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A Esquizofrenia Desorganizada

Por:   •  14/1/2019  •  Projeto de pesquisa  •  2.828 Palavras (12 Páginas)  •  103 Visualizações

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Índice

3. Conceptualização - estado da arte........................................................................................2

  3.1. Empowerment................................................................................................................2

  3.2. Participação....................................................................................................................5

  3.3. Patologia Psiquiátrica.....................................................................................................6

    3.3.1. Esquizofrenia...........................................................................................................7

      3.3.1.2. Esquizofrenia Desorganizada...........................................................................8

      3.3.1.3. Esquizofrenia Catatônica..................................................................................8

      3.3.1.5. Esquizofrenia Residual..................................................................................... 8  

      3.3.1.7. Esquizofrenia Paranoide...................................................................................9

Bibliografia\Webgrafia.............................................................................................................10


3. Conceptualização - estado de arte

3.1. Empowerment

O movimento de Empowerment teve inicio no final da década dos anos 70, nos Estados Unidos. Desde a década dos anos 80 esta forma de intervenção tem sido utilizada pelo Serviço Social. Em Portugal é ainda uma abordagem embrionária e não exclusiva dos assistentes sociais, a mesma é utilizada por diversos técnicos de intervenção social, em várias áreas de ação. Esta abordagem parte do pressuposto que os grupos marginalizados e discriminados na sociedade sofrem de uma falta de poder, o que os impede de lutar pelos seus direitos e usufruir de benefícios económicos e sociais, assim como de participar nas decisões políticas que interferem nas suas vidas. Para alterar esta situação é necessário que esses grupos aumentem as suas competências e o seu poder.

O movimento de Empowerment é uma consequência da evolução das conceções de autonomia e responsabilidade dos indivíduos, e de uma maior consciência dos mecanismos de discriminação e exclusão que se geram na sociedade. (Fazenda, 2005)

Empowerment pode ser definido como um processo de reconhecimento, criação e utilização de recursos e instrumentos pelos indivíduos, grupos e comunidades, que se traduz num acréscimo de poder – psicológico, sócio-cultural, político e económico – que permite a estes sujeitos aumentar a eficácia do exercício da sua cidadania. Este movimento sofreu influências de vários fatores históricos ao longo do tempo, que fazem parte de um processo de emancipação dos indivíduos e dos grupos dentro da sociedade. (Pinto, 2011)

Lorraine Gutiérrez, uma das vozes mais influentes do Empowerment no trabalho social, define este conceito como sendo o processo de acréscimo de poder pessoal, interpessoal e político, de modo a que os Indivíduos possam agir, com o objetivo de melhorar as suas vidas. (Gutiérrez, 1998 cit in Pinto, 2011)

Para alguns autores o aspeto da participação constitui um elemento fundamental na definição de Empowerment. Elizabeth Townsend, define Empowerment como um processo participativo de aprendizagem da crítica e da transformação de sentimentos, pensamentos e ações individuais, bem como da organização da sociedade, de modo a que o poder e os recursos sejam partilhados equitativamente. (Townsend, 1990 cit in Pinto, 2011)

De uma forma mais simplificada, Empowerment é o processo de desenvolvimento das capacidades dos Indivíduos. Estes adquirirem o poder de uma participação ativa, de forma a possibilitar a capacidade de enriquecer as suas próprias vidas e a sociedade de que fazem parte e aumentar a capacidade de tomar decisões sobre o que influencia a sua vida, e de modo a influenciar as pessoas que decidem sobre eles, numa aprendizagem crescente de si próprios. (Delgado e Meersschaert, 2008)

A metodologia do Empowerment tem sido aplicada em diversas áreas: minorias étnicas e migrantes, mulheres, desempregados, sem-abrigo, doentes mentais, vítimas de violência ou abuso sexual, promoção de direitos e cidadania, desenvolvimento sustentável, e intervenção comunitária.

O Empowerment tem como objetivo fortalecer em direitos e em participação, grupos, pessoas ou populações sujeitos a discriminação e exclusão, e por outro lado, fiscalizar os poderes estatais e os grandes interesses económicos, e lutar contra a opressão.

Este processo pretende favorecer a efetiva participação dos cidadãos na vida social, económica, política e cultural, e uma distribuição mais equitativa dos recursos. Para atingir este objetivo tem que haver também um processo de distribuição de poder. (Fazenda, 2005)

A palavra de língua inglesa Empowerment deriva de power (poder), sendo esta a sua partícula central. Ou seja ao utilizarmos o termo Empowerment estamos a usar um conceito cuja raiz encontra-se no instrumento conceptual “poder”. O poder é um fenómeno social universal, existente em todas as sociedades humanas, e está presente em todas as relações sociais, mesmo que em graus e modos variáveis.

Na abordagem do Empowerment o poder deriva de várias fontes, sociais, económicas, políticas e culturais, e pode ser gerado e disseminado através das interações sociais. É uma forma de interação com dois sujeitos (dominador/dominado), mas esta configuração pode ser alterada através de uma redistribuição do poder. Neste sentido, o poder é entendido como a capacidade e autoridade para:

  • Influenciar o pensamento dos outros – poder sobre
  • Ter acesso a recursos e bens – poder para
  • Tomar decisões e fazer escolhas – poder para
  • Resistir ao poder dos outros se necessário – poder de

 (Pinto, 2001 cit in Fazenda, 2005)

É possível definir alguns princípios orientadores para a prática do serviço social numa perspetiva de Empowerment, embora não exista uma visão homogénea, devido à diversidade de campos em que se aplica. (Pinto, 2001, cit in Fazenda, 2005)

1º Princípio: Estabelecer uma relação de parceria com base na igualdade, o que implica:

  1. ouvir o que as pessoas têm para dizer e partir desse ponto;
  2. dar toda a informação que o profissional possui;
  3. criar um relacionamento de troca, dar e receber;
  4. pedir tanto ao profissional como ao cliente;
  5. manter um equilíbrio de poder entre o profissional e o cliente.

2º Princípio: Contextualizar sempre a situação individual no meio envolvente.

3º Princípio: Centrar o processo na expansão das capacidades e recursos do cliente e do seu meio.

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