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Resumo Mercado Linguistico

Por:   •  8/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  502 Palavras (3 Páginas)  •  1.030 Visualizações

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[pic 1][pic 2]ESTADO DE MATO GROSSO

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO

Instituto de Ciências Sociais Aplicadas

Campus Universitário Jani Vanini de Cáceres

Departamento de Ciências Jurídicas

Faculdade de Direito – 1° Fase

Discentes: Talia Maria da Silva;

 Thaisa Olívia Rodrigues;

Docente: Rosana Maria Pansani

RESUMO: O Mercado Linguístico

No capítulo “O mercado linguístico” do livro Questões de Sociologia, o autor Pierre Bourdiev explica a seguinte fórmula: hábitos linguísticos + mercado linguístico = expressão linguística, que é o discurso. Inicialmente o autor conceitua os elementos da fórmula começando por hábitos linguísticos que define como um resultado das circunstâncias sociais, ou seja, é produzir um discurso de acordo com o contexto da situação, do campo abrangido e do mercado que está incluso. Bourdiev apresenta a noção de situação relacionando-a com a noção de Kairos, que ressalta a importância de não só ensinar a falar, mas ensinar falar a propósito, dessa forma, alcançar a fala não só pelas formas gramaticais corretas, mas também produzir um discurso socialmente admissível, que é estar em conformidade com as regras dominadas claramente.

Segundo o autor essas condições remetem a um mercado linguístico, que acontece quando alguém produz um discurso e os receptores são capazes de avalia-lo e atribuir um valor (preço). Desse modo, forma-se um capital linguístico, que é as relações de poder entre os mecanismos de formação dos preços linguísticos e exercer as leis de formação dos preços em proveito próprio, sendo assim, estabelece uma relação de dominação entre os micromercados linguísticos e os globais. Pierre retrata essa relação, nas lutas nacionais em que a língua exerce um papel importante, entre os mecanismos de dominação política e de formação dos preços linguísticos, o que remete a situação social que varia em cada circunstância.

Assim como no mercado econômico, Bourdiev relata que no mercado linguístico também há relações de força, que dominam esse mercado, e beneficiam certos produtores e certos produtos. Ele explica que as relações de força linguística são eminentes a situação, sendo assim, são obstinados nas relações de interação. Evidencia-se isto nas relações entre duas pessoas que são sempre dominadas pelas relações objetivas entre a língua e o grupo que falam essa língua, como por exemplo: a empregada e a patroa. Essas relações de dominação linguística ou unificação de mercado acontece com uma lógica específica, assim como em todos os mercados de bens, há na língua uma forma de dominação específica, não só econômica, e nem somente pelo seu modo de exercício e nem nos seus fins.

Outro ponto importante que o autor trata é sobre o inquérito cultural ou linguístico, do qual não se trata de uma manifestação direta de competências, e sim do resultado de uma reação entre uma competência e um mercado, resultado esse que não é possível sem essa relação, sendo que só e possível controla-la se variar as situações de mercado.

Por fim, Pierre Bourdiev volta na definição de hábito, e mostra como é dado no campo do hábito linguístico. Assim como a ideia que hábito remete, o linguístico é uma dimensão do hábito com um conjunto de representação de geradores e percepções das práticas.

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