Politicas Urbanização Caótica: Cidades e Vilas
Por: aragao22 • 23/11/2021 • Ensaio • 1.013 Palavras (5 Páginas) • 153 Visualizações
Urbanização Caótica: Cidades e Vilas
Como dizia Darcy Ribeiro, “Surgimos da confluência do entrechoque e do caldeamento do invasor português com índios silvícolas e campineiros e com negros africanos, uns e outros aliciados como escravos.”, mostra nesse capítulo que embora a via evolutiva da atualização histórica, o Brasil já nasce como uma civilização urbana. No livro aborda que no primeiro século a primeira cidade de fato foi a Bahia, seguida por Rio de Janeiro depois João Pessoa. No segundo século surgem: São Luís, Cabo Frio, Belém e Olinda. No terceiro século, interioriza‐se a vida urbana, com São Paulo; Mariana, em Minas; e Oeiras, no Piauí. Já no quinto século cobre-se todo território brasileiro. Darcy Ribeiro fala também que com o crescimento urbano desordenado, espaços diferentes são criados, ou seja ocorre a separação entre classe baixa, média e alta. Seguindo essa analogia é feita a comparação de que a senzala seria substituída pela favela, e as sedes das fazendas pelas moradias elegantes nos centros urbanos. Como a industrialização oferece emprego ao homem do campo, a população se via obrigada a sair do campo e ir para as grandes cidades. Desse modo, devido a falta de infra-estrutura das cidades brasileiras, que receberam uma população maior do que se era esperado ocorre os inchaços dos grandes centros urbanos em todo o país, fazendo com que haja uma ocupação desordenada. Essa Urbanização Caótica se da pela problemática que o Brasil enfrenta frente ao desemprego, a marginalização, ao tráfico de drogas e a prostituição infantil.
Industrialização e Urbanização
Darcy afirma que a industrialização e a urbanização são processos complementares. No Brasil, o monopólio da terra e a monocultura, promoveram a expulsão da população do campo e as dimensões foram espantosas. Desse modo, vivemos um dos mais violentos e grave êxodo rural, pois nenhuma cidade brasileira tinha estruturas para receber tamanha população, isso trás como consequência a miserabilização da população urbana e uma enorme competição por empregos. Tendo uma das maiores cidades do mundo tais como São Paulo e Rio de Janeiro o Brasil alcança, desse modo, uma grande vida urbana, porém, dificulta uma verdadeira modernização. Como dito no livro o principal problema brasileiro é atender essa imensa massa urbana que, não pode ser exportada, como fez a Europa. Ocorrendo em todo o mundo mas de forma mais aguda no Brasil, a indústria se orienta cada vez mais para sistemas produtivos poupadores de mão de obra, nos quais existem altíssimos investimentos. Uma frase marcante de Darcy nesse capítulo diante todo esse cenário é: “O que nos falta hoje é maior indignação generalizada em face de tanto desemprego, tanta fome e tanta violência desnecessárias, que são perfeitamente sanáveis com alterações estratégicas na ordem econômica.”. Por fim ele diz que a tarefa das novas gerações é tornar o Brasil uma das nações mais progressistas justas e próspera da terra.
Deterioração Urbana
A população aprende a se edificar nas favelas, nos terrenos mais ingrimes mas também nos lisos. Resistem ao máximo a todo descaso governamental e a falta de inclusão. Desse modo, na favela o crime organizado e a venda de droga seriam como empregos. Assim, muitas famílias confiam no crime organizado por eles serem responsavéis por “proteger” a favela. Darcy então diz que “O que opera é um monstruoso sistema de comunicação de massa fazendo a cabeça das pessoas.”.
CLASSE E PODER
Nessa tipologia das classes sociais é possível observar na cúpula dois corpos. O patronato de empresários, no qual o poder vem da riqueza através da exploração econômica; e o patriciado, no qual o mando decorre do desempenho de cargos, como o general, o deputado, o bispo, o líder sindical e etc. Darcy diz que essa configuração de classes antagônicas mas interdependentes organiza‐se, de fato, para fazer oposição às classes oprimidas , que antes eram escravos, e hoje são sub-assalariados.
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