1. A Universidade No Contexto A Realidade Brasileira Enquanto Espaço Da Formação Profissional
Casos: 1. A Universidade No Contexto A Realidade Brasileira Enquanto Espaço Da Formação Profissional. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: rlferre399 • 24/3/2015 • 798 Palavras (4 Páginas) • 612 Visualizações
1. A Universidade no Contexto a Realidade Brasileira Enquanto Espaço da Formação Profissional
O texto nos propõe a captar a realidade brasileira de modo mais global, enquanto geradora da universidade, a partir de dois elementos:
O elemento estrutural, com a identificação dos elementos orgânicos;
O elemento conjuntural identifica as condições históricas de um dado momento.
É na obra de Antônio Gramsci que buscaremos conceitos teóricos que nos ajudarão no entendimento destes elementos.
Surge como primeiro conceito à noção de “bloco histórico” enquanto inter-relacionamento orgânico entre a infra-estrutura e a superestrutura de uma dada sociedade a qual, por sua vez, reflete o conjunto das relações sociais de produção daquela sociedade num dado momento histórico.
Gramsci apresenta a concepção de “Estado Pleno” onde o Estado deixa de ser apenas um aparelho governamental e passa a ser sociedade política + sociedade civil enquanto hegemonia revestida de coerção onde sua função é formar consciência e difundir ideologia; Ele passa a ser concebido não como simples instrumento nas mãos de uma classe, mas assume grande importância no quadro econômico, político e cultural da sociedade.
O Estado se utiliza dos intelectuais, enquanto seus funcionários para disseminar e efetivar a ideologia dominante pela persuasão.
São esses elementos que vão gerar um tipo de educação e de universidade na realidade conjuntural da sociedade brasileira.
Na década de 60 houve profundas transformações nas Universidades Brasileiras tanto em termos quantitativos, como em termos da reformulação de suas funções de entidade criadora e transmissora do saber, para uma instituição, sobretudo atrelada ao sistema de produção capitalista, enquanto instrumento de modernização a serviço do binômio “Segurança e Desenvolvimento” como filosofia central que vem norteando a sociedade brasileira daquela década aos nossos dias.
Essas transformações trouxeram conseqüências para o Serviço Social, que sofreu profundas modificações, tanto no desenvolvimento da formação profissional, como na sua ação junto á sociedade brasileira, destacando-se como grande responsável pela operacionalização das políticas sociais, cujo caráter fundamental tem sido manter a ordem social adequada ao tipo de desenvolvimento assumido pelo governo.
A realidade brasileira, a partir da década de 60, vem acentuando uma situação de desequilíbrio com a supervalorização da sociedade política, em detrimento da sociedade civil e a crise econômica a cada dia se agravava mais.
A crise econômica teve muitos pontos negativos, como agravamento da inflação, desemprego em massa, pobreza generalizada, etc. Mas ela também teve um ponto positivo, pois permitiu um avanço de consciência das massas urbanas, estendendo-se ao campo com as lutas políticas dos trabalhadores rurais, sindicalização rural e o programa de reformas de base que previa uma reforma agrária.
Verificou-se, porém, que mesmo diante de toda essa mobilização popular, não se havia formado lideranças nem consolidado um projeto alternativo que pudesse assumir uma posição de hegemonia, naquele contexto, para dar resposta a sociedade da época, o que possibilitou a implantação do regime militar de 1964, com o apoio civil das classes dominantes e com a aparente
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