Fundamentos historicos do ss

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                                                SERVIÇO SOCIAL

FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL III

     

SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE E POSSÍVEIS ÁREAS DE ATUAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL

Professora: Ms Elaine Cristina Vaz Vaez Gomes

Acaraú, 08 Novembro de 2014

RESUMO

O presente estudo tem como finalidade compreender e descrever as origens da Política Social, associar as demandas sociais às políticas sociais existentes e analisar a atuação profissional nessas demandas.

INTRODUÇÃO

Este estudo tem por finalidade, produzir um artigo científico que demonstre uma sequência de ideias reflexivas e críticas a respeito do tema em estudo. Para a elaboração deste relatório a equipe realizou pesquisas e levantamentos bibliográficos sobre as possibilidades de atuação do Assistente Social no mundo contemporâneo.

O presente estudo apresenta em seu contexto a importância do Serviço Social nos dias de hoje e as principais tendências para a sua área no mercado de trabalho brasileiro e na contemporaneidade. Adiante o estudo traz as definições de Filantropia e Assistencialismo e apresenta a relação existente entre os mesmos e o Serviço Social. O estudo também relata sobre o mercado de trabalho do Assistente Social e elenca as possíveis áreas de atuação do profissional, tanto nos setores privado e público, quanto no terceiro setor, além de discutir, como são, geralmente, as condições de trabalho nesses setores. Por fim o trabalho apresenta a atuação do Assistente Social no setor público com a finalidade de aprofundar o estudo a respeito do espaço de trabalho, do público e das demandas encontradas nesse setor.

Para darmos início ao nosso artigo científico, partiremos da importância do Serviço Social nos dias de hoje. Por tanto, a partir de estudos e pesquisas, em diferentes fontes, podemos afirmar que o Serviço Social de hoje, está ligado aos fatos do cenário geral dos processos econômicos, da sociedade e das políticas públicas, e tem nos Assistentes Sociais uma formação de cunho humanitário, comprometido com valores que respeitam as diferenças das minorias, sem discriminação de qualquer natureza, tendo em sua compreensão o projeto ético-político da profissão, sempre com base em seu código de ética.

Fazendo uma análise dos tempos atuais e focalizando o Serviço Social neste contexto, chegamos à conclusão que é um momento de desafios, onde não há facilidades. Nessa era da globalização, do grande capital financeiro, o desemprego aparece em alto índice, aumentando a exclusão social de várias famílias, que passam a depender diretamente da intervenção dos Assistentes Sociais junto ao poder público.

 Segundo Iamamoto (2004 p.18), “(...) os Assistentes Sociais são desafiados neste tempo de divisas, de gente cortada em suas possibilidades de trabalho e de obter seus meios de sobrevivência, ameaçada na própria vida.” O Assistente Social de hoje deve participar de políticas públicas, devendo atuar também em gestões de políticas sociais, sendo aquele profissional que rompe com hábitos institucionais buscando conhecer a realidade, podendo diagnosticar tendências e ideias inovadoras. Deve-se enfatizar também que os profissionais do Serviço Social não são responsáveis de resolver todos os problemas, mas devem sim possibilitar soluções, ou seja, viabilizar meios.

Tendo como base as questões sociais, sendo estas determinadas por várias desigualdades sociais, de uma sociedade cada vez mais capitalista, onde o trabalho é coletivo, mas o resultado deste é privado. Hoje o Serviço Social está presente em diversas áreas da vida cotidiana, sendo um grande desafio para o Assistente Social desvendar as mazelas na vida dos indivíduos, grupos e coletividade.

Hoje o cenário que molda a profissão do Assistente Social, são as difíceis condições de trabalho, requisitando uma ideia coletiva de exercício e formação profissional, no intuito de construir respostas acadêmicas, técnicas e ético políticas, pautadas nos processos sociais em curso. Tais respostas devem ser resultado de uma ação competente e crítica, sendo capaz de fazer frente, de uma maneira eficaz e criativa, aos desafios dos novos tempos, nos caminhos da conservação e aumento das conquistas democráticas da nossa sociedade.

É necessário que no dia a dia profissional, o Assistente Social se articule e estimule todos os segmentos, para conseguir coletivamente a garantia de defesa dos direitos sociais conquistados na Constituição de 1988. É de grande importância que o Assistente Social de hoje pense e reconheça as inúmeras alterações que aconteceram e que estão acontecendo na America latina e no mundo, e tais reflexões devem ser feitas com um olhar global, considerando todas as vertentes, sejam elas: políticas, sociais, econômicas e culturais, tendo consciência de que essas mudanças são grandes desafios.

Para que se ganhe uma reciprocidade do Serviço Social com os novos tempos, é preciso estender os campos, enxergar longe, para a ação das classes sociais e do estado em seu relacionamento com a sociedade, não para perder ou diminuir as particularidades profissionais, pelo contrario, para vê-las com maior clareza.

É necessário sair dessa redoma de vidro que aprisiona os Assistentes Sociais numa visão de dentro e para dentro do Serviço Social, como forma de captar as novas mediações e requalificar o fazer profissional, identificando suas particularidades e descobrir alternativas de ação. O Assistente Social tem sido historicamente um dos agentes profissionais que implantam políticas sociais, especialmente políticas públicas. Mas hoje o próprio mercado demanda, além de um trabalho na esfera de execução, a formulação de políticas públicas e a gestão de políticas sociais.

O profissional do Serviço Social deve ter total conhecimento de seus direitos estabelecidos pelo Código de Ética Profissional. Iamamoto no artigo de sua autoria, Projeto Profissional, Espaços Ocupacionais e Trabalho do Assistente Social na Atualidade, afirma:

“Pensar o projeto profissional supõe articular essa dupla dimensão: de um lado, as condições macros societárias que estabelecem o terreno sócio-histórico em que se exerce a profissão, seus limites e possibilidades; e, de outro lado, as respostas técnico profissionais e ético políticas dos agentes profissionais, nesse contexto, que traduzem como esses limites e possibilidades são analisados, apropriados e projetados pelos Assistentes Sociais...”.