O CRACK , UMA DIFÍCIL REALIDADE
Por: Valdenice de oliveira • 7/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.623 Palavras (7 Páginas) • 144 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Este estudo tem como objetivo possibilitar ao aluno compreender que o uso do crack está presente em todas as regiões do Brasil, tanto nos grandes quanto nos pequenos municípios, e que o mesmo representa um grave problema social que precisa ser enfrentado não apenas pelo poder público, mas por toda a sociedade.
O Crack há alguns anos chegou ao Brasil, o uso dessa droga era limitada a população menos favorecida, uma vez que o seu custo era mais acessível, desta forma começava um caminho sombrio e mortal, de inicio alguns dos primeiros usuários eram residentes de rua, que na grande maioria pedia esmolas, alegando ser para a compra de alimentos, ledo engano, mas, para a compra da substancia, a compra do crack.
Os usuários de drogas que antes faziam uso de cola, maconha e consumiam álcool, encontrou no crack uma droga que tinha reações instantâneas e uma maneira de suavizar os seus mais variados problemas. No período da introdução do crack no Brasil, os chefes de estados acreditavam que a droga não despontaria do consumo dos mais carentes e dos moradores de rua e com isso não deram a importância à problemática, embora, e assim, o uso da mesma rompeu os obstáculos da sociedade, invadiu diversas classes da sociedade, abrindo-se rapidamente e violentamente, gerando uma um grande problema social na esfera nacional e, diante dessa cruel realidade, os estados passaram a percorrer contra o estrago, ainda de maneira acabrunhada.
Desta forma o crack despontou arrastando ao fundo do poço um número significativo de pessoas, cometendo milhares de vítimas em todo território nacional, acentuando a criminalidade e da violencia.
2 DESENVOLVIMENTO
Qual a representação social do uso do crack em nossa sociedade, ou seja, como a população compreende este problema?
Atualmente a sociedade brasileira enfrenta inúmeros problemas relacionados às questões sociais. Por um lado milhares de pessoas passando fome, no entanto por outro lado vemos milhares de pessoas apresentando sinais de obesidades. A falta de nutrição e a obesidade andam de mãos dadas no Brasil, essas realidades apresentam uma assombrosa desigualdade social em nosso país, contudo este não é o exclusivo problema que assusta a sociedade. Infelizmente, a saúde, a educação e a segurança no Brasil, precisam de muita atenção não só por parte do governo, mas também a sociedade precisa se conscientizar em relação à problemática.
Um gravíssimo problema que encontrar-se pertinente com estas três áreas é o abuso de drogas. Mesmo com amplas campanhas publicitárias feitas pelo governo, muitas vezes, estes temas não são discutidos na localidade onde muitas crianças e jovens estão: na escola.
Considerando a drogadização uma das expressões da questão social e sendo a questão social objeto de trabalho do serviço social, como o trabalho do assistente social pode contribuir para o atendimento á população buscando articular a causa e ou razões desse fenômeno á partir de uma leitura crítica da realidade social.
O uso dessas drogas está diretamente relacionado com fatores sociais, econômicos e culturais. Deste modo é necessário irromper com os diferentes paradigmas para que assim possa resgatar a população envolvida com o uso das drogas e procurar concretizar os trabalhos de prevenção com a finalidade de suavizar o circulo de violência e criminalidade, tomar parte de programas de ajuda à população em circunstância de calamidade pública, no acolhimento e amparo de seus interesses e precisões. Mediante a essa cruel realidade o Serviço Social brasileiro necessita basear e amadurecer uma atitude no cerne do debate atual a propósito dos usos de drogas, sobretudo porque a atual legislação e a Política Nacional sobre Drogas normatizam o formato como o governo e a sociedade brasileira vem contestando à realidade do uso significativo de drogas. Essa resposta, em sua maior parte de atitude conservante, constituem conflitos a propósito da vida dos/as usuários/as e de seus/suas familiares, bem como das pessoas próximas em geral, muitos atendidos por nós, pelos assistentes sociais, na essência das diversas políticas sociais.
O profissional, assistente social precisa instigar a participação dos familiares, da comunidade e de toda a sociedade civil organizada na formulação de estratégias para o enfrentamento da questão de usuários de crack, o fato que a cada dia cresce, ocupando mais espaço em na sociedade, acomodando assim ponderações a propósito dos direitos dessa população.
Quais as consequências emocionais/afetivas do dependente químico e familiares? Qual é o papel da família no processo de estruturação emocional/afetiva do dependente químico?
Acontece cada vez mais cedo à inclusão da população de todas as idades, sobretudo os jovens e adolescentes com o consumo de drogas. Com isso, apresenta à luz uma demanda que preocupa muitos os pais: a função da família no cuidado e ação versus o uso de drogas. Mais um fator importante, é que o uso de drogas, transporta muitos jovens ao mundo do crime. O narcotráfico é o estabelecimento mais poderoso que há e é imprescindível uma família bem estruturada para combatê-la, o que constitui na prática uma família em privilégio exclusivo de seu posto e que apresenta como condução uma via de entendimento com amorosidade.
O uso do crack de maneira rápida pode ocasionar impactos intensos nas relações sociais e familiares do usuário. Assim, quando o uso da droga se volve frequentemente, o usuário deixa de sentir gozo em vários outros aspectos da vida, tais como a convivência com parentes e amigos. Desta forma toda a dinâmica familiar e social é comprometida por esse comportamento, deixando frágeis os relacionamentos. O uso do dessa droga tende a fragilizar todas as pessoas que fazem parte do convívio do dependente e dores como desespero, angústia e medo aprontam por permear as relações familiares.
De acordo com SCHEFFER, 2010, vol.26 podemos afirmar que:
Diante da droga, muitas famílias acabam se escondendo e se culpando, pois têm de enfrentar mais problemas do que aqueles que já estão habituados a encarar. É um movimento que gera mais fragilidade e impotência e reforça ainda mais o espaço da droga na vida das pessoas. “Fator importante a ser considerado entre a população usuária de substância é a história de uso de drogas por familiares próximos”. Isso porque o uso de drogas pode ser decorrente de imitação dos comportamentos de outros familiares, bem como ser decorrente de vulnerabilidade neurobiológica e os familiares.
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