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Reflecoes sobre o estudo antropologico

Por:   •  28/1/2017  •  Ensaio  •  1.124 Palavras (5 Páginas)  •  224 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Disciplina: Antropologia IV

Docente: Fagner Carniel

Discente: Gustavo Felipe da Silva       Ra: 83255

Reflexões sobre o estudo Antropológico:

O estudo  antropológico visa estudar o homem, sua mente seu corpo, sua evolução, origens, instrumentos, arte e grupos, como instrumentos que fazem parte de um quadro geral, de um todo. E este fenômeno que abrange o geral, é denominado cultura.A cultura possui um sentido amplo como fenômeno humano, e implica comparação com os outros seres vivos e suas condições necessárias a vida, porém também possui caráter restrito  em comparar a mais básica significância entre diferentes culturas.

É interessante analisar que o antropólogo inclui sua própria cultura e seu modo de vida  ao entrar em contato com seu objeto de estudo, o que o leva a fazer um exame de si mesmo, e acaba por utilizar sua própria cultura para analisar a cultura dos outros povos, pois ele já parte de uma series de acontecimentos e significados que já são intrínsecos a ele mesmo devido as experiências culturais em que cresceu.

Wagner  trabalha com três conceitos independentes, que são, a objetividade absoluta, a objetividade relativa e objetividade relativa cultural.  Segundo o conceito de relatividade cultural a cultura sendo um  fenômeno humano uma cultura é equivalente a outra, logo que realiza a pesquisa, tem uma cultura que é equivalente a que está sendo estudas, ou seja não existem diferenças entre tais. Já a objetividade absoluta propõe total imparcialidade na compreensão de uma cultura, mesmo que partimos de nossos próprios pressupostos culturais para compreender outra cultura. A objetividade absoluta  frente a uma outra cultura seria algo  impossível pois exigiria que não tivéssemos cultura nenhuma como ponto de partida, e sabemos que não é, este o caso, pois quando um antropólogo, ou etnólogo vai a campo, este já vai  com  um formação cultural, sobretudo a própria cultura de estudar culturas, ou escrever sobre tais. Porem deve-se tentar ser imparciais tanto quanto possível na medida em que nos tornamos consciente de nossos pressupostos culturais que seria a objetividade relativa.


Na analise feita com base na  objetividade relativa e relatividade cultural nota-se  a relação entre ambas as culturas , a compreensão de outra cultura envolve a relação entre as duas,  relação que não é pautada na analise ou exame de uma pela outra, como pautado na  objetividade absoluta

 Wagner  destaca que o antropólogo adquire noção de sua própria cultura,ou de que carrega pressupostos de sua cultura, somente quando entra em contado com outra,pois para  formular um estudo sobre a outra cultura, parte de uma analise de sua própria vivencia cultural, fazendo um exame dela mesma,  tomando assim  consciência de sua própria cultura. Assim estaria  realizando um exercício,que remete a igualdade entre ambas, pois o antropólogo passa a conhecer  sua cultura e a si mesmo e o conhecido.

Percebe-se que o antropólogo não irá aprender sobre está nova cultura como uma criança, ou como um nativo, pois este já é um adulto e possui já, possui sua convicções e sua  própria cultura. E terá muitos significados para tudo que vivenciar, dentro da cultura que for seu objeto de estudo.

Um estudo antropológico autoconsciente é aquele em que o autor o manipula até o ponto em que diz exatamente o que pretendia dizer, e acaba assim por excluir o aprendizado que obteria durante o processo, o antropólogo não percebe que o que está criando, tem parte da sua intencionalidade, pautada na sua realidade.É importante ressaltar que o estudo da cultura é a nossa cultura.

Geertz, escreve em seus escritos que  todos são nativos em campo,porém Wagner analisa que na verdade todos são Antropólogos, pois toda estudo realiza, parte do antropólogo quando este presume uma determinada cultura, por diversos fenômenos, que fazem parte de sua formação cultural, e que presumem que ali há uma formação cultural que pode ser um objeto de estudo.

Partindo o pré suposto de que essa esse costume de estudar culturas, faz parte da cultura ocidental, e não da cultura dos povos podemos observar que á de ocorrer uma certa legitimação dos estudos etnográficos realizados em campo, pois o autor tende a legitimar o discurso sobre determinadas culturas, pois ele esteve em campo e “conhece” determinada cultura.

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