Historia social da sexualidade.
Por: Ana Paula Silva • 12/5/2015 • Dissertação • 819 Palavras (4 Páginas) • 346 Visualizações
HISTÓRIA SOCIAL: SEXUALIDADE
Estudos feitos por arqueólogos baseados em objetos como estátuas e pinturas rupestres indicam que os homens da Pré-História já distinguiam sexo de reprodução, usavam cosméticos naturais para estimular, feitos de plantas, como a hena que era usada nos cabelos, usavam também pigmentos avermelhados para destacar partes do corpo. Faziam posições diferentes e até já usavam métodos anticoncepcionais (plantas medicinais). Mas como a pré-história é caracterizada pela falta de documentos escritos, não da pra ter total certeza do que se passava lá. O arqueólogo Timothy Taylor, no livro "A pré-história do sexo" afirma que:
Chegar à verdade acerca da Pré-História é quase impossível. A arte pré-histórica, grande parte da qual tem conteúdo sexual explícito, obviamente revela coisas sobre as quais as pessoas pensavam, mas não pode refletir por completo o que realmente faziam.
Sobre o casamento na pré-história, houve uma época em que os machos dominantes seguiam o exemplo de animais polígamos, se casando com várias mulheres. Isso ocorria na Idade da Pedra Lascada, no Paleolítico.
Já na Idade da Pedra Polida, no Neolítico, a monogamia predomina. E é nessa época que os homens passam a domesticar animais, observando o estilo de vida e o papel do macho na procriação.
Na antiguidade, que vai de 4000 a.C. ao século 5 d.C. a prostituição era regulamentada e o divórcio passou a existir. Os romanos prezavam muito o sexo, e quem era solteiro e sem herdeiros era punido enquanto as pessoas que tinham muitos herdeiros eram privilegiadas.
Os gregos e romanos eram monogâmicos e a bigamia era declarada como uma ofensa civil, então foi nessa época que surgiu o divórcio. Na Roma antiga, a legislação sexual era muito rigorosa, e atitudes como adultério cometido pela esposa, incesto e relação sexual entre uma mulher e um escravo, estupro, entre outros, eram pagas com a morte. No Egito, caso cometido o adultério, os homens eram castrados e as mulheres ficavam sem o nariz.
Na Grécia e na Roma a prostituição era liberada, mas as regras eram diferentes para ambas localidades. Na Grécia, as mulheres da vida seguiam uma hierarquia, ou seja, não eram todas iguais. Muitas eram escravas, mas havia também mulheres vendidas pelos familiares aos bordéis. As prostitutas de classe alta eram as chamadas de primeira classe, com treinamento intelectual e cultural. As de classe média eram imigrantes, tocavam flauta e dançavam, eram as especialistas em ginástica e sexo oral. E por ultimo, as de classe baixa, que eram as vendidas pela família, ganhavam mal e tinham poucos direitos. Já na Roma, as prostitutas eram registradas e pagavam impostos. Suas vestimentas eram tecidos floridos e transparentes e os cabelos amarelos ou vermelhos. Tinham como lugar mais comum de trabalho os arcos arquitetônicos (a palavra fornicação vem do latim fornice, que significa arco).
Na Idade Moderna, que vai de 1453 a 1789, a Europa viu o monopólio da Igreja Católica cair, mas as igrejas protestantes que surgiram na Alemanha, Inglaterra e Holanda continuaram bem rigorosas no que se refere às práticas sexuais. Foi na Idade moderna que O divórcio, por exemplo, que era proibido pelo catolicismo, passou a ser aceito na Igreja Anglicana. Foi nessa época também que o casamento por amor se tornou mais comum, visto que o casamento era tido como um negócio, era mais por interesse financeiro. Os casamentos aconteciam somente no civil, e em casa. Foi no Concilio de Trento (de 1545 a 1563) que a Igreja tornou-se responsável pelo casamento e eles passaram a acontecer diante de um membro da mesma.
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