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Uma Análise Organizacional

Por:   •  20/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  5.992 Palavras (24 Páginas)  •  327 Visualizações

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RELATÓRIO DE VISITA TÉCNICA

 PRÁTICAS INTERVENTIVAS SUPERVISIONADAS

ATIVIDADE AVALIATIVA (10 pontos)

ROTEIRO PARA O RELATÓRIO DA VISITA TÉCNICA

        1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

  1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO (A) ALUNO(A)
  1. Nome: Maura Nelsa Pereira Zimmermann
  2. CGU: 110470510
  3. Endereço Eletrônico: maura.pereira@gmail.com
  4. Polo: Novo Hamburgo
  5. Período letivo: 2015/2 - 5º semestre

  1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO VISITADA
  1. Razão Social/Nome fantasia: Abrigo CECRIFE-meninas e gestantes-CNPJ: 01.545.817/0002-99
  2. Endereço: Estrada Presidente Lucena, 3021 – Bairro Primavera em Novo Hamburgo-RS.
  3. Fone e/ou e-mail: cecrifequerubim@aevas.org.br
  4. Telefone: 51 3595-3435 e Cel. 9342-5412
  5. Gestores/dirigentes: Coordenadora e Assistente social: Débora Rosinel Machado- Coordenadora Pedagógica: Gabriela Suthoff- Psicóloga: Patrícia Andrea Darros
  6. Abrangência: Municipal.
  7. Funcionamento (horário): 24 horas

1.2.8 Vinculação administrativa (mantenedora): Associação Evangélica de Ação Social em Novo Hamburgo - AEVAS      em parceria com a prefeitura Municipal de Novo Hamburgo.

  1. DADOS DE DESCRIÇÃO

Em uma pesquisa realizada no Hospital Darcy Vargas, no ano de 1977, verificou-se que de 387 mulheres que haviam ganhado seus filhos nesta instituição, 27% dessas encontravam-se vulneráveis por diversos agentes, os quais incluíam: conflitos familiares, abandono por parte do companheiro, desemprego, entre outros e, por estes motivos, não tinham para onde retornar com seu bebê após o parto. Ficou constatado ainda que em sua maioria, essas gestantes, não tinham feito os exames pré-natal, tão importantes durante o período gestacional. Estas estatísticas além de sensibilizar, preocuparam um grupo de pessoas da Comunidade Evangélica Luterana de Novo Hamburgo que reunidos idealizaram a construção de uma casa onde essas mulheres pudessem ser acolhidas e assistidas em suas necessidades.

A ideia sai do papel e torna-se concreta no ano de 1980, pois com a doação de um terreno, material de construção e mão de obra, foi possível a construção do Centro Cristão Feminino – CECRIFE, o qual foi inaugurado no dia 16 de março deste mesmo ano.

O prédio foi edificado para acolher até 18 mulheres gestantes em situação de vulnerabilidade social, de toda a região de Novo Hamburgo e suas proximidades, proporcionando-lhes cuidados básicos como encaminhamento para exames pré-natal, abrigo e alimentação.

Quando os que deveriam cuidar, não o fazem, inicia-se um processo de faltas, carências, lacunas, tanto na vida pessoal quanto na vida social de um sujeito. Nós nascemos e nos desenvolvemos em determinado meio e, para termos harmonia com aquilo que nos cerca, necessitamos de afeto, de atenção, enfim, do cuidado. Boff (1999, p. 91), enfatiza:

Cuidado significa então desvelo, solicitude, diligência, zelo, atenção, bom trato. Como dizíamos, estamos diante de uma atitude fundamental, de um modo de ser mediante o qual a pessoa sai de si e centra-se no outro com desvelo e solicitude [...]. A atitude de cuidado pode provocar preocupação, inquietação e sentimento de responsabilidade.

No início, este trabalho, era coordenado pela irmã Hidelgard Hertel da Casa Matriz Diaconisas –Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil- IECLB e a própria Comunidade Evangélica Luterana de Novo Hamburgo administrava e mantinha o CECRIFE, através de doações e trabalhos voluntários.  Em 1996, a Comunidade Evangélica de Novo Hamburgo fundou a Associação Evangélica de Ação Social em Novo Hamburgo – AEVAS, que passou a manter e administrar o CECRIFE.

No ano de 2004 o Serviço Social foi implantado na Instituição e dentre as funções do profissional era a elaboração de projetos com a finalidade de captar recursos para a contratação de profissionais que formassem uma equipe técnica, pois sendo o abrigo pertencente à Igreja Luterana, portanto, de cunho religioso, a municie era formada por duas Diaconisas e por uma Servente Geral.  

Os acolhimentos e desacolhimentos eram feitos pelo Conselho Tutelar (CT). Os bebês ao completarem três meses de vida eram desacolhidos juntamente com sua mãe. Não havia um prévio trabalho ou medida, realizado com essas mulheres ou meninas, que promovessem sua autonomia, emancipação ou as inserissem no seio familiar novamente.

Um projeto nominado “Mãe Cidadã” foi então implantado no ano de 2006, em parceria com a Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, onde as mães acolhidas permaneciam no abrigo até o bebê completar um ano de idade e essas pudessem adquirir autonomia para seguir suas vidas.

Para a execução desse projeto, foi contratada uma educadora para cuidar dos bebês possibilitando as mães acolhidas fazer cursos e assim, resgatar sua autoestima, desenvolver suas potencialidades e criar maiores oportunidades para atuarem no mercado de trabalho e dessa forma, adquirirem emancipação e plena cidadania para então sair da instituição. O projeto durou cerca de um ano e foi extinto por falta de apoio da prefeitura que o julgou desnecessário.

Tanto a Constituição Federal de 1988 como o Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA definem como direitos fundamentais das crianças e dos adolescentes brasileiros o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária (Constituição Federal, art. 227, e ECA, art. 19).

Em 1º de junho de 2007, juntamente com o CECRIFE para gestantes surge o CECRIFE para meninas, funcionando diariamente, por 24 horas e acolhendo além das gestantes, também crianças e adolescentes de 08 a 18 anos de idade.

A instituição, de caráter protetivo, recebe essa parcela da população que são encaminhadas pelo Conselho Tutelar e Juizado da Infância e Juventude, já com seus direitos ameaçados ou violados e, cujas famílias, se encontravam em situação de risco e vulnerabilidade social, não conseguindo zelar pelo desenvolvimento integral de seus membros.

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