A Leitura Dirigida Maquiavel
Por: diego.cantu • 23/4/2018 • Abstract • 511 Palavras (3 Páginas) • 278 Visualizações
Diego Cantu de Paula Souza 11/04/2018
Universidade Federal de São Paulo
Introdução às Ciências Sociais – Ciência Política
Prof. Diego Ambrosini
Exercício de Leitura Dirigida – Maquiavel
Encontre e transcreva, nas duas obras de Maquiavel, passagens que ilustrem as afirmações abaixo.
Não esqueça de indicar os capítulos em que estão localizadas as passagens.
- O Príncipe
- Maquiavel rompe com a tradição da Filosofia Política Clássica ao optar por descrever o mundo da política como ele efetivamente é, e não como deveria ser.
“[...] pareceu-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que delas se possa imaginar. E muita gente imaginou repúblicas e principados que nunca se viram nem jamais foram reconhecidos como verdadeiros. Vai tanta diferença entre o como se vive e o modo por que se deveria viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz aprende antes a ruína própria, do que o modo de se preservar; [...]” – cap. XV, pág. 63.
- Uma das principais qualidades que o príncipe deve possuir, em sua busca pela conquista e manutenção do poder do Estado, é a prudência. Por quê?
“Porque os romanos nestes casos fizeram o que todo príncipe prudente deve fazer: não só remediar o presente, mas prever os casos futuros e preveni-los com toda a perícia, de forma que se lhes possa facilmente levar corretivo, e não deixar que se aproximem os acontecimentos, pois deste modo o remédio não chega a tempo, tendo-se tornado incurável a moléstia. […]conhecendo-se os males com antecedência, o que não é dado senão aos homens prudentes, rapidamente são curados: mas quando, por se terem ignorado, se têm deixado aumentar, a ponto de serem conhecidos de todos, não haverá mais remédio àqueles males. ” – cap. III, pág. 12.
- Comentários sobre a Primeira Década de Tito Lívio
- Maquiavel expressa uma visão pessimista (ou negativa) da natureza humana.
“Ainda que, devido à natureza invejosa dos homens, sempre tenha sido tão perigoso encontrar modos e ordenações novos quanto procurar águas e terras desconhecidas – por estarem os homens sempre mais prontos a censurar do que a louvar as ações alheias –“
- As leis elaboradas para proteger a liberdade têm suas origens na desunião entre a aristocracia e o povo.
“Direi que quem condena os tumultos entre os nobres e a plebe parece censurar as coisas que formam a causa primeira da liberdade de Roma e considerar mais as assuadas e a grita que de tais tumultos nasciam do que os bons efeitos que eles geravam; e não consideram que em toda república há dois humores diferentes, o do povo, e o dos grandes, e que todas as leis que se fazem em favor da liberdade nascem da desunião deles [...]” – Livro Primeiro, cap. IV, pág. 22.
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