A Introdução à Metodologia Científica
Por: patrick_019 • 17/4/2019 • Trabalho acadêmico • 2.198 Palavras (9 Páginas) • 157 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS E ENGENHARIAS
FACULDADE DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO E ELETRICA
CURSO DE ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO
MÉTODO CIENTÍFICO
Trabalho da Disciplina de Metodologia Cientifica e Tecnológica pelo Prof Dr Diego Kasuo apresentado à Faculdade de Engenharias da Computação, FACEL/IGE, da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará no dia 03 de Abril de 2019 como parte da avaliação da Disciplina.
SAMUEL PATRICK SILVA DOS SANTOS - MATRÍCULA :201940601021
MARABÁ – PA
2019
Conceito de método
Conceitualmente, método é um termo que possui diversas definições, dentre as quais, especificam contextos diferentes de utilização, sobretudo, com aspectos em comum. Afinal, a ideia central de tal termo é generalizada e subentendida nos diversos contextos apresentados. Contextualizar o método nada mais é do que aplicá-lo numa situação particular e limitada, gerando assim, uma compreensão prática do termo em si.
No âmbito científico, a utilização dos métodos é uma prática intrínseca à existência dos diversos campos das ciências, pois eles implicam na atuação, não somente da área, mas também na atuação do profissional (cientista).
De modo geral, o método pode ser compreendido como um conjunto de processos, cujos objetivam atingir determinado fim. Logo, compreende-se que, esses processos devem possuir uma correlação recíproca, sobretudo complementar. Além disso, pode-se afirmar que os métodos utilizados cientificamente, são definitivamente organizados e sistematizados, onde são praticados de uma forma inteiramente racional.
Ao afirmar o caráter racional da prática do método científico, entende-se que o argumento corrobora as características citadas acima. Pois por se tratar de uma prática racional, verifica-se que todos os processos são intrinsicamente relacionados, possuem conexão com o contexto de estudo e são ordenados sequencialmente.
Expandindo a definição de método, no âmbito científico, pode-se compreender que cada processo em si é uma etapa específica, de forma que cada uma é dependente das anteriores e sucessoras.
Vale ressaltar, que as etapas finais, cujas objetivam uma conclusão teórica e prática, não são dadas como absolutas, visto que a ciência como um todo se baseia em revisões e reformulações contínuas. Portanto, cada processo completo ou etapa específica pode ser construída e descontruída, a partir do momento em que apresentam inconsistências.
A ideia por trás do revisionismo e reformulação é justamente conscientizar a compreensão de que hipóteses e leis científicas não são dogmas absolutos, de modo que cada formulação pode estar equivocada e que uma determinada afirmação pode vir a ser corrigida.
Outro aspecto essencial, é o fato de que tanto os métodos como as etapas possuem um caráter de reprodutibilidade experimental, ou seja, qualquer cientista poderá praticar as mesmas etapas, usufruir dos mesmos métodos e chegar à mesma conclusão do outro cientista.
A reprodutibilidade de experimento corrobora as afirmações formuladas e dá credibilidade aos argumentos apresentados, visto que o termo fundamenta a essência do método científico.
Tendo em vista a definição de método, pode-se afirmar que ele se faz necessário para comprovar e sofisticar alegações, é uma ferramenta essencial para as diversas áreas da ciência e possui capacidade de sistematizar toda uma gama de informações e conhecimentos racionais.
Desenvolvimento histórico do método
Notoriamente, toda a contextualização histórica do desenvolvimento do método demonstra que o próprio conceito existente do termo, teve de ser construído gradualmente ao longo das eras. Antes da existência do termo, a humanidade, desde sua época mais remota, possuía uma tendência de atribuir toda a realidade (elementos naturais, fenômenos da natureza, existência) à uma explicação sobrenatural. Para época, a única explicação ‘’plausível’’ era formulada por meio da crença no sobrenatural, de modo que todos os elementos naturais, seres humanos e fenômenos da natureza possuíssem uma conexão direta entre ambos.
Nos períodos em que denominamos Pré-História e Antiguidade, toda a compreensão do contexto de realidade era atribuída à existência de deuses e mitos populares. Devido ao grande valor significativo de tais crenças, a disseminação das mesmas era de fácil acesso e eram amplamente aceitas entre os membros de cada sociedade específica. Dentre o período da Antiguidade, nasce a Filosofia, entretanto, as ideias iniciais eram voltadas para explicações míticas e inconsistentes da realidade, mas é evidente que foi por meio de tais inconsistência que a própria Filosofia se desenvolveu gradualmente.
Durante o período medieval, boa parte do conteúdo filosófico pós-socrático foi aplicado na sofisticação e desenvolvimento das religiões monoteístas, para que pudessem ter mais credibilidade e aceitação entre os adeptos. Todo o período medieval é marcado pela forte representação das ideias de caráter religioso, sobretudo, reveladas por intuição divina.
Demorou séculos para que começasse a se desenvolver a ideia de empirismo, durante a transição da Idade média para a Idade Moderna nasce um movimento crítico às ideias da época, e foi justamente nesse episódio histórico, chamado de ‘’Renascimento’’, que eclodiu o desenvolvimento da crítica às explicações sobrenaturais sobre toda realidade daquele período. Há a presença de ruptura na aceitação de dogmas, e em meio a esse contexto, surge indícios do desenvolvimento dos métodos como são conhecidos atualmente.
Vale ressaltar que todo um conjunto de movimentos começaram a se desenvolver, tais como: Racionalismo, Antropocentrismo, Humanismo, entre outros. O surgimento de tais movimentos acabou desencadeando uma nova concepção de realidade, cuja agora objetivava a prática de análises minuciosas e experimentações, para que se pudesse compreendê-la de um modo mais criterioso e racional.
Um movimento histórico, durante a Idade Moderna, nasce e objetiva uma quebra de paradigmas e dogmas das épocas anteriores, trazendo uma nova forma de interpretar a realidade: o Iluminismo, ou ‘’século das luzes’’. A ideia do movimento surgiu justamente para apresentar inconsistências e contradições do argumentos filosóficos pós-socráticos, divulgar novas ideias sobre os fenômenos naturais, existência e a correlação existente ambos. Além disso, nasce o movimento filosófico, denominado Empirismo, cujo enfatizava a necessidade da experiência como pilar de corroboração de uma hipótese.
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