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A Cooptação do Movimentos sociais pelo PT

Por:   •  28/11/2019  •  Trabalho acadêmico  •  3.186 Palavras (13 Páginas)  •  141 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS

Centro de Ciências Sociais Aplicadas

Curso de Ciências Sociais

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                                       JOÃO PAULO MARTINS LOPES

COOPTAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS PELO GOVERNO DO PT  

Montes Claros-MG

Junho-2015

                                     

JOÃO PAULO MARTINS LOPES

COOPTAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS PELO GOVERNO DO PT

Artigo feito pelo aluno João Paulo Martins Lopes do curso de Ciências Sociais para a disciplina política brasileira ministrada pelo professor Thiago Meira.

INTRODUÇÃO  

Através desse artigo vou debater sobre um assunto que pessoalmente gosto muito que é a cooptação dos movimentos sociais através do governo e dos partidos políticos. A ideia desse artigo surgiu depois de muitas coisas estranhas (pelo menos para mim) que eu consegui observar nesses últimos anos de um governo dito de esquerda no poder. Acredito imensamente que os movimentos sociais são importantíssimos para a democracia quanto para o bem social de um país, as atuações desses movimentos são benéficas para toda a sociedade por isso a cooptação desses movimentos sociais e sindicais (no artigo tratarei sobre os dois juntos quando me referir a movimentos sociais) são destrutivas para esses movimentos, pois tanto o governo quanto partidos políticos podem penetrar de tal forma nesses movimentos os fazendo perderem a independência e a legitimidade, pois tanto o governo quanto os partidos podem manipula-los para que façam o que desejam ou simplesmente silencia-los.

A ideia desse artigo ganhou a sua maior fagulha no início deste ano quando no calor das manifestações contra a Dilma tomava conta do país uma fala de Lula me chamou a atenção no qual ele falava que iria mandar o João Pedro Stédile (líder do MST) colocar o seu exercito na rua para mostrar a força da esquerda brasileira, ai me veio à cabeça: Qual a força que um ex-presidente tem pra mandar os militantes de uma organização social ir para rua defender seu governo e seu partido?  Séria mesmo um movimento social independente se seguisse as ordens de um político? Todos desse movimento votam apenas em um partido, para seguirem a ordem apenas de um partido?  

Não sou um fascista anti partidário muito pelo contrario acho que os partidos são interlocutores direto entre o povo e o governo, mais nesse artigo vou argumentar que com o advento da vinda de um partido auto proclamado de esquerda os principais movimentos sociais do Brasil perderam muito de sua voz e de sua independência ganhado através de muita luta nos anos 80.

 

DESENVOLVIMENTO

O cenário dos movimentos sociais no Brasil como a ter esses contornos que nós conhecemos hoje a partir das primeiras eleições diretas para governador e a famosa anistia no ano de 1979, a partir dessa data houve uma movimentação maior dos operários principalmente na região do ABC paulista onde no ano de 1983 será fundada a CUT, mais tarde no ano de 1986 será fundada o MST e bem depois em 1991 foi fundada a Força Sindical. Todos esses movimentos tem grande expressão no cenário nacional, além é claro de outros, foram fundados em um momento de grande euforia social com a chegada da democracia e grande dificuldade econômica com os famosos índices gigantescos de inflação da década de 80. Esses mesmos movimentos sociais foram aqueles que foram à rua quando na America Latina na grande maioria se viu grandes vitórias democráticas da esquerda.

Mas qualquer observador mais atento e objetivo percebem que está em curso uma mudança importante na América Latina, uma mudança com relação à história da própria esquerda e de todos os sistemas políticos do continente. Basta lembrar que, nesse início de século XXI, todas as vitórias da esquerda foram democráticas e massivas, por maiorias contundentes e com o apoio ativo de populações que estiveram até hoje isoladas e recluídas, nas montanhas indígenas, no submundo urbano e nos grotões do atraso e da dominação coronelista. Tudo isso, depois de vinte anos de ditaduras militares de direita, em quase todo continente, e mais dez anos de governos neoliberais. (FIORI, 2007p. 56)

Para toda a América Latina isso a princípio foi uma vitória, não seria diferente nos Brasil com a vitória do governo do PT com Lula na presidência foi o ápice da esquerda no Brasil, foi uma verdadeira festa em Brasília, como uma verdadeira queda da bastilha para a esquerda brasileira. Finalmente os movimentos sociais e sindicais teriam suas vozes ouvidas. Até que no ano houve o primeiro racha na esquerda em 2003 os setores mais radicais do PT saíram do partido alegando que o partido tinha se vendido para o capital. Em verdade um pouco disso é verdadeiro, pois para se adequar ao sistema republicano de coalizão o PT realmente teve que se aliar a outros partidos que não tinham sua mesma visão, essa situação pode-se dizer foi à primeira decepção dos esquerdistas com o governo. Os dissidentes fundarão outros partidos como o PSOL e o PSTU, fundando também outros sindicatos mais atuantes principalmente em grandes capitais. Tradicionalmente a CUT sempre foi ligada ao PT principalmente porque eles tiveram histórias semelhantes, como por exemplo, os seus fundadores que além de fundar o PT trabalharam muito pra fundar a CUT sindicato no qual saíram muitos dissidentes quem migraram para os sindicatos ligados ao PSOL e a PSTU principalmente. Esse chamado desencanto da esquerda mais radical pelo governo vais ser essencial para o esfriamento dos movimentos sociais.

 (…) suas primeiras medidas e propostas são muito claras: seu objetivo estratégico não é construir o socialismo, é “destravar o capitalismo” brasileiro, para que ele alcance altas taxas de crescimento capazes de criar empregos e aumentar os salários de forma sustentada, fortalecendo a capacidade fiscal de investimento e proteção social do Estado brasileiro. Com esse objetivo, o governo Lula está retomando o velho projeto desenvolvimentista que remonta à década de 1930 e que só foi interrompido nos anos 90. Mas, ao mesmo tempo, está querendo criar uma vontade política por meio de uma grande coalizão social e econômica, que reúna as várias vertentes do desenvolvimentismo brasileiro, conservadoras e progressistas, que estiveram separadas durante a ditadura militar. (FIORI, 2007p.58)

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