Zoar" e "Ficar

O texto “zoar” e “ficar” : novos termos da sociabilidade jovem, aborda uma vertente bem interessante quanto aos novos princípios e aspectos de mobilidade e socialização que estão sendo empregados no século XXI. Quando a autora coloca os termos “zoar” e “ficar”, é notório que analogicamente estão ligados ao universo dos jovens, sendo estes uma parte da sociedade que está em constante mudança e movimento. O objetivo do trabalho é refletir sobre as novas cartografias subjetivas, e as formas de sociabilidade e afetividade contemporâneos, encontradas nos jovens da sociedade. Mediante ao objetivo traçado pela autora do artigo que está sendo abordado nesse trabalho é importante salientar que o público jovem do contexto atual, está vivendo um mundo cheio de novidades e descobertas, tendo em vista o grande avanço tecnológico que vem se desenvolvendo no decorrer do tempo, promovendo uma ampla e nova forma de socialização, implicando em diversificadas maneiras de interação entre as pessoas.

A autora enfatiza que o argumento e ponto central de seu trabalho está voltado para os movimentos sociais contemporâneos de reescritura do espaço em que os jovens estão inseridos, bem como das formações subjetivas associadas a tais contextos, possibilitando uma socialização de grupos e ações coletivas que podem relacionar as diferentes maneiras de se integrar ao meio social.

O “zoar” é visto pela autora como um ato que necessariamente não possui direção ou objetos preciso para sua execução e efetivação. O público jovem aprecia o ato de zoar como uma forma de irônia e diversão. Sendo estas duas vertentes evidenciadas em diversos meios sociais, onde possa haver uma relação grupal entre tais indivíduos. Os meios que favorecem esse aspecto do zoar ou o próprio ato de zoação está sempre em torno das manifestações e ações coletivas, seja uma festa, um encontro e etc. Esse ato é construído socialmente em qualquer lugar desde que haja um grupo interagindo em tal processo.

Juntamente com o “zoar” também há um outro aspecto bem presente no atual contexto social dos jovens, que é o “ficar”. Sendo este uma nova forma afetiva entre os jovens sendo uma ação rápida, momentânea, líquida, onde os indivíduos se submetem a uma efêmera relação amorosa sem caráter contínuo, sendo uma interação afetiva e passageira através do beijo entre as pessoas. Sendo o ficar uma prática muito comum em locais onde há um público jovem bastante ativo quanto a sua construção social. Tanto o zoar como o ficar de certa forma, são produtores de competições grupais , como quem vai conseguir ficar com mais pessoas em um mesmo local(festas, boates, shooping) e encerrar zoando do outro. Dessa forma esses aspectos vem promovendo diversas formas de interação entre os jovens nos espaços que estão inseridos.  

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