A ABANDONO INFANTIL NO BRASIL
Por: artursnay • 15/8/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 1.425 Palavras (6 Páginas) • 365 Visualizações
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FAN FACULDADE NOROESTE
CURSO: SERVIÇO SOCIAL - 1º PERIODO
DISCIPLINA: CIÊNCIAS POLITICAS E SERVIÇO SOCIAL
PROFESSOR: JOÃO VICTOR
Alunas:
Juliana Rosangela Rodrigues
Juliana das Chagas Costa
GOIÂNIA – GOIÁS
01 de Abril de 2018
ABANDONO INFANTIL NO BRASIL
OBJETIVO
Quero saber qual o maior motivo que causa o abandono de crianças, para entender o porquê os pais tiram os seus filhos de suas vidas os deixando nas ruas, abrigos ou orfanatos.
INTRODUÇÃO
A familia é a base na vida de cada individuo e é através dela que o homem se prepara para a vida, a familia é o nucleo primario da vida é onde o individuo se prepara para se inserir nos diferentes grupos sociais. A questão real e quais são os reais motivos que levam os pais e as familias abandonarem suas crianças e qual e o efeito dessa atitude na vida dessas crianças.
No Brasil o abandono de crianças existe desde o século XVIII pois muitas mães e familias não tinham condições de criar seus filhos, o principal fator de abandono na epoca foi a miseria, entretanto existem outros fatores que levaram uma mãe a abandonar seus filhos (Leandro Carvalho, Mestre em Historia).
O surgimento da filosofia iluminista e liberal, bem como as mudanças extruturais que a industrialização e o acelerado desenvolvimento cientifico e tecnologico provocaram na Europa, tais como o crescimento populacional, o exodo rural e a duplicação demografica foram responsaveis pelo agravamento da pobreza, pelo o aumento do numero de crianças ilegitimas e consequentemente, pelo crescimento assustador e vertiginoso do então chamado fenomeno de abandono.
O abandono de crianças marca a vida do Brasil – colonia como prática recorrente diante das precárias condições de vida, ou por tipos de gravidez que transgrediam as balizas sociais onde a conjugalidade e a maternidade ocuparam a posição central. Nesse sentido, um filho ´´ fora do casamento`` poderia representar a desonra de uma mulher e de sua familia. Renato Franco, (2010, p149) aponta que grande parte da historiografia sobre o assunto, sustenta que os enjeitados eram ´´filhos naturais`` em maior ou menor grau, frutos de amores proibidos de decadência moral. Assim a maior parcela do enjeitamento seria própria das elites preucupadas em manter a honra das mães.
Se fizermos uma analise sobre o assunto podemos ver que os termos de crianças deixados, crianças enjeitadas ou abandonadas e ocasionado principalmente pelo o captalismo o crescimento populacional, fatores que trouxeram uma situação de desigualdade assim tendo miseria e pobreza extrema.
De acordo com Marcilia (1998) abandonar bebês é pratica presente desde grandes civilizações da antiguidade, para essa autora, nesse periodo da historia, o abandono era constume frequente e até mesmo regulamentado assim como o aborto e o infanticidio (Sheila Daniela Medeiros dos Santos pag.65)
A Falta de Clareza e os Conflitos
A fase denominada caritativa caracterizou-se por três formas de atendimento a infância: as camaras municipais, a roda de expostos e a adoção informal dos expostos recem nascidos que ficaram aos cuidados de instituições de caridade e a adoção informal.
As regras metropolitanas que constavam em alvarás régios, deixavam explicito que deveria ser competência das câmaras municipais dar auxilio financeiro as familias ou criadeiras (amas de leite) que aceitassem recolher e criar uma criança exposta. De acordo com Marcílio (1998) e Venâncio (1999). Os criterios ultilizados pelo presidente da câmara para julgar a concessão desse auxilio as familias geralmente eram baseadas na amizade pessoal ou no clientelismo mantido em relação ao solicitantes uma vez que o ônus da criação representava vantagem econômica.
Com o passar do tempo observou-se que atuação das câmaras municipais estava sendo indireta, pouco eficiente e omissa uma vez que segundo Marcílio (1998) os gastos com a ajuda financeira proporcionada as familias e ás criadeiras estavam comprometendo as finanças da municipalidade.
Por volta do seculo XVIII a responsabilidade pelo o encaminhamento das crianças expostas foi retirada das câmaras municipais, sendo implantada nas capitais brasileiras a exemplo da criação europeia, a rodade expostos, com o intuito de dar continuidade ao tratamento dessa questão.
As Raizes do Abandono.
Muito tempo atrás, os gregos assim como os romanos, controlavam as suas esposas de modo que não tivessem muitos filhos. O papel do homem como aquele que tem o direito de controlar a fecundidade e a natalidade do seu filho gerado pela esposa. Uma mulher que queria ter filhos só podia te-lo com o consentimento do marido, uma gravidez por acidente ou contra a vontade do marido era vista como infantícídio. O esposo pode expor e abandonar a criança, esse ato é tomado com maior naturalidade, a maneira como vemos o abandono varía no tempo e no espaço levando em conta a cultura dominante em cada época (Justiano Opud Motta, 2001 p 51).
Na epoca muitas mulheres também recorriam ao ato de infanticidio e abandono dos filhos para esconder a sociedade pois era visto como uma desonra. Essas mulheres que escondiam a gravidez sofriam muito, pois tinham que ter seus filhos sozinhas e depois desfazer-se da criança, era um alto preço que essas mulheres pagaram para não ter o fim de seu casamento, essas mulheres não podiam contar a ninguem o seu sofrimento assim tendo seu psicologico abalado.
Este ato deu uma grande influência aqui no Brasil segundo Venâncio Opud Motta (2001), durante a colonização seguiu o abandono, por conta de traição, amores ilicitos, muitas crianças sofreram uns foram mortos e outros abandonados. Vimos que as mães que abandonaram seus filhos porque elas prefiriram ser bem vistas na sociedade.
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