Resumo Para Aula de Introdução à Antropologia sobre os Capítulos 1, 2 e 3 do livro Cultura – Um Conceito Antropológico
Por: josericrib • 1/11/2016 • Resenha • 839 Palavras (4 Páginas) • 1.813 Visualizações
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JOSÉ RICARDO RIBEIRO
Resumo para aula de Introdução à Antropologia sobre os Capítulos 1, 2 e 3 do livro Cultura – Um Conceito Antropológico Autor: Roque de Barros Laraia
Prof.ª Doutora Clarice Ehlers Peixoto
Rio de Janeiro
Setembro/2016
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
RESUMO PARA AULA DE INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA SOBRE OS CAPÍTULOS 1, 2 E 3 DO LIVRO CULTURA – UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO
Aluno: José Ricardo Ribeiro
Professora Doutora Clarice Ehlers Peixoto
Primeira Parte
Da Natureza da Cultura ou da Natureza à Cultura
A discussão sobre o conceito antropológico de cultura vem produzindo há décadas um vasto material para a compreensão e para o desenvolvimento desta ciência.
A antropologia, muito antes do seu assentamento como ciência, já propunha uma polêmica discussão acerca do dilema sobre a conciliação da unidade biológica e a grande diversidade cultural da espécie humana.
Ainda, no século V a. c., os pensadores Confúcio e Heródoto já abordavam o assunto e produziam enunciados sobre a natureza dos homens ou sobre a diversidade entre os diferentes sistemas sociais, elaborando sobre a unidade biológica dos homens e as suas distinções impostas pelos seus hábitos (cultura).
Heródoto ao descrever o sistema social dos lícios, considerando-o diferente dos praticados por todas as outras nações do mundo, tomava por base a própria sociedade patrilinear que vivia. Tal descrição, percebida etnocêntrica, recebia do próprio historiador grego contraposição, anunciando que os homens sempre escolheriam os seus próprios costumes como os melhores, se confrontados com todos os demais.
O romano Tácito também assinalou a diversidade cultural entre as sociedades, observando que entre os bárbaros alemães é o marido que entrega o dote à mulher.
O italiano Marco Polo, no século XII, durante suas viagens na Ásia, observa a mobilidade das moradias e a divisão social do trabalho por gênero, os hábitos alimentares singulares e o profundo respeito à mulher do outro.
O padre José de Anchieta, no século 16, observou os costumes patrilineares dos índios Tupinambás e a singularidade da cópula com as filhas das irmãs. Na mesma época, Montaigne vê com naturalidade os costumes daquele povo, incluindo os seus rituais antropológicos - mas descreve com ironia por andarem nus.
As variações dos comportamentos dos homens eram explicadas, desde a antiguidade, tentando relacioná-las às variações dos ambientes físicos, onde a perspicácia cognitiva dos povos do sul, ou a preguiçosa das nações do norte, eram impostas pelos climas quentes ou frios, respectivamente (Marcus V. Pollio, arquiteto romano).
A grande diversidade cultural humana se apresentará e será estudada nos diferentes espaços ou tempos, e certamente não poderá ser explicada pela natureza biológica humana ou geográfica
- O determinismo biológico
Existe uma crença da inerência entre a raça ou grupos humanos e as capacidades próprias.
O antropólogo Felix Keesing contradiz essa crença e afirma que as diferenças genéticas não explicam as diferenças culturais. Assim, o comportamento e o desenvolvimento serão consoantes ao próprio meio experimentado.
Após as calamidades da Segunda Guerra Mundial, em especial o terror nazista, a UNESCO (1950) publicou um documento onde consta, em dois parágrafos (10 e 15), que as manifestações culturais e as obras dos diferentes povos e as suas etnias não são constituídas pelas diferenças culturais, mas pela capacidade de aprender e adaptar-se. Igualmente, não há base científica para diferenciar etnicamente os grupos humanos, no tocante às aptidões mentais.
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