Resenha Alfabetizando Estatísticas
Por: Michele Pereira • 6/7/2020 • Resenha • 673 Palavras (3 Páginas) • 183 Visualizações
UFRGS – Ciências Sociais EAD
DILAD 005 – Turma A – 2019/1
Professora – Sandra dos Santos Andrade
Acadêmico - Diego Fernando Puntel
Data – 21.04.2019
ALFABETIZANDO ESTATÍSTICAS
Diego Fernando Puntel
SPERRHAKE, Renata. Alfabetismo/letramento e saber estatístico: algumas formas de quantificação e classificação em análise. Disponível em:http://xanpedsul.faed.udesc.br/arq_pdf/796-0.pdf Acesso em 19 JUL 2018.
Renata Sperrhake é Doutora em Educação UFRGS. É também professora da Faculdade de Educação da UFRGS na área de Formação Pedagógica e Linguagem e atualmente integra o Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguagem e Alfabetização - GEALFA. Não pode ser tratada como principiante na análise de estatísticas e avaliações de níveis de alfabetismo, pois já possuí vários estudos nesse contexto, incluindo teses e dissertações. A autora inclusive é referência para várias pesquisas e publicações que tratam especificamente de levantamento estatísticos na área de linguagem, e apesar de ter concluído seu doutorado a tão pouco tempo, em 2016, já possuí grade bagagem sobre o assunto.
Escrito de forma objetiva o artigo Alfabetismo/letramento e saber estatístico: algumas formas de quantificação e classificação em análise é bastante didático e nos apresenta algumas problemáticas para discussão acerca da forma como são levantados dados estatísticos sobre a alfabetização/letramento, incluindo sua conceituação a forma como esses dados poderão ser utilizados para o desenvolvimento educacional. Aliás, esse tema tem tamanha importância que vem sendo discutido ao longo dos anos com considerações plausíveis de diversos autores que a cada obra apresentam aspectos diferentes que precisam ser considerados na construção da estrutura pedagógica do país.
A autora inicia seu artigo apresentando ensinamentos de autores sobre a necessidade do saber estatístico, principalmente para a governança de uma nação, um estado um município, citando escritores como Michel Foucault, e defendendo o entendimento de é necessário conhecer a população para poder governa-la. E faz isso muito bem a medida que trata a estatística como tecnologia e instrumento racional de governo, fazendo uma ligação com o estado de modernidade.
Na sequência a autora expõe as diversas formas que esses levantamentos estatísticos sobre alfabetização/letramento são realizados considerando que existem distinções entre todos eles. Diferenças estas que podem estar relacionas a faixa etária da população avaliada, região e nos conceitos dados tanto para alfabetização quanto para letramento e o principal na forma como esses níveis são avaliados junto às pessoas. Para demonstrar essas diferenças a autora faz a análise de dois levantamentos realizados periodicamente e que ao longo dos anos sofreram mudanças tentando aproximar a pesquisa/avaliação da realidade.
O primeiro levantamento analisado foi o INAF (Indicador de Alfabetismo Funcional) realizado pelo Instituto Paulo Montenegro, instituto esse sem fins lucrativos ligado ao IBOPE. São demonstrados no artigo além dos métodos utilizados a evolução que esse instituto realizou entre um levantamento e outro para chegar o mais próximo possível do real, evidenciando na demonstração de seus resultados a classificação e a conceituação de alfabetismo/letramento utilizado pelo INAF. Já o segundo levantamento estudado foi o PISA – Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, realizado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em nível internacional, e é coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) em nível nacional. Da mesma forma a autora demonstra os métodos utilizados e através da divulgação de alguns resultados evidencia a conceituação e as características desse levantamento.
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