TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

A Cooperação Sul Sul

Monografias: A Cooperação Sul Sul. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  29/11/2013  •  518 Palavras (3 Páginas)  •  275 Visualizações

Página 1 de 3

Na primeira tece considerações acerca da [parca] influência do materialismo histórico nas RI;

2) Em seguida relaciona o marxismo aos três principais debates no campo – utópicos v.s. realistas, tradicionalistas v.s. positivistas, Estado v.s Sistema Internacional – destacando como o materialismo histórico, ao menos nos dois primeiros, não consegue se inserir propriamente, além de apontar a insuficiência do estruturalismo como seu representante. Mas lembra que para o debate entre a noção de Estado e o Sistema Internacional a teoria produziu resultados significativos para propiciar sua insersão;

3) Então destaca o potencial explicativo do materialismo histórico para as Relações internacionais, destacando sua característica como teoria totalizante e seu interesse histórico acerca de temas caros à área;

4) Daí expõe o que chama de “paradigma materialista histórico” (p. 73), indicando quatro temas centrais para sua aplicação na análise das Relações Internacionais, (a) a centralidade dos fatores sócio-econômicos, (b) a importância da análise da determinação histórica, (c) o destaque para a noção de classe social e (d) concepção de que o conflito é “fator dinâmico fundamental da política no sistema internacional e nas sociedades individuais.” (p. 79);

5) Na seqüência Halliday indica, de acordo com sua interpretação, fatores que limitam a aplicação desta corrente teórica na análise do internacional, destacando como negativas suas tendências totalizantes e determinísticas (ao menos de uma parte dos adeptos), e principalmente sua incapacidade de explicar a autonomia relativa da esfera política, o nacionalismo e a democracia capitalista duradoura;

6) Por fim, ressalta a capacidade explicativa da teoria, sua independência em relação aos contextos históricos auto-intitulados seus herdeiros – URSS, etc. –, e também o que acredita serem suas insuficiências preditivas acerca dos desdobramentos do modo de produção capitalista.

Halliday, apesar de não deixar claro no texto em questão, aponta para o fato de que o marxismo esteve à margem da discussão sobre relações internacionais não exatamente por insuficiência explicativa, mas por decisão ideológica. Assim, abre precedente para avaliar o próprio campo como um instrumento ideológico motivado por interesses integrativos por vezes distintos. Não por acaso o utopismo kantiano parece mover o discurso dos políticos norte-americanos no início do século XX, enquanto a academia inglesa se reveste de realismo; também não parece ser obra do imprevisível que o realismo é remodelado pela academia norte-americana no pós-guerra, tornando-se dominante com a inclusão dos avanços da teoria dos jogos e do ideário econômico-liberalista, entre outros.

De fato, se a Administração enquanto campo surge como teoria e prática integradora das unidades produtivo-distributivas do modo de produção capitalista, as Relações Internacionais parecem emergir com a mesma função no plano macro institucional. Como se, em paráfrase ao axioma hermético, a negação do conflito – ou seu uso para benefício da classe/fração/país com maior poder – deveria se dar simetricamente tanto embaixo no plano da produção, como em cima, no plano da circulação. E, também por isto, as práticas dominantes destas áreas de conhecimento

...

Baixar como (para membros premium)  txt (3.5 Kb)  
Continuar por mais 2 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com