A origem da política social no Brasil
Artigo: A origem da política social no Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 031094 • 15/5/2014 • Artigo • 613 Palavras (3 Páginas) • 592 Visualizações
No Brasil, as políticas sociais têm sua origem estreitamente ligada ao
desenvolvimento urbano industrial, no qual o Estado redefiniu suas funções e passou a
utilizar mecanismos institucionais de controle, até então fora de sua esfera de intervenção.
Com o processo de desenvolvimento industrial, aliado à expansão urbana,
agravou-se a “questão social”, com grandes aglomerados em torno das cidades, que por
sua vez atestam o crescimento da pobreza, do desemprego e da exclusão com privações
social, econômica, cultural e política para a classe que vive do trabalho. E, por um outro
lado, se têm uma enorme concentração de renda e riqueza para um pequeno grupo, os
grandes proprietários.
Diante de tantas mudanças e diferenças o Estado é requisitado para o
enfrentamento das expressões da “questão social”, se reconhece a necessidade de novas
formas de enfrentamento dessa desigualdade. Conforme aponta Vieira (1995) o campo das
desigualdades sociais não pôde mais ser enfrentada com força policial, teve que ser
reconhecida e legitimada como caso de política. Ante tais questionamentos, foram criadas
as políticas sociais, entendidas como o “conjunto de programas e ações continuadas no
tempo, que afetam simultaneamente várias dimensões das condições básicas de vida da
população”. (DRAIBE, 1997, p. 14)
Segundo Galper (1986), a política social na concepção liberal gera a idéia de
intervenção coletiva ou estatal no mercado privado para promover o bem estar individual e
social; tem provisão e oferta de serviços sociais; sua técnica social é de caráter
compensatório, preventivo ou redistributivo. Para a concepção dialética, as políticas sociais
são estratégias governamentais de intervenção nas relações sociais, na manutenção da
desigualdade social; estratégias de controle da força de trabalho; regulamentação de
direitos sociais passíveis de absorção pelo capitalista.
As concepções acima sobre modo de produção e sua transformação histórica, necessárias para se compreender como funcionam as forças de vida social, colocam um acento demasiado nas forças econômicas, fazendo delas o elemento determinante. Não se desconhece que as condições econômicas têm sido, historicamente, as forças mais fortes e decisivas, mas não se pode negar a existência de inúmeras outras forças, que também exercem a sua influência. Os elementos políticos, jurídicos, filosóficos, religiosos, literários, artísticos e outros repercutem uns sobre os outros, sobre a estrutura econômica e sobre o curso da história.
...