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O SENSO CRÍTICO DA POPULAÇÃO E O SERVIÇO SOCIAL NAS MANIFESTAÇÕES POPULARES

Por:   •  28/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.492 Palavras (10 Páginas)  •  312 Visualizações

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO        /4

2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................5/9

3 CONCLUSÃO..........................................................................................................10

5 REFERÊNCIAS.......................................................................................................11



  1. INTRODUÇÃO

As manifestações populares no Brasil na atualidade é a apropriação da questão social, em cada momento histórico, assumem determinados contornos, mas se renovam se ampliam e se tornam mais e mais complexas, com novas contradições que remetem, em última instância, a problemáticas particulares e desafiantes para o seu enfrentamento pela via exclusiva do acesso a benefícios vinculados à inserção produtiva no mercado de trabalho.

Essa relação do Serviço Social com a questão social nos permite ter uma compreensão da gênese da profissão e de suas requisições e também compreender o Serviço Social como uma profissão inserida em uma realidade específica da sociedade capitalista. Posteriormente e ainda hoje, novas ideias foram se somando aos princípios bases do Serviço Social, auxiliando, desta forma, a profissionalização desse ramo profissional tal como vemos hoje.

Como esse desafio foi percorrido ao longo dos anos, durante a leitura, o leitor poderá fazer uma análise dos moldes utilizados nos dias de hoje, e de como a sociedade está lidando com a desigualdade frente a um país que, em várias décadas luta para formar uma sociedade mais justa.

O processo de globalização que está em curso provoca profundas mudanças em vários setores da sociedade em um movimento acelerado de reorganização e reordenação social, cultural e institucional subordinado em linhas gerais à economia.

A questão social, enquanto síntese reflexiva do aprofundamento das desigualdades sociais, acumuladas e manifestas nas mais variadas formas de pobreza, miséria, desemprego e exclusão social, não é fenômeno novo no Brasil.

Compreender tais transformações significa compreender a crise capitalista, suas manifestações e mudanças, não apenas na esfera da economia e da política, mas também, a sua repercussão no campo do conhecimento, das ideias e dos valores.  

Diante dos desafios apontados, é necessário o serviço social desenvolver ações relativas ao planejamento estratégico ante a nova gestão dos serviços, propondo ações que respondam pelos reais direitos da classe que desses serviços necessitam.

Entender a as expressões da questão social, e, por conseguinte poder solucionar muitas das suas faces, é um desafio para o serviço social, no entanto, esse caminho de uma época muito antes do inicio dessa profissão, buscando informar vários contextos relacionados ao serviço social e a questão das expressões das desigualdades no inicio do mesma.


  1. DESENVOLVIMENTO

A trajetória do Serviço Social segue num contexto que preconiza como foco principal a luta contra a desigualdade no âmbito das leis do país, mas é importante atentar-se para sua história, seu início seus obstáculos suas conquistas, e o seu perfil atual. Falar do serviço social e sua historicidade necessitariam de muitas páginas de centenas de livros, no entanto o que mais representa a vitória dessa profissão são as lutas diárias frente a um muro imposto pelas condições políticas, econômicas, familiar, saúde e dentre outras coisas sociais, ou seja, o quadro momentâneo que determinado indivíduo está vivendo.

Com o acirramento das desigualdades sociais a questão social começa a ser considerada uma ameaça à ordem social, surge a necessidade de profissionais que intervenham diretamente na questão social, dentre tais profissões inclui-se, principalmente, o Serviço Social.

As expressões da questão social se acentuaram e colocaram parcela da população em condições de miserabilidade e pobreza, que já existia antes da sociedade capitalista, mas que tem em sua particularidade o fato do capitalismo necessitar dos pauperizados para se reproduzir.

A pobreza é expressão direta dessas relações, ou seja, falar na questão social sem antes caracterizar sua faceta não há como fundamentar o assunto, ela se fundamenta pelo desenvolvimento desigual vivenciado entre acumulação e miséria, e num pais capitalista como o nosso onde a pobreza se expressa e se evidencia cada vez mais pela precarização nas relações de trabalho, pela mão de obra barata, pela vulnerabilidade perante as condição de trabalho, pelo abuso maus tratos, desemprego, nasce portanto uma forma de ausência de direitos o que representa uma questão social atrelada a uma das expressões das desigualdades de uma sociedade capitalista, é importante atentar-se que o poder está sempre nas mãos de quem quase nunca se importa com esse universo.

A decomposição do estado e o enfrentamento da questão social tem sido um quebra cabeças para que lida com as expressões das desigualdades, isso por que uma das maiores percas é a questão de muitas pessoas não buscarem seus direitos e, portanto ficar a mercê de um sistema lento onde suas características se perdem.

Nas recentes manifestações populares no Brasil temos como fator o caso do transporte por ônibus, sob responsabilidade municipal, um cartel domina completamente o setor sem prestar contas a ninguém: os ônibus são feitos com carrocerias destinadas a caminhões, portanto feitos para transportar coisas, e não pessoas; as frotas estão envelhecidas e quantitativamente defasadas com relação às necessidades da população, sobretudo as das periferias da cidade; as linhas são extremamente longas porque isso as torna mais lucrativas, de maneira que os passageiros são obrigados a trajetos absurdos, gastando horas para ir ao trabalho, às escolas, aos serviços de saúde e voltar para casa; não há linhas conectando pontos do centro da cidade nem linhas interbairros, de modo que o uso do automóvel individual se torna quase inevitável para trajetos menores, uma deficiência que torna mais difícil a labuta da população brasileira que convive com o caótico, mas não se tem outra alternativa e ainda passa por humilhação de está cansado do seu dia a dia no trabalho e ainda ter que se submeter a serviços públicos precários para retornar para casa. Em nossa história temos o caso da cidade de São Paulo como também em várias das grandes cidades brasileiras tem uma tradição histórica de revoltas populares contra as péssimas condições do transporte coletivo, isto é, como ficou conhecido como quebra-quebra quando, desesperados e enfurecidos, os cidadãos quebram e incendeiam ônibus e trens.

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