RESUMO DO LIVRO QUEBRA-CABEÇA BRASIL
Por: Vinícius Almeida • 19/7/2020 • Resenha • 1.069 Palavras (5 Páginas) • 437 Visualizações
Resumo do livro Quebra -Cabeça Brasil
Gilberto Dimenstein
Guilherme Motta Barreto – 2º A
Capítulo VII – lutar para morar com dignidade
O capítulo 7, intitulado “lutar para morar com dignidade” descreve o drama que acompanha os brasileiros pobres desde o período colonial. Uma situação que, pelo visto, persiste até os dias atuais. O texto começa com um panorama do aumento do contingente populacional urbano no Brasil. Em 1820, os moradores das cidades brasileiras somavam 20% da população. Já no ano 2000, as 28 maiores regiões metropolitanas concentravam cerca de 40%0 dos habitantes e as áreas urbanas somavam 81,23% da população. Esse aumento vertiginoso foi feito de forma desordenada, de forma que o elevado contingente populacional levou ao surgimento das favelas.
O texto aborda as mudanças urbanas ocorridas no país a partir da chegada da corte portuguesa em 1808. A vinda da família real para o Brasil ocorreu quando Napoleão Bonaparte ameaçou invadir Portugal por descumprir o Bloqueio Continental e continuar a manter relações com a Inglaterra. Para não romper acordos com o Reino Unido, D. João, então príncipe regente, decide mudar a sede da corte para o Rio de Janeiro.
A chegada da Família Real representou uma grande mudança no cenário urbano da cidade do Rio de Janeiro. Além de mudanças culturais como a implantação de bibliotecas, teatros, parques, faculdade, imprensa etc., houve também uma mudança urbanística. Em poucos anos, a cidade se tornou a mais populosa, superando o número de habitantes de Salvador, até então a cidade com maior número de habitantes do Brasil. O crescimento urbano desordenado deu origem ao surgimento de cortiços que abrigavam a população mais pobre que desejava morar perto do centro econômico da corte.
O cenário não mudou muito nos anos seguintes. A população do Rio continuou a crescer de forma desenfreada entre o fim do século XIX e início do século XX. No intuito de modernizar a cidade, o presidente da República decidiu derrubar todos os cortiços do centro da cidade, expulsando a população mais pobre para os morros e periferias, dando origem às favelas.
O capítulo ainda mostra dados de quão dramática é a situação da moradia dos brasileiros. Segundo Censo de 2000, 4,4 milhões de brasileiros viviam em favelas. No Rio de Janeiro, de cada três habitantes, um era residente de favelas.
Outra informação importante é a respeito do Estatuto da Cidade sancionado em 2001. O estatuto tem por objetivo fazer com que as cidades cumpram a sua função de garantir a qualidade de vida. No entanto, ainda há um grande déficit habitacional e as favelas das grandes cidades continuam se expandindo. Prova disso são dos dados do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) que revelaram que o déficit habitacional no Brasil cresceu 21,7% enquanto a população cresceu 15,6% entre os anos de 1991 e 2000.
Capítulo VIII – Reforma Agrária – terra para quem nela trabalha
O oitavo capítulo é uma tentativa de entender como o Brasil, com tantas terras férteis, tecnologia e uma renda que nos distancia das nações mais pobres, consegue apresentar níveis tão indigentes de desnutrição e pobreza. Para tanto, o texto volta no tempo para explicar as origens de tamanha desigualdade.
A história do Brasil se inicia com a implantação do sistema de Capitanias Hereditárias o qual previa a divisão da colônia em 15 grandes lotes de terra que seriam doados àqueles que tinham condições de produzir nelas, protegê-las e povoá-las. Foi o primeiro passo para o controle das terras brasileiras por parte da elite – o começo de uma história de privilégios e desigualdades.
Os capitães donatário poderiam dividir suas terras em sesmarias, grandes latifúndios, que eram também doados. Esses grandes latifúndios foram usados para produzir açúcar – primeiro produto explorado no período colonial; e café, voltados para exportação e utilizando trabalho escravo. Isso não mudou muito após a independência.
Em 1850, foi promulgada a Lei de Terras, prevendo que as terras só poderiam ser adquiridas por meio de compra, o que só poderia ser realizado pela minoria da população mais rica do país. Isso foi o exato oposto do que aconteceu nos EUA onde o governo prometia terras para qualquer um que quisesse produzir, atraindo muito imigrantes europeus, dando início à corrida para oeste. Atualmente, enquanto o Brasil ainda possui a maior parte das terras nas mãos de poucos e grandes proprietários, nos EUA a maior parte das terras estão divididas entre pequenos e médios.
...