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RESENHA RAZÃO E MÉTODO NO MUNDO EM QUE VIVEMOS

Por:   •  2/3/2020  •  Resenha  •  497 Palavras (2 Páginas)  •  187 Visualizações

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RAZÃO E MÉTODO NO MUNDO EM QUE VIVEMOS

GUINTTER FERREIRA DE OLIVEIRA

RESENHA

O autor começa organizando suas ideias, nos elucidando sobre a mudança da relação da sociedade humana com o tempo. No passado o “tempo natural” era o que nos guiava perante nossas vidas, o tempo das estações climáticas, do plantio e da colheita. Porém esse “tempo natural” deu lugar a uma nova lógica temporal, um tempo regido pela máquina e pelo mercado, isso começando no Séc. XVIII com a primeira revolução industrial.

Dentre as máquinas que surgiram, o autor argumenta, o relógio passou a ser o símbolo e expressão desses novo tempo. Cada vez mais exato na sua função de marcar as horas logo o “tempo natural” foi substituído pelo tempo matemático e preciso do relógio. Isso se traduz na expressão máxima “Time is Money”, o que é estarrecedor pois tempo não é dinheiro e sim o tecido das nossas vidas.

Acompanhado da revolução industrial vem o avanço e o barateamento da tecnologia, o que faz com que cada vez mais aparelhos comecem a fazer parte da vida das pessoas alterando ainda mais as hábitos e aumentando a complexidade da vida moderna. O que nas palavras do autor: “seja com a dupla determinação do tempo natural e o da máquina, gostemos ou não, somos obrigados a nos inserir e buscar extrair os seus maiores benefícios.

Em meio a um estilo de vida cada vez mais exigente e com relações mais complexas, em que o ser humano precisa dividir o seu tempo entre trabalho, lazer, estudos, família e outras atividades, muitas pessoas veem seu rendimento cair e isso traz aflição e “stress”. Isso devido a estarmos inseridos em uma sociedade em que o tempo deve ser sempre o mais produtivo possível seguindo uma lógica mercadológica capitalista.

Aliado a isso existe o conflito entre a “razão prática” e a “razão crítica”. A primeira diz respeito à necessidade do indivíduo a realizar escolhas racionais, baseadas no custo-benefício em determinado tempo preestabelecido. Já a razão crítica é a capacidade de tomar decisões autônomas levando em conta seus valores, vontades e anseios. Logo o choque entre essas duas razões, nas palavras do autor, se deve que o direito de exercer uma “razão crítica” só existe se esta não entrar em colisão com a “razão prática” da sociedade em que estamos inseridos.

E então qual a relação de todas essas mudanças sociais com a metodologia? “O exercício da razão é o método”. A metodologia se dá como uma forma de facilitar a vida das pessoas. Ela não se propõe a acabar com o “stress”, mas possibilita a utilização da “razão utilitária” pela ”razão crítica” podendo ser aplicada tanto na vida profissional quanto na pessoal. Ao tentar sobreviver como pessoas, para podermos tomar decisões que não nos desagrade e como profissionais para podermos nos manter no mercado de trabalho, a metodologia científica se coloca como um caminho a ser seguido.

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