Os Novos Movimentos Sociais
Por: dhygo • 27/10/2015 • Trabalho acadêmico • 4.449 Palavras (18 Páginas) • 362 Visualizações
FUNDAÇÃO FRANCISCO MASCARENHAS
FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS
CURSO DE BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
AYANNY CRISTALA PEREIRA ALVES
DIANA ARAÚJO PINHEIRO
JOSÉ DIEGO HENRIQUE FAUSTINO
NAIANA PAULO LACERDA
ROSEANE RUFINO DE ALMEIDA
OS CHAMADOS “NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS” [NMS]
PATOS- PB
2015
AYANNY CRISTALA PEREIRA ALVES
DIANA ARAÚJO PINHEIRO
JOSÉ DIEGO HENRIQUE FAUSTINO
NAIANA PAULO LACERDA
ROSEANE RUFINO DE ALMEIDA
PROFª MS. LIÉLIA BARBOSA OLIVEIRA
Trabalho apresentado a disciplina de Estado, Classe e Movimento Social do 6º período do Curso de Bacharelado em Serviço Social como requisito parcial para obtenção da nota do 2º estágio da referida disciplina.
PATOS- PB
2015
OS CHAMADOS “NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS” [NMS]
A partir de meados do século XX os chamados “Novos Movimentos Sociais” surgem no cenário social como uma alternativa para substituir as lutas dos movimentos de classes tradicionais e dos partidos políticos de esquerda; estes movimentos também são vistos como um somatório ou complemento as lutas de classes dos movimentos clássicos.
A seguir pretendemos discorrer de forma breve sobre a origem e desenvolvimento dos “NMS” na América Latina e no Brasil destacando as principais ideias trazidas pelos autores do texto base deste trabalho.
1.O contexto da emergência dos “Novos Movimentos Sociais” na América Latina: Guerra Fria e expansão capitalista.
Historicamente a América Latina sempre apresentou dependência econômica aos países centrais o que facilitou a expansão capitalista no continente e o manteve regido pela política e economia desses países.
Nos séculos XVI, XVII e na primeira metade do século XVIII os países europeus, com destaque para Espanha e Portugal iniciaram o processo de colonização na América Latina, fazendo dos países descobertos colônias de exploração e dominação europeia. Os autores apontam os estágios do capitalismo vivenciados após o declive dos impérios francês e espanhol, que abriu espaço ao neocolonialismo seguindo ao capitalismo concorrencial e monopolista, e logo o desenvolvimento do imperialismo.
Nesse contexto os Estados Unidos eleva-se ao posto de primeira potência mundial enquanto o socialismo se expandia na Europa Oriental e na Ásia. Esses fatos desencadeiam a Guerra Fria (1946-1989) com o objetivo de conter a expansão do comunismo ao passo que o imperialismo ganhe mais força e dominação no continente.
Sader (2003) aponta três períodos vivenciados na América Latina durante o século XX, a saber: o primeiro, caracterizado por regimes políticos oligárquicos onde elites econômicas pleiteavam o poder do Estado. O segundo, após a crise de 1929, em que países latino-americanos como México, Chile, Argentina e Brasil iniciaram um processo de industrialização que produzia internamente produtos antes importados; possibilitando a aparição e fortalecimento das classes trabalhadoras, bem como viabilizou a ascensão da burguesia nacional. O terceiro período datam de meados dos anos de 1960 e 1970 aponta para momentos de revoltas e revoluções latino-americanas respondidas com repressão e ditaduras militares o que enfraqueceu o modelo de substituição as importações e abriu espaços nacionais a órgãos internacionais.
1.1 As revoluções socialistas e libertárias.
A ideia desvelada pelos autores neste tópico apanha sobre o surgimento e a expansão mundial do que eles chamam de “Novos Movimentos Sociais”, movimentos esses inspirados pelas revoluções do século 20. Para isso, eles apresentam seis grandes movimentos sociais:
- A Revolução Russa;
Esta revolução foi resultante de três movimentos (a Revolução de 1905 – Domingo Sangrento; e as revoluções de setembro e outubro de 1917). Estes buscavam enfraquecer o poder monarca do Czar Nicolau II, e o objetivo foi alcançado em fevereiro de 1917 onde foi instalado um governo provisório liberal. Logo em seguida, o Partido Bolchevique (parte do Partido Operário que defendia a luta revolucionária imediata) liderado por Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético, que defendiam uma liderança menos opressiva e mais democrática. O resultado foi a criação do Bloco Socialista, que acabou promovendo e inspirando as lutas sociais da classe em todo o mundo.
- A Revolução Cultural da China;
Iniciada em 1966 liderada por Mao Tsé-Tung (líder do partido comunista chinês) e durando 10 anos tinha o propósito de ampliar o socialismo do campo econômico para o campo cultural e ideológico. Essa idéia era revolucionária, mas sob o comando da Guarda Vermelha, conhecida por ser violenta e repressora, acabou nada sendo revolucionária e muito menos cultural. O término se deu em 1976 com a morte de Mao.
- A Guerra da Coréia;
Guerra travada entre a Coréia do Norte (comunista e aliada à União Soviética) e a Coréia do Sul (capitalista e aliada aos EUA). Essa guerra foi intervinda pelos EUA em 1950, que entraram em guerra com a Coréia do Norte (por ser comunista), conseguindo retomar o controle da Coréia do Sul. Os EUA se mostrava conta a reunificação das duas Coréias, que seriam comandada pela Coréia do Norte. Esta guerra durou três anos e ficou conhecida por ser violenta
- A Revolução do Vietnã;
Ao final da Segunda Guerra Mundial, sob o comando de Ho Chi Minh, o Vietnã libertou-se do domínio francês, e em 1954 na Conferência de Genebra, o país dividiu-se em dois: a República Democrática do Vietnã (Vietnã do Norte) e a República do Vietnã (Vietnã do Sul). Os EUA queriam evitar uma expansão comunista do Vietnã do Norte, e também buscava a libertação do Vietnã do Sul. Esta guerra que para muitos historiadores, foi americana, acabou em 1973 e a guerra entre Vietnã do Norte com o do Sul só terminou em 1975, e em 1976 o Vietnã se reunificou e tornou-se a República Socialista do Vietnã. Essa “guerra americana” foi extremamente criticada nos EUA pelo seu motivo, por sua duração, por seus custos e pela sua derrota.
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