERMNINISMO GEOGRÁFICO: Nessa seção o autor aborda teorias sobre a influência do ambiente físico nas diversidades culturais, citando vários antropólogos que refutariam essas teorias posteriormente, dizendo que a influência geográfica sofre uma limitação, sendo possível existir diferentes culturas em ambientes similares, nos quais os habitantes possuem fauna e flora semelhantes para uso, não sendo possível aceitar o determinismo geográfico, podendo as diferenças serem explicadas de acordo com as limitações sofridas por fatores biológicos ou ambientais.

3.3 ANTECEDENES HISTÓRICOS DO CONCEITO DE CULTURA: Na terceira parte do livro, Laraia discorre sobre vários conceitos de cultura, sendo o primeiro proposto por Edward Tylor, o qual abordava cultura como “[...] o complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.” (p.25), o qual é usado atualmente. John Locke também foi um grande pensador nesse conceito, refutando as ideias de que os princípios são impressos hereditariamente na mente humana, dando os primeiros passos a caminho do relativismo cultural dizendo que “[...] raramente há princípios de moralidade para serem designados que não seja em uma parte menosprezada e condenada pela moda geral de todas as sociedades de homens, governada por opiniões e condutas bem contrárias umas as outras.” (p.26). Após Locke, Jacques Turgot afirma que o homem é capaz de reter suas ideias, como uma herança transmitindo a cultura para outros descendentes. Enfim, Geertz busca reduzir esse conceito para algo mais básico, transformando em algo mais especializado, sendo esse o tema mais importante da antropologia moderna.

3.4 O DESENVOLVIMENTO DE CULTURA: Nesse capítulo mais extenso do texto, o autor expõe vários conceitos de cultura formulados ao longo do tempo, sendo os mais importantes os de Tylor, o qual afirma que a cultura é um fenômeno natural e um objeto de estudo sistemático. Tylor também trata o livre arbítrio como algo não só sobre suas ações, mas sim sobre o poder de quebrar a continuidade e agir sem causa. Tylor trata a diversidade como a desigualdade dos estágios do processo de evolução, por isso diz que a cultura se desenvolve em uma escala evolutiva e possui vários estágios. Franz Boas, também citado pelo autor, vem com uma reação ao evolucionismo, tratando a antropologia como um meio de restauração da história de diferentes

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