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TEORIA ANTROPOLÓGICA 1

Por:   •  27/8/2017  •  Exam  •  1.190 Palavras (5 Páginas)  •  277 Visualizações

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TEORIA ANTROPOLÓGICA I  

QUESTIONÁRIO DE FIXAÇÃO 2 – und. 1

Prof: PAULO VITOR

Aluno: Josemir Medeiros da Silva

2017.1 N

A ideia é que vocês vejam um vídeo [esse aqui: https://www.youtube.com/watch?v=zK5lYPeAbDM&t=38s] e reflitam sobre aquelas cinco questões disparadoras que indiquei em nosso último encontro [como pensa a noção de cultura, o método da antropologia, a relação entre ocidente e não-ocidente (europeus/norte e primitivos) etc]

Estranhos no Exterior - As Correntes da Tradição (Franz Boas)

  1. Como compreende a cultura e a variação/diversidade cultural?             
  2. Qual é o método da Antropologia e como ele se constitui?
  3. Como pensar as relações entre sociedades?   
  4. A que se destina a Antropologia?
  5. O que (se há algo) organiza/estrutura as sociedades e ou cultura?

       Como a sugestão desta atividade foi produzir uma reflexão sobre o texto no filme “Estranhos no Exterior – As Correntes da Tradição (Franz Boas),” então pensei em ora descrever, ora discorrer sobre minhas observações comparando-as com as questões e assim exercitando o ato reflexivo proposto.

       Franz Boas, o cidadão Alemão que foi investigar uma sociedade diversamente oposta a sua realidade, precisamente no extremo Norte do Alasca, sendo próximo ao Oceano Ártico, daí ser também conhecido como Ártico do Alasca, é um dos 50 Estados do EUA e o maior em território. Seu objetivo compreendia um estudo Geográfico para mapear a maior parte possível do território visitado e dedicar-se a sua nova área de pesquisa que era o estudo das culturas.

       Franz Boaz preparou-se para esta excursão cientifica. Estudou o território, aprendeu o idioma nativo, o Inuktitut ou Inuit como eles bem preverem ser chamados e que significa “povo”. Uma vez instalado em seu novo ambiente de trabalho e de sobrevivência, adotou inicialmente o uso habitual das vestimentas da região, graças a um amigo, Franz   que também providenciou cães, um criado e o trenó. Franz Boas abrigou-se por doze meses e viajou mais de 4.800 quilômetros em barcos, a pé e também em trenós. Aqui podemos pensar que diferentemente do pensamento antropológico evolucionista onde o homem de outra região é compreendido como um selvagem, o autor descontrói essa ideia relativizando as culturas e incorporando outros hábitos e costumes a sua rotina demonstrando que, em momento algum, sua alma foi corrompida, degenerada, inferiorizada, antes ao contrário comprovou ser o preconceito, o eurocentrismo, antropocentrismo, uma doença causada pelos nossos absurdos.

       Boaz pretendia coletar material antropológico e realizar um estudo do idioma, costumes e hábitos dos esquimós. Dr. Harry Shapiro nos apresenta a Antropologia em sua fase inicial à época, um vasto campo de oportunidades a ser investigadas para compreendermos a nossa própria cultura e nosso próprio estilo de vida. Um tipo de pesquisa inovador e pioneiro, repleto de boas expectativas.

       Os esquimós ainda não haviam sido estudados até então, daí que  uma boa área geográfica foi mapeada por Franz Boaz na intensão de conhecer outros grupos. Para chegar ao Ártico na época em que ocorreu a pesquisa, somente era possível de navio e foi com uma passagem assim que Franz Boas inicia sua aventura. Como explorador do Ártico, Franz, mapeou grande parte do território, entretanto é a sua pesquisa entre os esquimós que ainda reflete o brilho da riqueza de seu feito para a ciência, digo, para a ciência social.

       Sua pesquisa teve o apoio de um jornal Alemão ao qual eram enviados artigos sobre o andamento da pesquisa. Ainda fez um diário de cartas com o intuito de presentear a noiva quando retornasse. Estas cartas traduzem muito bem as dificuldades vividas durante a exploração do Ártico no século 19. Trechos das cartas nos revelam os sentimentos reais do autor nos fazendo um questionamento autêntico: Quanto do autor misturou-se ao meio transformando-o e influenciou nos dados por ele coletados?

       Iniciando o mapeamento Boaz descobriu que os Inuits tinham uma boa noção de localização da área. São bons desenhistas e fazem ótimas cópias. Os esquimós são muito bons em reconhecimento geográfico. Na qualidade de Geógrafo Boaz aprendeu que a vida dos esquimós era determinada pelo ambiente. Mas ele aprendeu de modo árduo que isso pode não ser verdade. Sua experiência como caçador o fez refletir sobre suas necessidades.  Boaz acompanhou a vida esquimó de pertinho e viu o quanto aquele povo precisava da natureza e ela, a natureza, precisava deles. Assim ele foi obrigado a admitir que seu aprendizado como geógrafo foi limitado, sua compreensão foi de que os esquimós faziam coisas a despeito do ambiente e não meramente por causa limitações postas.

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