Fichamento o que faz do brasil, brasil
Por: dehfuchs • 28/9/2015 • Resenha • 1.254 Palavras (6 Páginas) • 573 Visualizações
Nome: Débora Victoria Fuchs Simião
Curso: Direito - Disciplina: Antropologia
Período: 1º / Noite
- DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil?. 11. ed., Rio de Janeiro: Rocco, 2000. 126p.
- Capitulo 1- O que faz o brasil, Brasil? A questão da identidade
“O “brasil” com o b minusculo é apenas um objeto sem vida, autoconsciência ou pulsação interior, pedaço de coisa que morre e não tem a menor condição de se reproduzir como sistema [...]” (p.7)
“Não queremos ver um Brasil pequeno e outro grande, já feito. Não! Queremos, isto sim, descobrir como é que eles se ligam entre si [...]” (p.10)
“[...] o que faz o brasil, Brasil é uma imensa, uma inesgotável criatividade acasaladora. Sustento que, enquanto não formos capazes de discernir essas duas faces de uma mesma nação e sociedade, estaremos fadados a um jogo cujo resultado já se sabe de antemão. ” (p.14)
- Capitulo 2- A casa, a rua e o trabalho
“Do trabalho para casa, de casa para o trabalho. A casa e a rua interagem e se complementam num ciclo que é cumprido diariamente por homens e mulheres, velhos e crianças. ” (p.15)
“Quero me referir-me ao amor filial e familial que se deve estender pelos compadres e pelos amigos, para quem as portas de nossas casas estão sempre abertas e nossa mesa está sempre posta e farta. ” (p.17)
“Assim, a casa demarca um espaço definitivamente amoroso onde a harmonia deve reinar sobre a confusão, a competição e a desordem. ” (p.19)
- Capitulo 3- A ilusão das relações sociais
“[...] é possível dividir as “raças” de acordo com três critérios fundamentais: o intelecto, as propensões animais e as manifestações morais. ” (p.21)
“É que, quando acreditamos que o Brasil foi feiro de negros, brancos e índios, estamos aceitando sem muita critica a ideia de que esses contingentes humanos se encontraram de modo espontâneo, numa espécie de carnaval social e biológico. ” (p.27)
“ [...] é mais fácil dizer que o Brasil foi formado por um triangulo de raças, o que nos conduz ao mito da democracia racial, do que assumir que somos uma sociedade hierarquizada, que opera por meio de gradações e que, por isso mesmo, pode, admitir, entre o branco superior e o negro pobre e inferior, uma série de critérios de classificação. “ (p.28)
- Capitulo 4- Sobre comidas e mulheres
“Comidas e mulheres, assim, exprimem teoricamente a sociedade, tanto quanto a política, a economia, a família, o espaço e o tempo, em suas preocupações e, certamente, em suas contradições. “ (p.29)
“Alimento é tudo aquilo que pode ser ingerido para manter uma pessoa viva, comida é tudo que se come com prazer, de acordo com as regras mais sagradas de comunhão e comensalidade. “ (p. 32-33)
“O fato é que as comidas se associam à sexualidade, de tal modo que o ato sexual pode ser traduzido como um ato do “comer”, abarcar, englobar, ingerir [...]” (p.36)
“Temos, então, na nossa cozinha, na nossa comida e no nosso modo de comer, uma obsessão pelo código culinário relacional e intermediário. Um código marcado pela ligação. “ (p.39)
- Capitulo 5- O carnaval, ou o mundo como teatro e prazer
“Todas as sociedades alternam suas vidas entre rotinas e ritos, trabalho e festa, corpo e alma, coisas dos homens e assunto dos deuses, períodos ordinários [...]” (p.40)
“Todos os sistemas constroem suas festas de muitos modos. No caso do Brasil, a maior e mais importante, mais livre e mais criativa, mais irreverente e mais popular de todas é, sem dúvida, o carnaval. “ (p.43)
“Penso que o carnaval é basicamente uma inversão do mundo. Uma catástrofe. Só que é uma reviravolta positiva, esperada, planificada e, por tudo isso, vista como desejada e necessária em nosso mundo social. “ (p.46)
“[...] o carnaval é a possibilidade utópica de mudar de lugar, de trocar de posição na estrutura social. De realmente inverter o mundo em direção à alegria, à abundância, à liberdade e, sobretudo, à igualdade de todos perante a sociedade. Pena que tudo isso só sirva para revelar o seu justo e exato oposto. “ (p.49)
- Capitulo 6- As festas da ordem
“As festas permitem descobrir oscilações entre uma visão alegre e uma leitura soturna da vida. Permitem igualmente inventar temporalidades diferenciadas, pois promovem uma duração muito rápida [...] ou muito lenta e pesada, como acontece com quase todos os rituais da ordem ou formalidades. “ (p.50)
“[...] no caso brasileiro, todas as solenidades permitem ligar a casa, a rua e outro mundo. Só que cada uma delas faz essa ligação de modo especifico e a partir de posições diferentes. “ (p.51)
“Nas festas da ordem, a ênfase é sempre colocada na ordem, na regularidade, na repetição, na marcha ordeira, no cântico cadenciado, no controle do corpo que, repito, remete a ideia de sacrifício e disciplina [...]” (p.53)
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