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RESENHA CRÍTICA : O SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE: DEMANDAS E RESPOSTAS

Por:   •  26/4/2018  •  Artigo  •  965 Palavras (4 Páginas)  •  2.372 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO IESB

CAMPUS LILIANE BARBOSA

CURSO DE BACHAREL EM SERVIÇO SOCIAL

RESENHA CRÍTICA

O SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE: DEMANDAS E RESPOSTAS

Autores: PIANA, Maria Cristina

Aluna: Josicleide Pessoa de Carvalho/ 14111150001

Turno: matutino

Disciplina: política social

Profa: Sérgio Coutinho

Ceilândia/DF

2017

Neste texto a autora faz uma reflexão do Serviço Social na atualidade, com suas demandas e perspectivas, situando-o em sua trajetória histórica e discutindo a educação como campo privilegiado e desafiador para o exercício da prática social.

O surgimento e desenvolvimento do Serviço Social como profissão, na visão da autora, se estabeleceu e ratificou-se como um dos recursos impulsionados pelo Estado e pelos empresários, mas com base em uma prática cristã ligada à Igreja Católica. A formação profissional dos primeiros assistentes sociais brasileiros deu-se a partir da influência européia apoiada nos princípios messiânicos e embasada no intuito de servir o outro. Somente a partir dos anos 40, abriu-se novas possibilidades no âmbito da profissionalização da assistência que, mesmo estando ainda, fortemente ligada à sua origem católica teve sua atividade reconhecida pelo Estado e pela sociedade como um todo, por meio do estabelecimento de grandes instituições assistenciais.

Segundo a autora, essas políticas instituídas pelo Estado Novo, que eram capazes de ao mesmo tempo proteger os trabalhadores e coibir seus movimentos de reinvidicação, objetivavam apenas assegurar o controle social e sua legitimação, uma manobra que visava atender muito mais ao capital econômico do que às reais necessidades da população.

A dita "questão social", manifestada em forma de vários problemas sociais, a demanda da população atendida que outrora era pequena e que começava a crescer, e o número de trabalhadores que pleiteavam acesso aos serviços e políticas sociais ofertados pelo Estado foram fatores que, somados a muitos outros, requeriam uma adequação das políticas públicas sociais.

Assim, mostra-se no texto a constante busca de novas  referências de ações externas que pudessem ser adotadas e que conduzissem, com qualidade, os procedimentos sociais interventivos como, por exemplo, o Serviço Social de Caso e o de Grupo, métodos importados dos Estados Unidos que se aplicaram perfeitamente à realidade social brasileira.

Porém, na década de 60, quando o modelo de desenvolvimento vigente entrou em crise, iniciou-se o Movimento de Reconceituação do Serviço Social, que além de propor discussões e reflexões políticas no interior da categoria, representava, também, uma tomada de consciência crítica e política dos assistentes sociais não só no Brasil, onde a Ditadura Militar estava em plena vigência, mas em toda a América Latina.

E assim, elegeu-se o modelo Marxista para embasar o referencial teórico-metodológico do Serviço Social, o chamado materialismo Histórico Dialético que, em suma, objetivava estudar as relações interativas entre homem e sociedade.

A escolha desse modelo viabilizou a construção de um projeto ético-político que possibilitou novas perspectivas de intervenção e também permitiu consolidar o Serviço Social na sociedade brasileira, dando-lhe visibilidade e habilitando-o a responder qualitativamente às questões sociais.

Piana afirma que essa retrospectiva permite enfatizar o crescente protagonismo dos assistentes sociais em prestar serviços, planejar, gerir, e executar políticas. Conforme a autora, indubitavelmente a construção do projeto profissional possibilitou um salto qualitativo em sua formação acadêmica e em sua presença política na sociedade, sem citar outros ganhos positivos.

Entretanto, ainda enfrenta o desafio de confrontar, compreender e intervir nas questões sociais que se configuram advindas, sobretudo, do capitalismo e que propõem mudanças estruturais totalmente contrarias às propostas do projeto ético-político. Frente a essas questões contemporâneas, o aprofundamento e a manutenção do projeto dependem da vontade da maioria da categoria profissional e junto a ela, a retomada das lutas e movimentos democráticos e populares, que garantam os direitos à programas e à políticas sociais instituídas pelas conquistas das classes trabalhadoras.

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