Letramento em Libras e a Importância do Professor Interprete de Libras no Espaço Escolar
Por: Vexil Silva • 9/7/2018 • Resenha • 1.526 Palavras (7 Páginas) • 576 Visualizações
Letramento em Libras e a Importância do Professor Interprete de Libras no Espaço Escolar
É importante compreender, para isso, o que é a Libras, quais as dificuldades encontradas pelo aluno surdo no processo de inclusão, quem é esse profissional e por fim estabelecer a sua relevância para que o processo de ensino aprendizagem aconteça de forma satisfatória
Para compreender a educação dos surdos tem-se início com um breve relato histórico e educacional do Surdo nas principais sociedades da época. A busca pelo reconhecimento e pela legitimidade da comunidade surda passou de atos individualizados a direitos conquistados em leis. O atual momento em que vivemos deu ao surdo/deficiente auditivo o reconhecimento enquanto uma comunidade com atenção especial.
A escola sendo um espaço educativo tem como função a preservação e a transmissão cultural e, para isso, é essencial que seja um espaço acessível para todas as pessoas, independentemente de suas potencialidades ou deficiências. Ao se abordar a educação da pessoa surda, é essencial que se conheça como ela vem acontecendo atualmente, quais as ferramentas e adaptações utilizadas e, especialmente, os personagens que integram esse cenário.
Assim, torna-se cada vez mais importante compreender o papel do intérprete de LIBRAS, pois seu trabalho está relacionado com a interação comunicativa social e cultural para a inserção das pessoas com surdez na sociedade.
A história educacional do deficiente auditivo teve grandes avanços nas últimas décadas, porém ainda está longe do ideal, ainda se encontra no período atual, algumas pessoas agem com desconhecimento e desrespeito para com o surdo, menosprezando suas capacidades de compreensão e cognição. Porém, a comunidade surda tem se fortalecido significativamente na luta pelos seus direitos, na socialização e, especialmente na defesa da Libras como língua, que deve ser aprendida e praticada por todos, surdos ou não. Apontada como incapaz, Laborit (1994)
O movimento social de inclusão desencadeou mudanças de atitude em toda a sociedade. Particular-
mente, pela força da mídia, passamos a prestar mais atenção às diferenças humanas, acompanhando pela
TV, internet, revistas, entre outros veículos, cenas que nos pareceriam inconcebíveis 30 anos atrás: novelas
protagonizadas por crianças com Síndrome de Down, atletas com deficiência trazendo medalhas de ouro
para o Brasil em esportes como natação e atletismo, grupos indígenas estudando nas universidades públicas,
milhares de pessoas desfilando pelas ruas de São Paulo na colorida manifestação do Dia do Orgulho Gay, para
citar alguns exemplos.
No caso de pessoas surdas, o processo de inclusão chamou a atenção para o reconhecimento de um as-
pecto de sua identidade que, até então, somente era reconhecido pelas poucas pessoas que integravam seu
círculo familiar e social: a língua de sinais.
Na televisão, o veículo que possui maior impacto na difusão da informação, podemos perceber a pre-
sença de janelas com intérpretes sinalizando o conteúdo de programas religiosos, propagandas eleitorais
e vinhetas informando as idades permitidas pela censura na programação. Embora a sinalização envolva a
linguagem corporal, mesmo atentos deparamo-nos com a incapacidade de compreender a mensagem que
aquelas mãos rápidas veiculam.
A escola inclusiva, que respeita e acolhe as diferenças individuais de todos os alunos, tem como
compromisso reconhecer a importância da Língua Brasileira de Sinais nas interações e mediações
envolvidas no processo de ensino e aprendizagem das crianças surdas. Além disso, como qualquer
outra criança, as crianças surdas devem aprender a ler e escrever em língua portuguesa, que funcionará como segunda língua no currículo escolar destas. A essa situação linguística que envolve a
Libras e a Língua Portuguesa no ensino de crianças surdas denominamos de educação bilíngue para
Surdos.
Na verdade, todas as expressões são apenas modos diferentes de se referir à experiência da falta
de audição. O que ocorre é que a escolha das palavras que iremos utilizar reflete nossos pontos de
vista e concepções acerca dos sujeitos a que estamos nos referindo. As palavras não são neutras, elas
são portadoras de ideologias e expressam juízos de valor.
Dizer “preto”, “crioulo” ou “afrodescendente”; “bicha” ou “homossexual”; “aleijado” ou “pessoa com
deficiência física”, denota a forma como esses sujeitos são concebidos em nossos (pré)conceitos e
revelam nossa compreensão sobre o conhecimento que temos a respeito deles, fazendo com que,
por vezes sem saber, tenhamos uma postura discriminatória diante desses sujeitos.
Você já parou para pensar o que significa “ser surdo”? Reflita, por um momento, como seria seu
dia se, desde o momento em que você acorda, até a hora em que você volta para casa, não escutasse
nada. Agora multiplique essa experiência por 365 dias do ano e some todos os anos vividos até
aqui.
Provavelmente sua resposta para essa questão, como para a maioria das pessoas, parece ser
muito simples: ser surdo
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