Plano de estagio
Por: anja123 • 30/9/2015 • Trabalho acadêmico • 4.511 Palavras (19 Páginas) • 246 Visualizações
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RELATÓRIO REFLEXIVO APRESENTADO A DISCIPLINA DE MOVIMENTOS SOCIAIS
Goiânia
2015
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
CENTRO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Pólo : Goiânia/Centro 7130
Curso: Serviço Social
Período Letivo: 2015/1 Bimestre: 7º
Disciplina: Movimentos sociais
Professora EAD: Ma. Edilene Xavier Rocha Garcia
Tutora: Lucimara Teles Diniz
Acadêmicas:
Ângela Moreira Barbosa RA: 349853
Jaqueline Ferreira Da Silva RA: 1299335159
Lilian Claudia Pereira RA:368243
Simone Mendes Menezes Barbosa RA: 363767
MOVIMENTOS SOCIAIS
Goiânia
2015
Análise da primeira parte do livro Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações de Maria da Glória Gohn
Maria da Glória Gohn, na primeira parte de seu livro Movimentos Sociais e Redes de Mobilizações Civis destaca pontos fundamentais no redesenho dos movimentos sociais no contexto sociopolítico, econômico e cultural dos países da América Latina. Pontos relevantes que vem para diferenciar os movimentos do passado com os da atualidade.
Cita a necessidade de qualificação do tipo de ação coletiva que tem sido caracterizado como movimento social. Os movimentos sociais citam suas características básicas uma que possuem uma identidade, tem um opositor e articulam ou se fundamentam num projeto de vida e de sociedade. Na atualidade, muitos deles apresentam um ideário civilizatório que coloca como horizonte a construção de uma sociedade democrática suas ações são pela sustentabilidade e não apenas autodesenvolvimento. Os movimentos sociais sempre têm um caráter educativo e de aprendizagem para seus protagonistas.
Na atualidade, os movimentos sociais são distintos. O novo milênio apresenta uma conjuntura social e política extremamente contraditória na América Latina. Esses movimentos sociais são extremamente diferenciados segundo o tipo e grau de organização. Na atualidade, o elemento novo é a forma e o caráter que estas lutas têm assumido. Deve-se assinalar também que inúmeros territórios indígenas passaram a ser em vários países fonte de cobiça devido aos minerais e outras riquezas.
As alterações do papel do Estado em suas relações com a sociedade civil e em seu próprio interior. As novas políticas sociais do Estado globalizado priorizam processos de inclusão social de setores e camadas tidas como “vulneráveis ou excluídas”. Captura-se o sujeito político e cultural da sociedade civil, antes organizado em movimentos e ações coletivas de protestos, agora parcialmente mobilizados por políticas sociais institucionalizadas. Identidade políticas para políticas de identidade, muda radicalmente o sentido e o significado da ação social coletiva dos movimentos sociais. O tratamento das desigualdades deve ter como horizonte a igualdade. Desigualdade não é o mesmo que diferença. A diferença reflete a diversidade da espécie e de suas formas de organização políticas e de expressão cultural. A diferença, que pode ser bem-vinda, difere assim da desigualdade, que certamente nunca de ser sequer tolerada. A equidade é a disposição de reconhecer igualmente o direito de cada um.
O novo cenário e as relações desenvolvidas entre os diferentes sujeitos sociopolíticos presentes na cena pública alteraram-se neste milênio. Pode-se citar nestas mudanças a difusão do uso das novas tecnologias e a expansão dos meios de comunicação, os conflitos étnicos provocados pelos processos imigratórios e pelos deslocamentos migratórios no interior das nações. É importante registrar também que as problemáticas que dão suporte ás demandas dos movimentos não se circunscrevem apenas ao tema trabalho, condições de moradia e habitação na cidade e no campo; ou justiça, reconhecimentos e reparação de identidades socioculturais.
Há grandes lacunas na produção acadêmica a respeito dos movimentos sociais, embora elas tenham estado presentes na literatura há algum tempo e alimentado o debate a respeito. Exemplos dessas lacunas são os próprios conceitos de movimento social: O que os qualifica como novos; o que os distingue de outras ações coletivas ou de algumas organizações sociais como as ONGs; o que ocorre de fato quando de fato quando uma ação coletiva expressão num movimento social se institucionaliza; qual o papel dos movimentos sociais neste novo século; como podemos diferenciar um movimento social criado a partir da sociedade civil, por liderança e demandatários. Quais as teorias que realmente têm sido construídas para explicá-los.
Os novos ativistas são mobilizados para participarem de ações sociais, estruturas por agentes do chamado Terceiro Setor. São duas formas de protagonismo civil que atuam segundo polos diferenciados da ação sócia – um trabalha o campo do conflito e a outra o campo da cooperação e integração social. A solidariedade existe nas duas, de forma diferente: nos movimentos é orgânica, Nas organizações cívicas ela é estratégica/instrumental. A categoria movimento social tem sido substituída, na abordagem de vários analistas, pela de mobilização social, que também gera uma sigla MS, voltada para ação coletiva que busca resolver problemas sociais, diretamente, via mobilização e engajamento de pessoas.
Continuam prevalecendo grandes lacunas na produção teórica e acadêmica acerca dos movimentos sociais, apesar de sua recorrente presença na literatura das Ciências Sociais.
Tais lacunas dizem respeito ao próprio conceito de movimento social e englobam: a sua qualificação como novos; a sua distinção de outras ações coletivas ou organizações sociais, como as ONGs; as conseqüências de sua institucionalização; no atual momento histórico. Estas lacunas têm dificultado o entendimento e o mapeamento corretos da categoria movimentos sociais, a qual se vê suplantada pela categoria mobilização social, que pode ser entendida como simples participação e cooperação muitas vezes induzidas por estruturas políticas externas a ela.
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