REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ACERDA DA HISTÓRIA E CULTURA: AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
Por: Luana Siqueira • 21/5/2018 • Artigo • 5.691 Palavras (23 Páginas) • 260 Visualizações
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ACERDA DA HISTÓRIA E CULTURA: AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
BIBLIOGRAPHICAL REVIEW ACCORDING TO HISTORY AND CULTURE: AFRO-BRAZILIAN AND INDIGENOUS
RESUMO
O propósito deste artigo foi apresentar a evolução da história e Cultura Afro-brasileira e Indígena. Tendo como objetivo apresentar o trajeto e em especial refletir sobre a desigualdade no ensino e como consequência no mercado de trabalho. Os portugueses chegaram ao Brasil anunciando a descoberta do país, quando na verdade já havia sido descoberto pelos índios, os quais os portugueses queriam escravizar para explorar as diversidades que havia no país naquela época, com a manifestação contrária da igreja surge à ideia de traficar os africanos para serem utilizados como mão-de-obra. Após a abolição da escravatura, os negros enfrentaram problemas de discriminação e inclusão no mercado de trabalho, onde pesquisas mostram o baixo número de afro-descentes inclusos, razão que se deve pelo baixo nível de escolaridade. Em 2010, o código civil institui no Estatuto da igualdade racial, as cotas raciais, para incentivar a inclusão de negros no ensino superior e concursos públicos, a fim de reduzir a desigualdade, dessa forma conclui-se que a diversidade étnico racial para ampliar a igualdade, começa pela educação.
PALAVRAS-CHAVE: Cultura; Negros; Índios; Desigualdade; Escolaridade; Mercado de trabalho.
ABSTRACT
The purpose of this article was to present the evolution of Afro-Brazilian and Indigenous history and culture. Aiming to present the course and in particular to reflect on inequality in education and as a consequence in the labor market. The Portuguese arrived in Brazil announcing the discovery of the country, when in fact it had already been discovered by the Indians, which the Portuguese wanted to enslave to explore the diversities that were in the country at that time, with the opposite manifestation of the church arises to the idea of trafficking the Africans to be used as labor. After the abolition of slavery, blacks faced problems of discrimination and inclusion in the labor market, where surveys show the low number of Afro-descendants included, which is due to the low level of schooling. In 2010, the Civil Code establishes in the Statute of Racial Equality, racial quotas, to encourage the inclusion of blacks in higher education and public competitions, in order to reduce inequality, so it is concluded that ethnic racial diversity to increase equality , begins with education.
Key words: Culture; Blacks; Indians; Inequality; Education; Labor Market.
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¹Mestre em Saúde e Meio Ambiente e graduada em Administração – ambas as formações na Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE.
²Graduandos do curso de Administração do Centro Universitário UniDom (GRUPO SEB).
* E-mail para correspondência: adrianafranzoi@yahoo.com.br.
1. INTRODUÇÃO
Os portugueses chegaram ao território brasileiro declarando a descoberta da história afro-brasileira. Entretanto, tal descoberta já havia sido feita e, o Brasil, já tinha outra população que ali habitava, na qual foi nomeada pelos descobridores como índios.
Descobriu também, uma economia diversificada como: café, açúcar, cacau, tabaco, entre outros. Sendo assim, precisavam de mão de obra para melhor comercializar esses produtos e buscaram escravizar os índios para os trabalhos em lavouras e minas. No entanto, se depararam com muita resistência: os indígenas não estavam acostumados a trabalhar com regras, na maioria das vezes se debilitavam pelas doenças trazidas pelos europeus e, eventualmente se escondiam pelo interior do território, já que conheciam muito bem a região. Além disso, a igreja se manifestou contra a ideia de escravidão, devido a esta dificuldade, os portugueses optaram por se envolver no comércio de escravos na África. Se beneficiaram disso, trazendo os africanos para usá-los na mão de obra na colônia.
A chegada dos africanos no Brasil começou em meados do século XVI e XIX, onde era realizado o tráfego de negros para tal serviço. Os escravos negros eram vendidos em lotes de acordo com a idade, força física e sexo.
Quando os negros chegaram no Brasil, passaram a se relacionar com diferentes grupos, estabelecendo relações com seus companheiros de cor e de origem, construindo espaços e recriando sua cultura e suas visões do mundo.
Com o passar do tempo foram compartilhando suas tradições culturais e religiosas, dentre elas: danças como a capoeira, maracatu, maxixe, samba, pagode e hip-hop, cerimônias sagradas, das quais se expandiram as religiões: candomblé e umbanda.
Em 1850 surgiu a Lei Áurea, movimento para abolição da escravatura no Brasil. A lei conseguiu a liberdade total para os escravos negros, por meio da princesa Isabel.
Mesmo com a abolição da escravidão, os negros enfrentaram muita dificuldade para se inserir na sociedade e no mercado de trabalho. Por conta disso, aos ex escravos restaram o trabalho doméstico, limpeza de ruas, nos quais eram pagos pelos serviços prestados.
Diante desta forma discriminatória em que a sociedade os via, a população negra criou seu próprio veículo de comunicação, onde poderia publicar informações, atualizar notícias sobre seu meio cultural, direitos e a luta pela igualdade entre outros.
Atualmente dados apontam que o déficit de negros no mercado de trabalho deve-se a condição educacional precária, o analfabetismo é maior em negros, o que resulta na desigualdade de oportunidades.
O Estatuto da Igualdade Social destina-se a garantir à população negra a igualdade de oportunidades, defesa dos direitos étnicos individuais, coletivos e o combate à discriminação e outras formas de intolerância étnica. O governo implantou a política de cotas, o que trouxe aumento no ingresso dos negros em instituições de ensino superior.
Já a inclusão dos indígenas à cultura brasileira ocorreu por meio de mamelucos, termo utilizado para nomear mestiços de branco com índia.
No Brasil se encontravam aproximadamente cinco milhões de índios. Estes índios já estavam divididos em tribos: tupi-guaraní, macro-jê, aruague e caraíba. Hoje, as principais etnias indígenas são: ticunã, guarani, caingangue, macuxi, terema,
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