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O que é semiótica?

Por:   •  8/6/2016  •  Resenha  •  4.740 Palavras (19 Páginas)  •  232 Visualizações

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O QUE É SEMIÓTICA

        O nome semiótica vem da raiz grega semeion, que quer dizer signo, na Semiótica estudamos e buscamos o signo como ação, ou seja, a semiótica é a ciência de todos os signos. Porém não são os signos do zodíaco,como comumente pensamos, mas signo linguagem. Toda definição que à cerca, é deixada em aberto para nossa investigação, pois tal definição acabada e concluída, é como se fosse uma espécie de morte, porque sendo fechada mata a inquietude e curiosidade que nos levam para as coisas, portanto a semiótica sempre nos atrai e aumenta nossa curiosidade.        
        “A semiótica está rapidamente se desenvolvendo em todas as partes do mundo.Porque haveremos nós de cruzar os braços, ficando à espera dos restos da sopa cientifica que os outros poderão porventura nos deixar de sobra?”
Esse é o estudo de toda e qualquer linguagem, porém, existe uma diferença entre língua e linguagem, e entre línguas verbais e não verbais.Além da língua que falamos existe também através da leitura e/ou produção de formas, volumes, massas, interações de formas, movimentos, traços, cores. Através de objetos, sons, gestos, expressões, cheiros e tato, através do olhar, do seguir e do apalpar. Somos tão complexos, quanto às linguagens que nos formam como indivíduos sociais, seres de linguagem. Também somos levados a crença de que as únicas formas de conhecimento, de saber e de interpretação do mundo são aquelas manifestadas pela língua verbal, oral ou escrita.
O saber analítico nos levou ao consenso de que esse é o saber de primeira ordem, e de segunda ordem, todos os outros saberes mais sensíveis que as outras linguagens, as não verbais, possibilitam. Porém, desde o tempo das tribos primitivas já existiam manifestações de comunicação social, diferentes da linguagem verbal, como por exemplo, os desenhos da gruta de Lascaux, ou qualquer outro desenho, pintura, cenografia, fotografia, escultura. Enfim, tudo o que chamamos de arte.
Há outras formas de codificação escrita, diferentes da linguagem alfabética, tais como hieróglifos, pictogramas, ideogramas, formas que consiste em desenhos.
O campo da linguagem é mais amplo, existe uma enorme diversidade  de outras linguagens que se constituem em sistemas sociais e históricos de representação do mundo.
        Basta compreender que a nossa língua nativa, da qual falamos e escrevemos não é a única forma de linguagem, pois podemos citar a forma de linguagem dos surdos-mudos (Libras, no Brasil), e também a linguagem do código binário de um computador.
Pode-se chegar a conclusão de que todo fenômeno de comunicação se estrutura como linguagem e qualquer fato cultural ou social , constituem como prática de produção de linguagem e de sentido , pois a TV, o rádio, e diversos tipos de máquinas e meios eletrônicos tentam nos passar mensagens o tempo todo, instantaneamente, todos os dias.
        E também a natureza pode se comunicar com o homem, que a sente, fazendo com que esse entenda como uma linguagem. Por exemplo, a linguagem dos ventos, dos ruídos, do trovão que anuncia que vai chover, etc. Há também a linguagem do silêncio, e dos sonhos como dizia Freud; tudo isso se estrutura como linguagem.
        A Semiótica é a ciência que estuda todas as linguagens possíveis; a mais jovem ciência das chamadas ciências humanas, ela maravilhosamente estuda até mesmo a vida, pois segundo a substancia universal do código genético, o DNA, a própria vida é uma forma de linguagem, e sem a linguagem, entendimento da vida seria impossível.
        Portanto esse é o estudo da linguagem, da informação e de toda a forma de comunicação, pois sem informação não há mensagem, nem organização ou planejamento e nem mesmo cultura.                                                                         O criador da semiótica foi C.S Pierce, um cientista de múltiplos interesses, que já cresceu num ambiente de grande  intelectualidade. Químico desde os seis anos de idade, escreveu sobre a História da Química, aos 11 anos, e nesse mesmo curso se formou em Harward. Amava praticar quirógrafia, devotou-se a linguística, filosofia e história, além de contribuir até poucos dias antes de sua morte com grandes estudos,na  matemática e na psicologia. A maior paixão de toda a sua vida foi a lógica. Para ele, entender a lógica das ciências era em primeiro lugar entender seus meios de raciocínio, isso era sua paixão da qual não podia se desviar e lutou durante 60 anos de sua vida pela validação da lógica como ciência, sonho que alcançou mais tarde com grande satisfação, porém só depois de sua morte que foi considerado um filósofo. Pierce nem mesmo foi reconhecido como lógico e nem uma universidade soube empregá-lo como filósofo, cientista, lógico ou professor, pois ele chegou cedo demais para o seu próprio tempo. Foi ele que compreendeu que a filosofia e a lógica podiam ser consideradas como ciências, pois o caminho para a filosofia tinha que ser através da lógica.
É aqui que entra a Semiótica, pois segundo Pierce, a Lógica nasceu do campo de teoria geral dos signos, um sistema de lógica, ou seja, semiótica. Sendo assim a semiótica se torna uma filosofia científica da linguagem.Mas para Pierce a semiótica não é uma ciência toda suficiente, por isso ela considera 3 tipos de ciências: as Ciências das descobertas; que são matemática, filosofia, ideoscopia ou ciências especiais (ciências humanas).Prossegue para as Ciências da digestão:são as que digerem e depois promovem as descobertas fazendo surgir uma nova filosofia da ciência.E por fim temos as  Ciências aplicadas. Das ciências localiza-se a matemática, em que se observa regras, que buscam encontrar relações não determinadas no principio de elaboração, de construção das linguagens. Deste modo ela se faz responsável pelo que é, e pelo que não é lógico, embora estude essas suas possibilidades. Já a filosofia busca descobrir o que é de fato verdade, procurando organizar as questões não respondidas pelo ser humano.A diferença de ambas entre as ciências especiais é que elas necessitam de métodos linguísticos específicos para que suas observações sejam relevantes, e esse é o lugar ocupado pela Semiótica.                                                                        Segundo Pierce, “o universo está em expansão”, pois ele cresce na cabeça dos homens em forma de pensamento, afetando-o, assim como o próprio universo os afeta. Por isso as leis naturais e evolutivas são formas provisórias, estando sempre sujeitas a constantes mudanças. Como não existem princípios absolutos nem mesmo na matemática, Pierce nos mostra que todo pensamento é o amadurecimentode nossa compreensão para que possamos formar em nossas mentes novas ideias e concepções.
        Pois foi assim, estudando e trabalhando sem cessar que o próprio Pierce construiu sua arquitetura teórica, no período de 30 anos, que para ele parecia vagaroso, mas cheio de sede por novas descobertas, que até hoje são de grande importância para a história da filosofia. Assim localizou a Semiótica, em um único sistema, onde esta se torna dependente das outras ciências que obrigatoriamente surgiram antes dela e Pierce passou a organizar relações antecedentes dando continuidade a seus estudos de todos os tipos de signos, lógica e semiótica. Pierce ficou desgostoso com as categorias aristotélicas por serem mais linguísticas que lógicas, então se dedicou a criação e aperfeiçoamento de suas categorias que são modos perceptivos de lidar, compreender, e acessar a realidade, que foram surgindo de um intenso estudo da “experiência”, ou seja, o resultado completo do viver e conviver, da observação e da interpretação que gera transformação e leva o surgimento de novos fatos ou descobertas.                                A fenomenologia é independente das ciências normativas e  basicamente analisa os fenômenos, e indica as propriedades universais dos fenômenos que é qualquer coisa que surge a percepção, e que corresponda a algo real ou não. E é na fenomenologia que as ciências normativas se desenvolvem na ordem: Estética, ética, semiótica ou logica.
O objetivo da semiótica é classificar, identificar todos os tipos possíveis e lógicos de signos em todas as ciências especiais que não deixam de ser linguagem.
Nota-se que o estudo da semiótica requer paciência, persistência e paixão pela decifração dos conceitos.  Os fenômenos podem ser explicados basicamente como algo que esteja presente a nossa mente, é tudo que tomamos conhecimento, que chega a nossa concepção como por exemplo, uma ação da natureza, um raio de luz, um barulho, ao longe ou perto, ou até mesmo a fome que sentimos , ou a sede ou uma dor, pois até mesmo o corpo tem uma linguagem do qual nos transmite uma mensagem e o fenômeno só  é fenômeno quando obtemos a concepção de sua existência, quando aparece.
        A fenomenologia peirceana inicia-se nas questões que estão em aberto, em todo o dia e toda a hora pelo homem, que a partir da experiência, é livre de divisões de certo ou errado, de verdadeiro ou falso. A função da fenomenologia é mostrar as categorias elementares de todo fenômeno e levantar as características que pertencem a todos os fenômenos e participam de toda a experiência.Com a fenomenologia é possível, porém nada fácil, decifrar qualquer análise de qualquer experiência que geram diversas sensações, formas e inevitáveis tipos de interpretações que fazemos das coisas.
Exige grande força de raciocínio, e habilidade de pegar idéias intangíveis no ar e ordenando-as organizadamente. Para isso necessitamos de três faculdades: a capacidade de contemplar; abrir o espírito e ver o que está diante de nossos olhos; a segunda necessidade é a de saber distinguir; precisamos discriminar e buscar resoluções diferentes nas observações. E a terceira faculdade, é a de sermos capazes de generalizar as observações em classes ou categorias amplas. Esse é o exame atento de como as coisas aparecem em nossa mente e em nossa consciência, através dos fenômenos chegamos aos elementos formais do pensamento fazendo possível, a mentalização das categorias universais.                                                                                Em 1867, depois de um árduo trabalho e de um enorme esforço intelectual, Pierce apresenta três novas categorias:Qualidade, Relação e Representação. Porém, Pierce mudou a os termos para Primeiridade, Secundidade e Terceiridade, por serem palavras originais. Essas três categorias explicam como surge o fenômeno na consciência, são exercícios do pensamento em três etapas para que cheguemos a percepção de qualquer fenômeno. Assim temos a primeiridade; que é o que está em nossa mente no presente instante, uma idéia imediata, sem uma definição, como por exemplo, a roupa que usamos, sentimos mas não estamos a todo o tempo conscientes dela, porém sabemos que ela está lá pois sentimos ela sobre nossa pele. Temos a roupa nos envolvendo, mas não estamos pensando nela. Assim a primeiridade é essa consciência imediata, o que vemos pela primeira vez, um pensamento livre de julgamento, pois é o que vem primeiro, que vemos sem prestar muita atenção. Uma pura presença que chega até nós. É o sentimento que está presente a cada instante, mesmo que imperceptível, que não percebemos,é qualquer coisa imediata em nossa consciência.
Já a secundidade é aquilo que veio até a nossa mente e provocou uma reação, quando começamos a prestar atenção naquilo que primeiro apenas tínhamos visto, ou pensado, ou sentido. Como a experiência é aquilo que nos move a pensar, a secundidade é aquilo que dá a experiência seu caráter de luta e confronto. Ela faz a relação com a experiência primeira. É um mero estado de alerta que atinge nossos sentidos e faz com que a excitação exterior produza em nos seu efeito. Tínhamos uma primeira idéia, da qual esperávamos algo, ou tomamos algo como garantia em relação a essa ideia, mas a experiência inesperada faz com que guardemos essa primeira idéia e nos impulsiona a pensar diferente. E por fim a terceiridade que é o pensamento em signos, é a associação entre a primeiridade e a secundidade, dos quais interpretamos e representamos o mundo. É o que causou um pensamento. Para compreender algo, a mente produz um signo, uma mediação ou pensamento é o que podemos chamar de percepção. Interpondo uma camada interpretativa entre a consciência e o que é percebido.É na terceiridade que encontramos o nascimento dos signos, pois o significado de um pensamento ou signo é outro pensamento, como quando queremos saber o significado de uma palavra, pegamos outra palavra para melhor compreender seu significado, basta ler um dicionário e constatamos que essa idéia é verdadeira.                                                        Assim são apresentados vários caminhos para chegar a análise de um fenômeno. Peirce permaneceu solitário, em sua aproximação do Simbolismo, na qual que ele teria preferido chamar
Semiosis (ação do signo), pelo lado da Lógica. Pois pela lógica essas definições de signo são logicamente gerais, quase matemáticas, deste modo é necessário um grande esforço de raciocínio para compreende-lás, todavia alcançado o nível desejado de raciocínio, passamos a enxergar uma infinita variedade de pontos e detectar sutis diferenças nas linguagens concretas que convivemos diariamente.
        O signo linguagem é a representação de um objeto que é, de certa forma, a causa ou o que determina um signo; o significado de um signo é outro signo, ou seja, é uma coisa que representa outra coisa: seu objeto. Mas o signo não é um objeto, mas representa um, pois ele apenas está no lugar do objeto, podemos usar como exemplo o desenho de uma casa, ou a maquete de uma casa, ambos são signos do objeto casa, pois, não são uma casa verdadeira mas nos lembram e substituem em nossa mente a presença de uma casa com a idéia de uma casa. O signo só pode representar um objeto para um intérprete, fazendo com que surja em sua mente outra coisa (um signo, ou quase signo) que tem algo a ver com o objeto, dependendo do processo de relação que nasce no pensamento do interpretante, assim, se produz um outro signo, que interpreta o primeiro, que pode ser um sentimento, uma palavra, ou qualquer coisa que o signo cria na mente e se torna o tradutor do primeiro.Para uma melhor compreensão, entendemos que o signo é formado por dois objetos: dinâmico e imediato e pelo próprio interpretante. O objeto se torna um referente, onde o objeto dinâmico é o que o signo substitui, e o objeto imediato é a maneira como o objeto dinâmico representa dentro do signo, assim segue o processo para o que vemos do objeto e entendemos como signo.          A interpretação que é feita dos acontecimentos observados, a partir de uma referência, é o interpretante. Chamamos de interpretante imediato quando o signo está pronto a surgir numa consciência, o próprio interpretante tem a função de ser a aparência lógica do signo. Pierce criou uma rede de classificações triádicas através da divisão lógica, com base nas que se estabelecem no signo, com 10 tricotonias; 10 divisões, sempre de três em três, dos prováveis tipos de signos dos quais obteve 64 classes de signos, tornando logicamente possível 59049 tipos de signos, e também tratou de elaborar uma explicação mais detalhada, de três tricotomias, sendo as mais gerais, da qual a 1ª tricotomia considera a relação do signo consigo mesmo, a 2ª em relação do signo com seu objeto dinâmico, e a 3ª é a relação do signo com seu interpretante.                                                                                        Com tal característica a 1ª tricotomia que é o signo em ligação consigo mesmo, alinha os signos em decorrer das imagens do próprio signo, dividindo- se em quali-signo, sin-signo e legi-signo. O quali-signo é todo signo que é uma qualidade sequente, diz respeito única e exclusivamente a essa pura qualidade, a seu caráter qualitativo como a impressão que uma cor pode gerar em alguma pessoa, é uma espécie de pré-signo, pois se essa qualidade se singulariza ou individualiza, ela se torna um sin-signo; que é a segunda das três divisões, ou seja, é o resultado da singularização do quali-signo. A partir do sin-signo é possível gerar uma idéia universal, um ajuste do conjunto singular que afigura, seguindo para uma 3ª divisão, em que temos o legi-signo que é o que resulta de uma idéia súbita, por leis gerais formadas socialmente.                                O signo em relação com seu objeto agrupa os signos conforme a relação entre ele e o objeto que ele troca é a 2ª tricotomia, que pode ser um ícone, índice ou símbolo; do qual o ícone se assemelha ao quali- signo exceto por formas e sentimentos, o ícone tem um poder de sugestão, no nível de aparentar, e é o resultado da relação de semelhança, ou coerência entre signo e o objeto que ele substitui, sendo signos icônicos.                O índice é uma coisa que corresponde a outra, de forma que é o resultado de uma relação por combinação, age indicando uma outra coisa com a qual é conectada, se evidenciando pelo vestígio e pelos indícios.Os rastros de pegadas deixados no chão não são não se parecem com o objetos que elas substituem, mas nós as associamos ao objeto, ou seja aos pés que ali pisaram, assim tornam-se signos indiciais. O símbolo é o fruto, assim como legi-signo, da conversão. A relação entre o signo e o objeto que ele representa é deliberada por regras. Como por exemplo, o coração é um símbolo de amor, mas o símbolo não tem semelhança ou relação singular, mas trata-se de regras e leis de convenções.                                                                                         A relação entre o signo e o interpretante, que compõe os signos a partir de sua relação com as significações desse signo, é a 3ª tricotomia, da qual obtemos as divisões por rema, dicente e argumento.  Tudo aquilo que corresponde ao que denominamos termo, num enunciado inalterável de busca da verdade é chamado de rema.
Qualquer palavra sozinha de nosso idioma sem um contexto sintático é um rema. Caso a palavra se insere numa sentença, podemos constatar o seu grau de autenticidade.
No lugar de uma palavra, teremos uma sentença, chamada de dicente essa sentença na semiótica, a partir dai, vamos investigar se essa sentença é de fato verdadeira ou não, assim o dicente representa o objeto com respeito a sua existência real, e o argumento é  é a expressão de todo o sistema comportando regras,para o seu interpretante é signo de uma lei.                                                                                         Na semiótica, Pierce elaborou percepções das quais nos ajuda a interpretar linguagens, que são instrumentos para pensar, possibilitando um novo olhar e uma escuta mais cuidadosa, e é dessa maneira que a semiótica nos proporciona uma nova percepção fenomenológica para o desenvolvimento da linguagem sonora, arquitetônica, visual, da dança, da literatura e das artes em geral, assim encontramos os vários tipos de linguagens que nos rodeiam.                                                                                 Outras duas fontes, auxiliaram no desenvolvimento da semiótica, uma delas nasceu na União Soviética, dos trabalhos de dois grandes filósofos, A.N. Viesse-Lovski e A.A. Potiebniá, que veio a se estabelecer na Rússia revolucionária , num período de pesquisas científicas e artísticas que proporcionou o surgimento de uma estrutura linguística e a movimentos artísticos em diversas áreas.                                        A outra fonte vem de Saussure em seu curso de Linguagem Geral, que subsequentemente se tornou um livro que mereceu uma grande propagação pela Europa. Seus conceitos linguísticos foram analisados por uma série de outros lingüistas, e suas definições foram adotadas em outras áreas como Antropologia, e Teoria Literária.  
a preocupação de Saussure era a de fundar uma ciência da linguagem verbal, ele não se preocupou  em elaborar conceitos mais gerais servissem de base para uma ciência mais ampla do que a Lingüística. Como visto, ao contrário e consciente disso, ele presumiu a necessidade de uma ciência mais vasta e ampla, que ele batizou de Semiologia. Sendo a Semiologia responsável para ele pelo objeto de estudo de todos os sistemas de signos na vida social. Desse modo, a Lingüística, que era a ciência que ele tinha propósito de desenvolver, seria uma parte da Semiologia. Ele fundou uma ciência de linguagem verbal, da qual se espalhou devido a instância dos meios de comunicação de massa, que sentiam falta de uma ciência com capacidade de clarear as distintas e múltiplas linguagens irradiadas pelos diversos meios de comunicação, e que se auxilia como uma ferramenta teórica, capaz de desenredar a complexidade da arte e literatura modernas.Assim, a semiótica, tomou a característica de transição de conceitos que rege a investigação da linguagem verbal-articulada para o controle de todos os outros métodos de linguagem não verbais.                                                                Percebemos uma distinção entre Semiótica e Semiologia, visto que não é tanto o nome Semiótica e Semiologia, o que realmente importa, sendo ambos conhecimentos que estudam a linguagem,  mas sim, a nossa capacidade de discriminar as terminologias, que permitem distinguir essas fontes ou instrumentos teóricos que os estudos semióticos estão se baseando, para que possamos saber em quais caminho estamos seguindo.                        
        O histórico da Semiótica teve três correntes, da qual a primeira a ser brotada no tempo foi a de Peirce, que começou a formular a doutrina geral dos signos desde o século XIV. Outra corrente veio de Saussure que deu origem a uma maior propagação de uma ciência linguística, e a 3ª que veio da União Soviética, em meados do século XX, que também na Europa os estudos de semiótica iniciaram-se em formação.
        O mais famoso, o que mais oferece abundantes instrumentos e análises, assim sendo o mais complexo   e de maior êxito   dos estudos de Semiótica, é o de Charles Sanders  Pierce.Vale a pena destacar nesse histórico, que existia uma consciência que era necessário a criação de uma nova ciência da qual estudasse esse grande e intenso campo das linguagens. Assim todos os feitos do ser humano em seu viver, configuram-se na alma, na mediação inalienável da linguagem, entendida esta no seu sentido mais vasto; em todas as suas possibilidades, que nos permitem não só fazer parte deste mundo, mas nos permitem participar, através das diversas linguagens como indivíduos sociais, com isso aflora o deslocamento das tradicionais teorias do conhecimento, visto a necessidade de interpretar os diversos signos que nós produzimos pelas linguagens,conhecemos o papel que a Semiótica tem.                                                 Finalizando, noto a mão de Deus em todo esse processo de descoberta da Semiótica, pois percebo que, assim como ele deu a C.S. Pierce os devidos instrumentos de determinação, paciência, insistência, inteligência, perseverança, e fé,  para idealizar essa ciência, assim, também, nos dá as mesmas possibilidades para estuda-lá.
            Noto que a ciência semiológica não nos ensina apenas o mundo das linguagens, mas também nos ensina a lutar, sem desistir, fazendo uso esforçado de nossas mentes das quais foram concedidas por Nosso Deus, não permitindo com que nos deixemos levar pela comodidade que o mundo nos oferece cotidianamente, mas tal estudo também nos ensina a ver que a estrada da vida pode ser de caminhos íngremes, porém somos convidados a prosseguir, sempre lutando contra nossas limitações, para que possamos chegar as realizações de nossos sonhos,  provando a nós mesmos que nosso esforço nesse combate contra nossas prostrações, não é em vão, pois é assim que venceremos os fantasmas de nossa incapacidade, percebendo que isso é viver, e que são esses os signos que nos ajudam a compreender a linguagem da vida.

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