A História da Ciência Política
Por: madalenanunes20 • 21/12/2022 • Relatório de pesquisa • 1.724 Palavras (7 Páginas) • 89 Visualizações
Introdução à Ciência Política / Relatório individual 1[pic 1][pic 2]
Aluna: Madalena Proença Nunes / Número de aluna: 51212
RELATÓRIO INDIVIDUAL 1
1º semestre / 1º ano de licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais
Introdução à Ciência Política
Docente: Bruno Daniel Ferreira Costa
Realizado por: Madalena Proença Nunes
Número de aluna: 51212
HISTÓRIA DA CIÊNCIA POLÍTICA
Palavras-chave: História, Ciência, Política, Evolução, Estado, Poder.
1. Introdução
A história da Ciência Política é complexa e não direta. Tentar delinear onde e quando ocorreu o seu nascimento pode suscitar dúvidas.
Isto porque a disciplina não se considera uma só, ou seja, é considerada uma junção de outras disciplinas e de diferentes métodos científicos. Entre estes podem estar a Filosofia Política, a História, o Direito e, obviamente, a Sociologia Política.
Este relatório tem como objetivo analisar a Ciência Política, tanto a sua definição, a sua história, o seu método de estudo e a sua utilidade na sociedade.
2. O que é a Ciência Política?
Quando ocorre esta pergunta, o conceito “política” sobressai. É um conceito que, no quotidiano é debatido. Quer seja nas notícias, em conversas com amigos e família ou até mesmo a analisar qualquer acontecimento ao redor na sociedade.
A “política” é considerada a atividade onde homens e, mais recentemente, mulheres se unem e desempenham o papel da tomada de decisões e produção de regras que vão reger uma comunidade.
Em relação à Ciência Política, esta é uma ciência social estudada de modo a entender a atividade anteriormente referida. Ou seja, segundo o método científico é através desta ciência que são formuladas teses, teorias e é através da mesma que se ajustam noções como Estado, Governo, Poder, entre outras.
3. História da Ciência Política
Desde a Antiguidade Clássica que o ser humano tem tendência para se organizar socialmente. Há, no entanto, um problema na evolução da Ciência Política. Existe uma dificuldade na identificação de uma data precisa sobre o seu aparecimento. A política já havia sido estudada por métodos pré-científicos e contar apenas com a mesma a partir de estudiosos contemporâneos seria ignorar toda a história anterior e tirar virtude a antepassados relevantes no estudo desta ciência.
Sendo assim, existem estudiosos que mencionam filósofos como Platão e Aristóteles relativamente à tentativa de estruturar as sociedades através do campo político. Mas foi mais tarde, durante o Renascimento, que o aclamado Nicolau Maquiavel expôs as primeiras teorias sobre o Estado moderno no livro “O príncipe” (Maquiavel, 1532), uma das obras mais importantes desde a sua publicação até aos dias de hoje.
Graças a estudos e teorias, foi possível, mesmo com dificuldade, dividir-se a história da Ciência Política em três fases e em três grandes paradigmas teórico-metodológicos. A primeira fase, a fase institucionalista ou fase do surgimento ocorreu entre 1880 a 1921, esta tinha como objeto o poder político institucionalizado e eram as regras formais que o regiam, não o processo político em si. A fase behaviourista (1921 a 1969) é também denominada de fase do desenvolvimento da Ciência Política e resume-se como uma reaproximação de outras disciplinas tais como a Psicologia, Antropologia e, mais em particular, à Sociologia. A última fase, a maturação da Ciência Política, pode ser também apelidada de fase neo-institucionalista e desde 1969 até aos dias de hoje continua a sofrer investigações, esta é uma crítica ao behaviourismo e a sua análise recai novamente no Estado como sendo algo misterioso.
Como já referi anteriormente, há quem defenda a ideia de que a evolução da Ciência Política nunca estagna. Quer o objeto (o que é a política), quer o método (o que é a ciência) vão mudando com o decorrer do tempo com constantes variações e aprofundamentos desta ciência.
4. Método da Ciência Política
É possível verificar que o objeto da Ciência Política é o poder, não exclusivamente. A sua definição enquanto poder político ronda em torno da análise política de Aristóteles e de Maquiavel, tanto como de Max Weber ou de contemporâneos como Barry e Barnes em 1976 e 1995, respetivamente.
As técnicas de análise mudaram, é evidente, e foi através da Psicologia Política que os processos de modernização e de diferenciação estrutural estabeleceram uma distinção entre o que é o poder político e quais são as formas de poder.
O poder é o fenómeno mais geral da Ciência Política e, enquanto objeto central da análise política, tem sido substituído pela definição de Estado, nos últimos dois séculos.
As primeiras análises clássicas de Maquiavel e Hobbes criaram o problema da ordem política por meio do controlo do poder de limites bem definidos, como foi o caso de Matteucci (1984), noutros casos houve uma dificuldade na criação de um Estado pluralista com Locke, ou democrático com Toqueville e federalistas americanos, ou forte e capaz de assegurar compromissos entre as classes sociais quando ocorriam situações de emergência (exemplo de Hegel, historicistas alemães e Kelsen).
Maquiavel criou a rutura epistemológica quando fez referência, não só à História mas também à observação direta. Pretendia descrever mais objetivamente a realidade efetiva, este método de observação foi usado por muitos por ser clássico e por ser uma análise de democracia na América, feita por Toqueville.
Weber, por outro lado, participa na renovação de novos métodos. Funda o método Histórico comparado e a psicologia abrangente.
Ainda assim, a Ciência Política não se consegue afirmar como disciplina por si só. O nazismo e fascismo têm feito com que todas as ciências sociais recuem décadas e esmaguem qualquer reflexão política possível.
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