A Origem Do Serviço Social
Monografias: A Origem Do Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: alineqbl • 5/11/2014 • 888 Palavras (4 Páginas) • 1.403 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho trata a Origem do Serviço Social, seguindo uma ordem cronológica, através de uma análise histórica de seu surgimento e das mudanças ocorridas na profissão, abordando a questão social, a iniciativa do Estado, da Igreja e da Burguesia, em resposta as demonstrações das Desigualdades Sociais.
2 DESENVOLVIMENTO
A expressão Serviço Social é de origem anglo-saxônica e apresentou seus primeiros traços no século XIX, tendo sua origem americana em 1898, na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos, na época denominado social Work (trabalho social), foi estruturado por organizações religiosas e consistia no reforço da moralidade e da submissão das classes dominadas (classe operária) que deveria se adequar, ajustar seu comportamento às exigências da ordem social estabelecida pela classe dominante (Classe burguesa).
Ainda demarcando a origem do Serviço Social como profissão, em 1899, na cidade de Amsterdã, funda-se a primeira Escola de Serviço Social do mundo, configurando-se como um marco na profissão secularizada.
No Brasil o Serviço Social tem suas raízes cristãs de assistencialismo, onde a Igreja católica controlava todo o processo de ajuda ao próximo, aos menos favorecidos, tendo suas origens na primeira metade do século XX, por volta das décadas de 1920 e 1930 em meio ao processo de industrialização e concentração urbana e surge da emergência da questão social, das expressões da desigualdade social, econômica e cultural, enfim dos problemas advindos da sociedade capitalista, onde o proletariado passou a lutar pelo seu lugar na vida política e por seus direitos.
Esse período foi marcado pela Republica Velha no país, pelo coronelismo que perpetuou características baseadas no clientelismo e no assistencialismo, o Brasil também viveu um momento de turbulência devido a diversos fatores, como a Grande Guerra, além dos problemas derivados da quebra da Bolsa de Nova Iorque em 1929, que motivou grandes impactos econômicos e políticos, como a queda do preço do café, que causou o aumento do custo de vida da população e consequentemente o aumento da pobreza.
Também foi nesse período que no Brasil ocorreu a Revolução de 1930, que pôs fim a Primeira Republica, com a posse do governo por Getulio Vargas, que modernizou a economia nacional, acelerando o processo de industrialização, fazendo com que classe operária tivesse um crescimento exorbitante, onde foram criados centros urbanos em condições insalubres, precárias e desumanas. Nesse momento na luta pelos direitos da classe trabalhadora surgiram os movimentos sociais e os sindicatos.
Em 1935 criou-se a Lei nº. 2.497 para a formação do Departamento de Assistência Social do Estado, visto que a política de Vargas era forte e assistencialista, Ficando Getulio Vargas conhecido como o “pai dos pobres”.
Nessa direção, em 1936, foi fundada a primeira escola de Serviço Social de São Paulo, na operacionalização de sua intervenção os assistentes sociais recém formados, atuariam na mudança de hábitos das famílias e pessoas, na perspectiva de melhorar comportamentos, condições de higiene e a sua inserção na ordem social.
Em 1942, foi criada a Legião Brasileira de Assistência (LBA) que serviria de colaboração junto ao Estado, para cuidar dos Serviços de Assistência Social, no mesmo ano, foi instituído o SENAI e o SENAC (Serviços Nacionais de Aprendizagem para qualificar os trabalhadores). Em 1943 foi promulgada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O Congresso Pan Americano de 1945, foi um evento que aproximou os assistentes sociais de todo continente americano com os objetivos de debaterem sobre os rumos do Serviço Social. Em 1946 foi criada a Associação Brasileira de Escolas de Serviço Social (ABESS) e a Associação Brasileira das Assistentes Sociais (ABAS), que ampliou a
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