A Família E Sua Inserção Na Sociedade E O Papel Do Assistente Social No Atendimento As Demandas Advindas

A família é a escola mais rica de humanismo, completo e desenvolvimento integral, pois nela convivem várias gerações que ajudam mutuamente em adquirir sabedoria e harmonizar os direitos com as outras exigências pessoais. Nela os filhos aprendem mais facilmente a hierarquia dos valores humanos e sociais.

Na antropologia, a família não é vista como apenas os parentescos sanguíneos, mas sim com laços identitários e afetivos que se constroem em um grupo social. Pensando nisso, a presença e a influencia dos modelos distintos e complementares do pai e da mãe vem sofrendo transformações, pois em algumas famílias a responsabilidade da criação das crianças muitas vezes está com os avós e tios. Tudo isso acontece devido a nossa realidade social e econômica, com a inserção da mulher no mercado de trabalho, a redução de números de filhos, com as formações de famílias homoafetivas entre outras. É através dessas transformações que a família contemporânea se pluralizou. Hoje, já se acostumaram às novas formas de família que foram se distanciando muito do modelo formado pela família organizada no sistema patriarcal. A família contemporânea não se restringe mais, tampouco, as famílias nucleares. São formadas por casais separados, que geralmente uniram-se os filhos de outros casamentos. Portanto, a conclusão que se chega é que a família contemporânea está marcada, principalmente, no afeto entre seus entes.

De acordo com a Política Nacional de Assistência Social (PNAS p.41), a família é mediadora das relações entre os sujeitos e a coletividade, independentemente dos formatos ou modelos que assume, pois encontramos famílias unidas por laços consangüíneos, afetivos e, ou, de solidariedade. Com isso, a Política Nacional de Assistência Social é pautada nas necessidades das famílias, seus membros e dos indivíduos, solucionando as demandas tradicionais e atuais que a sociedade contemporânea trás. Alem disso a Assistência Social tem que estar articulada com outras políticas sociais, para garantir que toda família tenha acesso aos direitos como a saúde, educação, cultura, emprego, habitação entre outra.

Pensando nessa perspectiva, a importância da ação do assistente social é de extrema necessidade quando falamos de famílias que não conseguem cumprir sua função social, então surgem os diversos tipos de demandas. Importante salientar que nem todas as demandas são geradas pelas famílias, por vez, está na sociedade contemporânea que acaba refletindo na mesma.

Para Piana (2009 p. 86):

“O assistente social é um profissional que tem como objeto de trabalho a questão social com suas diversas expressões, formulando e implementando propostas para seu enfrentamento, por meio das políticas sociais, públicas, empresariais, de organizações da sociedade civil e movimentos sociais”.

Tendo então, o assistente social, como um profissional capacitado e pronto para lidar com as diversas demandas que se encontram nas famílias em situação de vulnerabilidade e risco social, como também famílias que estão fragilizadas ou com rupturas dos vínculos de afetividade, ou que não estão conseguindo por fatores econômicos ou sociais cumprir o com o papel das diversas etapas da vida. Infelizmente, existem famílias que são vitimas de maus tratos, como violência infantil ou doméstica.

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