A Historia Social

Os movimentos sociais tem sua origem nas contradições económicas e sociais geradas por um determinado modo de produção, que pela sua própria dinâmica estabelecel uma divisão do trabalho definindo uma situação de classe apartir da posição que cada individuo ocupa aos meios de produção. Este processo de diferenciação social no modo de produção capitalista manten-se e reproduz-se através da exploração expropriação e subordinação do homem pelo homem.

O autor defende que a nos diversos momentos históricos as classes trabalhadoras buscaram organizar-se e articuram lutas na defesa de seus interesses, embora muitas lutas tivessem fracassado, representam mecanismos concretos de revendicacao contra a exploração e opressão a que estavam submetidos. Foi apartir do processo de exploração que surgiram os movimentos sociais.

O processo de exploração e expopriacao, sob o modo de produção capitalista, da-se diferentemente no campo e na cidade e a diversidade de formas que assume este processo ira imputar um conteúdo especifico a cada forma de organização. Esta resultante origina movimentos sociais específicos, quais sejam: movimentos ociais urbanos e os movimentos sociais rurais.

Enquanto proletariado, tanto urbano, quanto rural, sofre exploração pelo capital, o campesinato esta submetido ao processo de expropriação pelo capital, sendo este o aspecto definidor do carácter de luta de cada grupo. Afirma Martins ( 1980: 16) tanto o lavrador do campo quanto o operário da fabrica são antagonizados e violentados pelo capital, mas de forma diferente. Por isso dão respostas diferentes ao mesmo adversário.

Os movimentos sociais camponeses tem sido caracterizados como uma resposta ou reacção das classes subalternas do campo as diferentes formas de dominação exercidas pelo capital. Esta dominação tem se desdobrado em diferentes níveis da subordinação camponesa ao capital através de mecanismos económico-financeiros , na sua expropriação crescente dos meiso de produção com a consequente exploração directa da sua força de trabalho e por fim sua exclusão social e política.

Para  Scherer warren ( 1984: 20) citado por  os movimentos sociais representam uma acção grupal transformadora ( a praxis), voltada para a realizcao dos mesmos objectivos sob orientação mais ou menos conscientes de princípios valorativos comuns e sob uma organizcao directa ou menos definida.

Com esta concepção, a autora compreende um movimento social como uma mobilização que tem por base um processo de transformação de uma estrutura social, política e económica de um contexto histórico-especifico.

Para o autor, para o proletariado, bem como demais classes subalternas , para libertar-se das amarras e das formas capitalistas de pensar e agir a que se encontra submetido pelo meio e pela ideologia burguesa, dependera da tutela do partido que é considerado por Lukacs como a forma organizacional que possui a mais avançada possibilidade objectiva da consciência e acção revolucionaria. A acção do partido será introduzir a verdadeira consciência de classe, preparando ideologicamente o proletariado, aumentando a sua capacidade de discernir e resolvendo os problemas que lhe impõe a revolução histórica.