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A Influência Teórico-metodológica Do Positivismo E Da Escola Sociológica Americana (funcionalismo) No Processo Formativo Dos Assistentes Sociais Brasileiros.

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Por:   •  13/6/2014  •  1.687 Palavras (7 Páginas)  •  834 Visualizações

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O Serviço Social é uma área que foi sendo modificada ao longo do tempo, no decorrer da história, influenciada pelas diversas transformações ocorridas no desenvolvimento da economia e da vida social.

As bases que deram início a atuação profissional, hoje em dia, do assistente social foi a filantropia, as primeiras formas de ajuda. A caridade e a ação assistencialista da burguesia da época foram as principais bases do Serviço Social.

No Brasil, até a década de 1940, o Serviço Social era marcado pela forte presença das ações filantrópicas. Não havia uma instrumentação básica para se trabalhar com a realidade social que ocorria no país, nessa época.

O problema da “questão social” brasileira recebia um tratamento baseado no Serviço Social europeu, mais particularmente, mantinha um maior contato com a Alemanha e a Inglaterra, países cuja realidade social era bem diferente da que vigorava no Brasil.

Por esse motivo, a função do assistente social no Brasil não conseguia atingir o total da população e seus problemas. O Serviço Social brasileiro era marcado por ações da burguesia firmadas na repressão policial e na caridade, o que gerava um maior índice de pobreza, e aumentava o pauperismo.

No Brasil anterior a 2° Guerra Mundial, não havia uma preocupação com o fato social, o Estado negava-se a reconhecer a existência da “questão social”. Na década de 1920, o Serviço Social recebia uma forte influência da igreja católica, tornando o embasamento do Serviço Social especializado na Ação Social. A religião católica possuía uma hegemonia nas classes dominantes, por isso seus dogmas e ideologias foram fortemente implantados na atuação do assistente social brasileiro. O Estado abriu mão de ser o provedor do assistencialismo, e por isso a igreja católica era hegemônica nessa área. Conseguindo com esse fato, alcançar uma grossa camada da população brasileira, tornado a sociedade praticamente toda ela católica. O Brasil era praticamente uma Nação Católica.

O Serviço Social brasileiro recebia então princípios exteriores à sua realidade, pois era influenciado pela religião católica e pela Europa.

A população encontrava-se em um estado de precariedade por todos os lados, os problemas sociais eram tratados apenas com o assistencialismo filantrópico baseado nas formas europeias de sociedade. A partir dessa premissa, a pauperização da povo brasileiro só aumentava, e com isso as rebeliões eram cada vez mais contantes, e o Estado sob a influência da Igreja cria um regime voltado exclusivamente para combater todo e qualquer tipo de rebelião, e a questão social além de não ser importante para o Estado passava a ficar em segundo lugar também para a Igreja.

Com o desenvolvimento cada vez mais acelerado da industrialização no Brasil, o proletariado torna a emergir, e as classes médias passam a ser também mais fortes, e capazes de promover lutas de classes em busca de benefícios, de mudanças, pois as demandas sociais não eram alcançadas pelo assistencialismo. O Serviço Social no Brasil, de acordo com as necessidades enfrentadas na sociedade brasileira, passa a ter uma visão de mundo mais ampliada, visando a necessidade de se buscar ações mais eficazes e técnicas para a resolução dos problemas sociais que precisavam ser alcançados.

Quando o Estado passa a ter uma forma mais ampliada e hegemônica na sociedade, quando busca um consenso dos cidadãos, o Estado passa, não somente a ver a questão social, mas sim a encará-la como um fato social que precisa ser tratado, não mais pela coerção, mas sim com ações que visem a busca pela melhoria de vida e desenvolvimento da sociedade. A partir disso a demanda pela mudança das ações dos serviços prestados pelos assistentes sociais passa a ter uma especificidade diferente da que ocorria antes, baseada somente na filantropia e na coercitividade. A presença da formação técnica funcionalista do Serviço Social americano começa então a tomar seu lugar específico na instrução dos assistentes sociais brasileiros, . A questão social no Brasil já estava sendo vista como uma realidade diferente da que ocorria nas sociedades europeias, pois o histórico de industrialização e de formação política brasileira era totalmente divergente das vividas nos países europeus, e por isso a demanda social necessária de assistentes sociais formados de acordo com as necessidades sociais ocorridas no Brasil passou a perder o seu caráter basicamente cristão, baseado nos dogmas da Igreja Católica. Agora, com a chegada do funcionalismo americano, a influência européia passa a ser reduzida gradativamente, as técnicas profissionais da Escola Sociológica Americana passa a ser parte influente na formação dos assistentes sociais brasileiros, mas que ainda assim permanecia uma grande presença da ideologia católica.

O Serviço Social, não só o brasileiro, mas o Serviço Social em sí, na sua concepção de profissão foi influenciado na sua formação pelas teorias positivistas de Comte e pelo funcionalismo de Durkheim, usado da Escola de Sociologia Americana no processo de formação dos assistentes sociais.

Auguste Comte, na sua teoria positivista, utilizava-se da observação e da experimentação para se chegar a alguma conclusão. Exemplo dessa observação de Comte no positivismo, era a de que a sociedade era um corpo, e sendo assim possuía problemas que precisavam ser investigados para poder ser sanados. A ciência era a fonte de conhecimento e de partida de Comte em suas teorias positivistas, a essa ciência Comte deu o nome de: física social, com a finalidade de se estudar os fenômenos sociais que ocorriam na sociedade.

A física social de Comte resumia-se em estudar o passado para poder compreender o presente, observando os fatos sociais somente como influenciadores do desenvolvimento humano. A teoria positivista de Comte via a realidade social como algo relativo, e utilizava-se dela apenas para a observação, como já foi dito anteriormente, além de ignorar os fenômenos políticos como parte integrante do desenvolvimento e formação da civilização.

Os fatos sociais eram utilizados pelo positivismo apenas para investigação, com o intuito de descobrir maneiras de acabar ou evitar as crises. A realidade social da população apenas servia

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