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A Mulher E Suas Lutas Constantes

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Por:   •  2/10/2013  •  3.190 Palavras (13 Páginas)  •  551 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

SERVIÇO SOCIAL

JUCELENE SCHMITZ

A MULHER, E SUAS LUTAS CONSTANTES

Maravilha

2010

JUCELENE SCHMITZ

A MULHER, E SUAS LUTAS CONSTANTES

Trabalho apresentado ao Curso serviço social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina Formação Social Política, Econômica do Brasil.

Prof. Gleiton Luiz de Lima

Maravilha

2010

Em nosso país o papel social feminino está longe de ser visto por uma ótica igualitária. É bastante corrente a oposição entre o universo da casa (família) e o da rua (trabalho), assimilados, respectivamente, como espaços do feminino e do masculino. Refletir acerca do mundo do trabalho a partir da perspectiva de gênero é uma tarefa difícil.

O drama da mulher, ao perceber que o casamento tinha como requisito o abandono de sua condição de profissional, coloca em relevo não somente a submissão das mulheres da época, ao aceitarem e legitimarem esta imposição, mas a valoração positiva e o caráter de dignidade que o trabalho assume na modernidade.

Percebemos, que mesmo tendo ocorrido muitas mudanças na divisão sexual do trabalho, estas inquietações ainda se fazem presentes no cotidiano de muitas mulheres na atualidade.

Em discussões ocorridas, problematizamos a divisão do trabalho e a separação fordista ainda encontrada nesta divisão: aos homens cabe o trabalho gratificante e remunerado da rua e às mulheres o trabalho maçante, repetitivo e não remunerado da casa o qual a sociedade nem reconhece como trabalho.

Refletimos também sobre a libertação parcial das mulheres do universo doméstico e sobre suas conquistas profissionais. Digo parcial porque a tripla jornada de trabalho é um dos principais motivos de queixas femininas. Em casa, aos homens ainda cabe apenas o papel de ajudar, pois na maioria dos casos não são considerados e não se consideram responsáveis pelo trabalho doméstico.

E o que nos surpreende também, é a motivação que a maioria das mulheres tem para trabalhar fora, que geralmente é para poderem ter sua independência financeira. Pois, o que as leva buscar novas oportunidades de trabalho é não ter que pedir dinheiro para seus maridos. Percebe-se também que o trabalho feminino muitas vezes é visto como uma necessidade. A mulher só adquire esta condição porque, frente ao desemprego estrutural e à flexibilidade do mundo do trabalho, o homem precisa da sua ajuda no sustento da casa.

Com isso, soma-se positivamente a este fator a condição de que a mulher, hoje, não é mais alguém que vive à espreita do óbvio ou do inesperado, à espera de liberação ou de aprovação para seguir em frente. A mulher é, sim, na sociedade atual, um ser que se atreve ao mergulho no mar fecundo das criações.

As mulheres tem conquistado, embora em tempo lento, direitos e deveres e que tem aumentado seu espaço no mercado de trabalho, todo mundo já sabe, inclusive que hoje elas ocupam profissões que antes eram estritamentes masculinas. Por isso, também é que temos um dia em especial comemorado para a mulher, pois é ela que conseguiu várias conquistas femininas para tentar mudar a realidade brasileira.

Outra grande conquista da mulher esta na aplicação da lei 11.340 sancionada pelo Presidente da República Luis Inácio Lula da Silva, em 07 de agosto de 2006, que ficou conhecida como Lei Maria da Penha.

Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, as Formas de Violência contra a Mulher, dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

Toda mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, goza dos direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social.

Maria da Penha Maia Fernandes nasceu na cidade de Fortaleza, estado do Ceará em 1945, formada biofarmacêutica pela Universidade Federal do Ceará e que durante anos foi agredida pelo marido o colombiano Marco Antônio Viveiros.

Em 1983, seu ex-marido simulou um assalto e atirou contra Maria da Penha, enquanto dormia, atingida nas costas, o que lhe deixou paraplégica. Depois disso, Viveros ainda tentou assassiná-la por eletrocução. E foi por ela que se criou a lei para proteger as mulheres.

Assim vimos, que em nossa sociedade, a violência contra a mulher é a principal expressão da dominação masculina. O assédio sexual é parte desta violência, uma prática presente nas relações de poder, onde o gênero masculino é considerado superior e o feminino inferior.

Como dizem as feministas, o corpo da mulher está no centro do exercício do poder do homem, que se expressa em diversas condutas para reafirmar a sua suposta supremacia. Por vezes, a violência contra a mulher aparece como parte de um comportamento masculino valorizado e aceito na cultura machista patriarcal, enquanto o não dito pelas mulheres, é como se fizesse parte da sedução.

Uma realidade muito presente na vida das mulheres trabalhadoras é o assédio no trabalho. Este tipo de assédio, geralmente é cometido por parte de uma pessoa que está numa condição hierárquica superior, ou companheiros de trabalho. Nesses casos, muitas vezes a mulher fica impedida de ascender a um cargo melhor ou é demitida, se não aceitar o assédio. Ou ela própria demite-se para não enfrentar constrangimentos.

Antes de esta violência

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