O funcionalismo e a escola
Por: Nadja Oliveira • 14/9/2017 • Trabalho acadêmico • 354 Palavras (2 Páginas) • 200 Visualizações
Curso: Licenciatura em Ciências Sociais [pic 1]
Disciplina: Fundamentos Sociológicos da Educação
Primeiro Trabalho
Questão 1
O funcionalismo defende, em seus postulados, a ideia de que fatores, sejam sociais ou culturais, desempenham uma função na sociedade. Uma função seria “algo que permite a um sistema a sua própria reprodução” (TORRES). Torres distingue, quatro principais funções manifestas da educação: acadêmica, distributiva, econômica e política.
A partir das análises das funções distributivas e econômicas criou-se uma grande expectativa quanto à escolarização como força motriz do desenvolvimento econômico e da igualdade social. No entanto, quando paramos para observar o histórico brasileiro, essas relações se apresentam de forma mais complexa. Pois, a economia do país oscilou fortemente, com baixos e médios crescimentos, mas tendo, ao mesmo tempo, um contínuo crescimento dos níveis médios de escolaridade, o que cria certa contradição.
Assim, partindo da perspectiva funcionalista, para explicar esta aparente contradição, devemos ter em vista que nas análises desta o fazer dos sujeitos sociais é resultante da incorporação, mediante socialização, de valores. Desse modo, segundo Torres, “a escola [...] reflete a sociedade e [...] há um conjunto de valores comuns compartidos de tal modo que a passagem pela escola reforça esse conjunto”, de forma que sendo próprio às sociedades modernas considerar que o sucesso pessoal é decorrente fundamentalmente do mérito individual, se faz viável a compreensão da lógica existente no fato de que mesmo em momentos de crise econômica, o alcance do sucesso é possível por meio da conquista de instrumentos que o viabilizem, e dentre estes instrumentos está à escolarização.
Então, demandar maior escolarização, em qualquer nível, constitui- se como um componente do comportamento dos agentes sociais, tornando possível o aumento das pressões pelo atendimento a essa demanda. Desse modo, tendo em vista que naquele período o Brasil transitava politicamente de uma ditadura militar, na qual para um regime democrático, passa a ser legitimo,portanto sendo assim um valor social, a presença teria toda a responsabilidade pelo seu insucesso e não à escola, pois sempre existem exceções de bom desempenho em instituições consideradas de qualidade inferior.
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