Mudanças dos Movimentos Sociais na Atualidade
Por: europeusouza • 20/8/2015 • Trabalho acadêmico • 6.315 Palavras (26 Páginas) • 368 Visualizações
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................................03
1. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS............................................................................................04
1.1 Mudanças dos Movimentos Sociais na Atualidade............................................................06
2. DEMOCRACIA................................................................................................................09
2.1. Instituição Social ...............................................................................................................11
2.2 Movimentos Sociais – Brasil Sem Aborto.........................................................................13
3. MOVIMENTOS SOCIAIS...............................................................................................15
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................................19
5. REFERENCIAS................................................................................................................20
INTRODUÇÃO
O presente relatório aborda temática fundamental para o desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo do profissional de Serviço Social, potencializando sua formação por meio do estudo das formas de demandas e lutas da sociedade civil brasileira.
Será abordado neste trabalho a temática dos movimentos sociais ou redes de mobilizações e associações civis no Brasil, dará oportunidade de conhecer mais a respeito da construção da democracia e do papel dos mediadores nos novos movimentos sociais e os diferentes tipos de movimentos sociais (urbanos e rurais, identitários, culturais e religiosos, de demandas na área dos direitos, etc.) às possibilidades de atuação do Assistente Social.
Essa temática será fundamental para o desenvolvimento do pensamento crítico e reflexivo do grupo, futuro profissionais de Serviço Social, potencializando sua formação por meio do estudo das formas de demandas e lutas da sociedade civil brasileira. E entenda a conjuntura nacional e o cenário político e histórico no qual os movimentos sociais se fundam.
1. ORGANIZAÇÕES SOCIAIS
O livro de Maria da Glória Gohn em sua primeira parte traz em seu objetivo central um mapeamento e análise das principais formas de associativismo civil no Brasil expressas em movimentos sociais, redes de mobilização de associações civis e fóruns. Identidades que constroem redes que as estruturam, manifestações culturais e políticas sociais a que se articulam são os movimentos sociais da América Latina.
Diversas culturas tem sido incorporadas para a construção da própria identidade dos movimentos que lutam pelo reconhecimento da diversidade cultural. Há neles, na atualidade, um novo significado aos ideais clássicos de igualdade, fraternidade e liberdade. Os movimentos sociais sempre têm um caráter educativo e de aprendizagem para seus protagonistas.
Atualmente os movimentos sociais são diferentes dos movimentos ocorridos no final da década de 1970 e parte dos anos 1980 que são os movimentos populares reivindicatórios de melhorias urbanas articulados com pastorais, grupos políticos de oposição ao regime militar etc, embora muitos dos atuais movimentos sejam herdeiros daqueles dos anos 1980.
O novo milênio apresenta uma conjuntura social e política extremamente contraditória na América Latina. Ao mesmo tempo em que vários movimentos sociais tiveram, em diversos países, mais condições de organização tanto interna como externa, dado o ambiente político reinante, em outros, eles perderam muito sua força política por diferentes razões. Esses movimentos sociais são extremamente diferenciados segundo o tipo e grau de organização, demandas, articulações, projeto político, trajetória histórica, experiências vivenciadas principalmente no plano político-organizativo, e abrangência territorial.
As alterações do papel do Estado em suas relações com a sociedade civil e em seu próprio interior. As novas políticas sociais do Estado globalizado priorizam processos de inclusão social de setores e camadas tidas como “vulneráveis ou excluídas” de condições socioeconômicas ou direitos culturais, os índios e afro descendentes, etc. Ocorreram alterações no sentido e no formato das mobilizações, porque muitas delas têm sido estimuladas de cima para baixo.
As políticas sociais têm feito recortes no campo social, destacam os pobres e, entre esses, os miseráveis, os mais excluídos e em situação de risco. Tudo isso agravou os conflitos porque a pobreza deixou de ser uma categoria e passou a ser subdividida. As políticas de atenção passaram a ser dirigidas aos mais pobres; a unidade de atendimento passou a ser o indivíduo ou a família, e não mais grupos sociais que demandavam. A unidade e a força da mobilização em termos de direitos sociais e políticos enfraqueceram-se, as novas políticas ao enfatizarem o lado dos deveres do cidadão, usualmente os reduzem a um cidadão cliente, consumidor de um serviço público.
O novo cenário das políticas públicas cria um deslocamento na questão da desigualdade econômica, com ênfase na renda, passa a ser efetivamente social, com ênfase nas características sociais e culturais dos grupos sociais. Ocorrem outros dois deslocamentos que são da questão da desigualdade para a questão das diferenças e da igualdade para a equidade. O tratamento das desigualdades deve ter como horizonte a igualdade.
Além da ampliação dos sujeitos protagonistas de ações coletivas, ocorreram alterações no formato das mobilizações e na forma de atuação, agora em redes. Isso resulta também do alargamento das fronteiras dos conflitos e tensões sociais em virtude da nova geopolítica que a globalização econômica e cultural tem gerado. Pode-se citar nestas mudanças: a difusão do uso das novas tecnologias
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