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A Documentação e Mediação da Informação

Por:   •  19/4/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.607 Palavras (11 Páginas)  •  50 Visualizações

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Universidade Federal de Minas Gerais

Escola de Ciência da Informação

Como se conforma a área de Ciência da Informação

Felipe Santiago Flores Rocha

Belo Horizonte, 2018.


Felipe Santiago Flores Rocha

COMO SE CONFORMA A ÁREA DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO [repensar título ao final]

Monografia apresentada no curso de Biblioteconomia da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial para aprovação na disciplina Documento e mediação da informação.

Professora: Cristina Dotta Ortega.

Belo Horizonte

Escola de Ciência da Informação

2018

Sumário


Instruções para Professora:

Gostaria de utilizar o primeiro texto para compor a monografia. Dessa forma, estou mandando o texto já corrigido e encaixado no tópico específico da monografia. Pergunta: pode ser assim ou quer o texto com as correções separado?

Fiz um resumo do raciocínio que tive e que gostaria de trabalhar no texto, mas preciso de validação, pois não tenho certeza que estou pensando algo consistente. Explico meu raciocínio nos tópicos que pensei para o desenvolvimento, no arquivo em anexo. Os tópicos novos estão em cinza. Tentei deixar as dúvidas que tenho explícitas nos tópicos.

Está claro que preciso desenvolver mais as ideias nos tópicos novos, mas também no tópico derivado do primeiro texto cabem ajustes. Se tiver alguma indicação de texto que possa me ajudar eu aceito. As bibliografias marcadas em vermelho são as que já selecionei para auxiliar no desenvolvimento dos novos tópicos.

Se puder me dar um retorno sobre a impressão geral da minha proposta de texto, fico grato.

Introdução

Escrever

Como se conforma a área de Ciência da Informação

No bojo do desenvolvimento tecnológico acelerado e da explosão informacional do final do século XX e início do século XXI, as bases epistemológicas que formam a área de Ciência da Informação seguem questionadas. Com terminologias que ainda carecem de melhor articulação dentro do campo específico, que permita sua afirmação social enquanto ciência. É preciso, então, entender como se deu a conformação da área enquanto ciência.

Como aponta Galvão (1998, p. 46), “a constituição e desenvolvimento de uma ciência exige dos seus pesquisadores e profissionais observação, reflexão e crítica das metodologias e padrões científicos vigentes”, sem os quais, seu discurso se aproxima do senso comum. Segundo a autora, é a construção conceitual do campo que permite a ruptura paradigmática com o senso comum e fornece bases para a formulação de modelos científicos que permitem o estudo dos objetos teóricos e empíricos do campo de conhecimento.

Antes de discutir as questões terminológicas, é necessário compreender que as áreas do conhecimento que dão base à Ciência da Informação (Bibliografia, Biblioteconomia e Documentação) se desenvolveram em torno de conhecimentos teóricos que dessem conta de operacionalizar atividades práticas, no sentido de desenvolver práticas que visam atender às demandas por informação de indivíduos.

É então necessário olhar para a disciplina de Bibliografia, que fez os primeiros esforços de análise, organização e disseminação da informação. “A palavra bibliografia indica a disciplina (Bibliografia), seu objeto de estudo (ligado às teorias e aos métodos de produção de repertórios, aspectos da fisicalidade dos documentos, etc.) e o resultado dos processos documentários (as listas)” (ARAÚJO, 2015, p. 1). Sendo assim, foi a primeira disciplina a estabelecer interfaces teóricas e práticas que fundamentaram o tratamento documental, marcada pela contribuição da “Bibliotheca Universalis” de Conrad Gesner, ainda no século XVI. A Bibliografia engloba duas grandes orientações: a esfera bibliotecária (associada à produção de inventários, catálogos e bibliografias que foram produzidos e aperfeiçoados na era manuscrita e impressa) e a esfera material (se ocupa do estudo da fisicalidade do livro, considerando a ideia de que a forma do livro determina o seu sentido e seus modos de apropriação, além de auxiliar na construção do conceito de Bibliografia) (ARAÚJO, 2015).

Assim, a Bibliografia antecede esforços que mais tarde passam a compor o universo de estudo da Biblioteconomia e da Documentação, disciplinas que se desenvolveram, também, em virtude dos contextos específicos de onde surgiram. A Biblioteconomia surge dos esforços norte-americanos de profissionalização e institucionalização do campo, principalmente representado pelos esforços de Melvil Dewey, criador da Classificação Decimal de Dewey no final do século XIX. Tem caráter aplicado e “enfatiza a coleção da biblioteca e seu gerenciamento, bem como os serviços de mediação, por meio dos serviços de referência (ABDALLA; KOBASHI, 2012, p. 54).”

Abdalla e Kobashi (2012) apontam que a Documentação, considerada em muitos países como fonte inspiradora das Ciência da Informação, “particularmente no que se refere aos estudos sobre a organização, difusão e acesso aos documentos”. Tem sua obra inaugural na Bélgica, o “Tratado de Documentação”, de 1934, escrito pelo belga Paul Otlet. Em 1895, Otlet funda, com Henri La Fontaine, o Instituto Internacional de Bibliografia (IIB). Juntos, publicam o Repertório Bibliográfico Universal e, através do desenvolvimento desse projeto, criam a Classificação Decimal Universal (CDU), baseado na Classificação Decimal de Dewey (CDD), mas desta vez, orientado para o relacionamento de assuntos no Repertório Bibliográfico Universal. “O objetivo da Documentação, na visão de Otlet, era garantir o acesso à informação registrada em documentos por meio da produção de sínteses” (ABDALLA; KOBASHI, 2012, p. 54).

Enquanto a Biblioteconomia se concentrou na gestão e mediação entre acervos e usuários, a Documentação tem forte participação na concepção terminológica da Ciência da Informação. Ela contribuiu com a proposição do conceito de documento, que passou a englobar os inúmeros suportes desenvolvidos até aquela época (fotografias, mapas, desenhos, etc.). Além disso, antecipou a noção de informação, que é marcante na Ciência da Informação, o que também influenciou a integração dos tipos de unidades de informação (arquivos, museus, bibliotecas, unidades de informação especializada, etc.) em uma área comum.

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