A Imaginação Sociológica. Rio de Janeiro: Zahar editores, 1975
Por: Kristinne • 25/7/2019 • Abstract • 2.028 Palavras (9 Páginas) • 298 Visualizações
Universidade Federal de Mato Grosso
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Curso de Ciências Sociais - Licenciatura
Docente: Geruza Vieira
Discente: Kristinne S. Chimenes Sanches
Fichamento
Referência da Obra: MILLS, Wright. A Promessa. In: MILLS, Wright. A Imaginação Sociológica. Rio de Janeiro: Zahar editores, 1975.
Página | Citação | Autores presentes na citação | Livros presentes na citação | Locais listados na citação | Datas ou períodos arrolados na citação | Comentários, idéias e associações sobre o texto |
9 | “(...) tudo aquilo de que os homens comuns têm consciência direta e tudo o que tentam fazer está limitado pelas órbitas privadas em que vivem.” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | O meio em que está inserido limita o pensar e o agir do ser humano. | ||
10 | “(...) Raramente têm consciência de complexa ligação entre suas vidas e o curso de história mundial;” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Estão dispersos daquilo que fazem parte ou do que poderão vir a fazer parte. | ||
11 | “O que precisam, e o que sentem precisar, é uma qualidade de espírito que lhes ajude a usar a informação e a desenvolver a razão, a fim de perceber, com lucidez, o que está ocorrendo no mundo e o que pode estar acontecendo dentro deles mesmo.” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Chamam de imaginação sociológica essa tal necessidade que se cria dentro do indivíduo que almeja com ânsia por mais conhecimento do meio que está inserido e a forma como contribui com tal. | ||
11, 12 | “(...) Dentro dessa agitação, busca-se a estrutura da sociedade moderna, dentro dessa estrutura são formuladas as psicologias de diferentes homens e mulheres.” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Onde há uma transformação do desinteresse para uma participação com o meio que está inserido e suas questões sociais. | ||
12 | "(...) o individuo só pode compreender sua própria experiência e avaliar seu próprio destino localizando-se dentro de seu período; (...)" | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Para que haja qualquer despertar para a imaginação sociológica é preciso um entender da relação que há entre as questões pessoais com o a sociedade que vivo. | ||
12 | "(...) E pelo fato de viver, contribui, por menos que seja, para o condicionamento dessa sociedade e para o curso de sua historia, ao mesmo tempo em que é condicionado pela sociedade e pelo seu processo histórico." | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Entende-se que há um ligação direta entre o estrutural de uma sociedade com os seus indivíduos em si. | ||
12 | "A imaginação sociológica nos permite compreender a história e a biografia e as relações entre ambas, dentro da sociedade. (...)" | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | O que remete à citação anterior comprovando a ligação entre ambos os polos, ficando assim claro a relação que um influência no outro. | ||
12, 13 | "Nenhum estudo social que não volte ao problema da biografia, da história e de suas interligações dentro de uma sociedade completou a sua jornada intelectual. (...)" | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Neste temos a certeza de que para se completar tal estudo social é necessário analisar um todo, para que se efetive de fato o que está sendo trabalhado. | ||
13 | "(...) Pois essa imaginação é a capacidade de passar de uma perspectiva a outra (...)" | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | A imaginação sociológica que permite o intermédio entre o individuo e a estrutura. | ||
13, 14 | "(...) É a capacidade de ir das mais impessoais e remotas transformações para as características mais intimas do ser humano - e ver as relações entre as duas. (...)" | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | É a eficiência que a imaginação sociológica possui. | ||
14 | "(...) que por meio da imaginação sociológica os homens, esperam, hoje, perceber o que está acontecendo no mundo, e compreender o que está acontecendo com eles, como minúsculo pontos de cruzamento da biografia e da história, dentro da sociedade. (...)" | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Desde sempre até os dias atuais, mesmo que em um senso comum, existe este anseio por averiguar e entender qual a relação entre questões pessoais com o que ocorre a minha volta em maior âmbito. | ||
14 | "(...) Sua capacidade de surpresa volta a existir. (...)" | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | E mesmo que ao entender um ponto, surgirá outros e não será sua vivência de forma linear, mas com inúmeras surpresas ao decorrer do todo. | ||
14 | "As perturbações ocorrem dentro do caráter do individuo e dentro do âmbito de suas relações imediatas com os outros; estão relacionadas com o seu eu e com as áreas limitadas da vida social, de que ele tem consciência direta e pessoal. (...)" | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Essas tais surpresas geram perturbações privadas, que colocam em questão seus valores e suas vidas, levando-os a pensar no exato momento qual a relação existente entre si e a estrutura atual. | ||
15 | "(...) Relacionam-se com a organização de muitos desses ambientes sob a forma de instituições de uma sociedade histórica como um todo, com as maneiras pelas quais os vários ambientes de pequena escala se confundem e se interpretam, para formar a estrutura mais ampla da vida social e histórica. (...)" | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Mas não somente questões pessoais são colocadas em ameaças, mas instituições em geral também e nesse caso a questão é o que cada instituição ameaçada representa e como tais ameaças influenciam de forma efetiva. | ||
17 | "Aquilo que experimentamos em vários e específicos ambientes de pequena escala, já o observei, é com frequência causado pelas modificações estruturais. (...)" | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Então pelo muito observar ambientes isolados percebe-se a ligação com as estruturas em si, estando diretamente relacionada; | ||
17 | "(...) E o número e variedade dessas modificações estruturais aumentam à medida que as instituições dentro das quais vivemos se tornam mais gerais e mais complicadas ligadas entre si. (...)" | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | E, portanto, cada vez mais as instituições estão interligadas, fazendo que cada vez mais a estrutura social esteja consolidada entre si, dificultando ou facilitando suas modificações. | ||
17 | "Quais as principais questões públicas para a coletividade e as preocupações chaves dos indivíduos em nossa época? (...)" | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | O pensar sobre o que é essencial para uma sociedade pode dar o exato rumo para estudos necessários; | ||
17 | "(...) Tanto no caso da ameaça como do apoio, devemos indagar que contradições de estrutura mais destacadas podem existir na situação." | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Quando algo necessário se mantem estável é um bem estar, diferentemente de quando se é colocado em ameaçado que se torna crise, e independentemente de qual seja é importante para a consolidação de uma estrutura. | ||
18 | "(...) que não tenham consciência de quaisquer valores estimados, mas ainda sintam agudamente uma ameaça. Experimentam, então, a inquietação, a ansiedade, que, se for bastante forte, torna-se uma doença mental e não especifica." | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Quando não se é identificado nem um bem estar ou uma crise, surge a apatia, mas há casos em que não identifica nenhum nem outro, mas sente a ameaça que a inquietação; | ||
18 | "(...) há com frequência a miséria da inquietação vaga; ao invés das questões explícitas, há com frequência o sentimento desanimador de algo que não está certo. (...)" | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | E com inquietação constante e sem um propósito não há um sentido se tornando assim em vão, gerando apenas desconforto sem um por quê. | ||
20 | "Hoje, a principal tarefa intelectual e política do cientista social (...) é deixar claro os elementos da inquietação contemporâneas. (...)" | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Usando a ferramenta importante, que é a imaginação sociológica, a CS usa a seu favor, para que possa haver de certa forma uma evolução intelectual para entender as questões atuais. | ||
20 | “Em toda idade intelectual, um estilo de reflexão tende a tornar-se o denominador da vida cultural. (...)” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Porém, cada vez mais esse condutor da vida cultural, se torna mais volátil pendendo seu fim intelectual focando cada vez mais no jogo cultural. | ||
21 | “A predominância de um denominador comum não significa, decerto, que não existam outros estilos de pensamento ou formas de sensibilidade. (...)” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Há portanto um denominador comum intelectual, que dá um rumo aos pensamentos e guias as pesquisas, não excluindo outros denominadores, mas abrangendo um geral social. | ||
21 | “A imaginação sociológica se está tornando, creio, o principal denominador da nossa vida cultural, e sua característica marcante. (...)” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Percebe-se então as grande importância de relação entre o individual e o coletivo, que por vezes é descartado mas pode explicar muito das questões sociais e estruturais. | ||
22 | “(...) Não é apenas uma qualidade de espírito (...) é a qualidade, cujo uso mais amplo e mais desembaraçado nos proporciona a perspectiva de que todas essas sensibilidades – e na verdade, a própria razão humana – virão a desempenhar um papel maior nas questões humanas.” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | As necessidades e vivencias atuais são um condicionamento para o futuro de como e por quê se tornaram políticas sociais a se pensar e resolver. | ||
22 | “(...) E hoje, nessas sociedades, a ciência – o principal instrumento de tal conquista – está desorientada, sem objetivo e necessitando de uma reavaliação.” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | O ser, a vivência, os sentimentos e tantas outras inquietações singulares começam a desestabilizar o que se é chamado de ciência física, pois estudos e pesquisas estão levando mais em consideração as questões pessoais – imaginação sociológica – do que questões físicas. | ||
23 | “(...) O desenvolvimento cientifico das armas bélicas pode levar à “necessidade” de uma redisposição política do mundo – mas tal “necessidade” não é, ao que se pensa, passível de solução apenas pela ciência física.” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Há sempre questões sendo reavaliadas e revistas, e essa subjetividade faz com os conceitos de necessidades fiquem turvos a ponto de criar conceitos ou soluções que muitas ficam inviáveis ou para aplicação pessoal ou estrutural. | ||
23 | “Muito do que se considerava com “ciência” passou a ser visto hoje como uma filosofia dúbia; muito do que se considerava como “verdadeira ciência” frequentemente nos proporciona apenas fragmentos confusos das realidades entre as quais vive o homem. (...)” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | E por questões como essas pontos foram desvalorizados e outros enaltecidos, fazendo com que assim se tornasse complicado a análise do que seria realmente ciência em um âmbito físico ou filosófico. | ||
24 | “(...) Anseiam por fatos, buscam-lhe os sentimentos, querem um “retrato maior” no qual possam acreditar e dentro do qual se possam compreender. (...) E não os encontram facilmente na literatura de hoje. Não importa se essas qualidades deveriam ser encontradas ali – importa é que, com frequência, não o são.” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Por conta de tudo o que ocorreu e vem ocorrendo focos são facilmente alterados e o que antes era imprescindível hoje já torna-se irrelevante fazendo que anseios anteriores ainda sim seja procurados em leituras atuais. | ||
26 | “A “ciência social” consiste, é claro, daquilo que os cientistas sociais, como tal reconhecidos, estiverem fazendo em determinado momento – mas nem todos estão fazendo a mesma coisa, na verdade, nem mesmo coisas parecidas. (...)” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Sendo assim claro que não há uma padronização do ser e do fazer, mas sim apenas uma ferramenta podendo ser utilizada no meio dos estudos sociais para uma ampla área a ser trabalhada. | ||
27 | “(...) Não obstante, talvez a apreensão seja mais aguda entre os cientistas sociais, porque perspectivas mais amplas guiaram grande parte do trabalho anterior, em seus campos e devido à sua natureza dos assuntos de que se ocupam e à necessidade urgente de um trabalho significativo.” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | O tamanho da amplitude de pesquisas anteriores gera conflito para futuras pesquisas, fazendo que assim surja evidentes questões que dificultam novas e significativas pesquisas. | ||
28 | “(...) então os problemas morais do estudo social – o problema da ciência social como uma questão publica – serão identificados, e a discussão se tornara possível. Haverá maior autoconsciência generalizada – o que é, decerto, uma condição preliminar para a objetividade, no empreendimento da ciência social como um todo.” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Como um todo o objetivo tem levar o leitor para uma autoanalise para que juntos torne possível a utilização correta das ferramentas e das propostas colocadas em questão sendo assim útil e de maneira eficaz. | ||
29 | “(...) o que se conhece como Sociologia tornou-se o centro de reflexão sobre a ciência social. Tornou-se o centro de interesse pelos métodos, e nele encontramos também o mais extremado interesse pela “teoria geral”. (...)” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | É então o estudo pela sociedade e por aquilo que ela produz e vivencia. Sendo guiado e orientado por tudo aquilo que compõe o social. | ||
30 | “(...) Ocupa-se, em suma, com uma visão bastante estática e abstrata dos componentes da estrutura social, num nível de generalidade bastante elevado.” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | Simplesmente pela categorização e classificação dos indivíduos dentro da sociedade. | ||
31 | “(...) O perigo é que em meio dessa abundancia sociológica, outros cientistas sociais se tornem tão impacientes, e os sociólogos com tal ansiedade de “pesquisa”, que percam o controle de um legado realmente valioso.” | MILLS, Wright | A Imaginação Sociológica | A ânsia por quantidade e a ansiedade pode levar a desvalorização do real conteúdo significante da pesquisa. |
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