A Origem do Trabalho no Brasil
Por: Ana Carolina Venzke • 9/5/2018 • Monografia • 2.254 Palavras (10 Páginas) • 363 Visualizações
A Origem do Trabalho no Brasil
O trabalho ao longo da história do Brasil, teve mudanças significativas, desde o descobrimento à época atual.
Escravidão no período colonial, transição do trabalho escravo para o livre e o trabalho na industrialização. Esses três momentos da história do trabalho em momento nenhum chegam a separar-se totalmente um do outro ao longo do tempo.
No início da colonização o único objetivo da colônia era o enriquecimento, e nesse contexto, o trabalho e o tráfico escravo foram de primordial importância para isso ser possível.
Com a escravidão predominante no Brasil Colônia lucros eram certo; e com a proteção dos jesuítas aos índios e a fraqueza desses ao trabalho. A primeira ordem de trabalho no Brasil foi exclusivamente negra.
A Escravidão também chamada de escravismo ou escravatura é uma pratica social, em que um ser humano adquire direito de propriedade sobre outrem; denominado escravo. Pela qual é usada a força como meio de persuasão.
Escravos eram legalmente definidos como mercadoria, modificando-se preços conforme as condições físicas, habilidades profissionais, sexo, idade, a procedência e o destino.
No Brasil a escravidão se iniciou pra valer com a produção açucareira na primeira metade do século XVI
Os escravos eram trazidos das colônias africanas para cá em porões de navios. Viajavam em condições desumanas. Os que não aguentassem a viagem eram jogados ao mar.
Chegando aqui o trabalho era de sol a sol. E como paga tinham alimentação escassa, castigos físicos atrozes e acomodações precárias.
Os castigos físicos eram a forma de se domar o negro. Traze-lo no eterno medo e desespero. Poucos tentavam fugas, e os que tentavam, eram disciplinados covardemente para servir de aviso aos outros.
Eram-lhes negados seguir sua cultura e religião. Eram obrigados a seguir o catolicismo. Mesmo assim, as escondidas, realizavam seus ritos, suas festas, representações artísticas, danças...Era um meio de não deixar a sua humanidade morrer.
E assim permaneceu por aproximadamente 400 anos, sendo ficticiamente abolida em 1888.
O auge da escravidão brasileira se deu entre 1701 e 1810, quando mais de um milhão e novecentos mil escravos africanos desembarcaram em portos coloniais.
Nem mesmo com a independência brasileira, em1822, e com as adoções de ideias liberais pelas classes dominantes a escravidão teve fim. Precisou ainda de muitas décadas de lutas para que se extinguisse, em 1988.
E com essa falsa abolição da escravatura começaram os problemas de ordem social dos negros.
Falta de terras, acomodações, trabalho digno. Assim a maioria permaneceu nas mesmas estruturas trabalhando por comida somente. Velhos, cansados, desamparados essa era a realidade dos recém libertos.
Pelo trabalho ser feito por negros em sua totalidade, era visto como algo degradante, por isso ninguém queria trabalhar. Os portugueses que aqui chegavam eram pessoas que vinham em busca de riquezas fáceis e sem trabalho. Ainda nesse contexto, tem aqueles homens livres que não trabalhavam pelo trabalho ser degradante e não eram também donos de terras, por isso eram vadios e viviam a sombra de algum coronel.
No século XIX, com o declínio do sistema escravista, os rumos que levavam a abolição e a grande mão de obra que necessitava o café. Foi-se fazendo a transição do trabalho escravo para o remunerado no sistema colonato; vindos de outros países.
A partir de 1930, com a industrialização; o Brasil passou a usar mão de obra nacional e categorias assalariadas como médicos, engenheiros e arquitetos passaram a existir.
As cicatrizes ficaram, aos trabalhadores urbanos restou a criação das CLTs.
A Escravidão é um capitulo muito importante da história do Brasil, não pode ser apagada e suas consequências jamais ignoradas. Pra não deixarmos o passado influenciar as presentes relações de trabalho. Para tanto sofrimento para a formação do Brasil, não se repetir. Trabalho Análogo a Escravidão
Entende-se que trabalho em condições análogo a do escravo quando houver violação simultânea a dois princípios constitucionais princípios dignidade da pessoa humana. A liberdade é tirada das pessoas dignidade humana que são submetidas a escravidão. Entende-se que todo trabalho forçado se enquadra como condições análogo á do escravo ademais entende-se também que todo trabalho em condições análogo é degradante. Porem nem sempre todo trabalho dito como degradante é trabalho escravo. Entende-se que trabalho em condições análogo a do escravo quando houver violação simultânea a dois princípios constitucionais princípios dignidade da pessoa humana. No Brasil a escravidão sempre esteve presente na história desde a chegada dos colonizadores. O trabalho escravo remota desde as primordiais relações humanas, pré-históricas.
A história do trabalho escravo acompanha a história de humanidade, havendo indícios de sua aplicação desde tempos remotos, quando os guerreiros vitoriosos escravizavam os seus adversários perdedores. Com o passar do tempo e o
desenvolvimento da sociedade, a escravidão clássica foi abolida, entretanto, novas formas contemporâneas de escravidão ainda persistem, inclusive no Brasil. A escravidão era um meio de subjugação de um povo a outro, em razão das guerras que ocorriam entre as tribos e povos. Neste período, a história já aponta registros de servidão ou escravidão por dívidas.
Contudo, apesar de já existir traços de escravidão anteriormente, foi no Egito, Grécia e Roma que o instituto ganhou maiores proporções, uma vez que os prisioneiros de guerra foram considerados escravos, cujos filhos também já nasciam nessa condição No Egito, a sociedade era dividida entre dois grandes grupos: o dos dominantes, compostos por nobres, escribas e sacerdotes, e o dos dominados, composto por artesãos, felás (camponeses e pessoas que trabalhavam em obras públicas) e escravos, sendo que estes tinham alguns direitos, como o casamento com pessoas livres, aquisição de bens e capacidade de testemunhar em tribunais
Já na Grécia, embora existente a escravidão desde o período Homérico, que perdurou entre o século XV e o século VIII a.C., foi utilizada em grande escala no período Helenístico (séculos V e VI a.C.). O trabalho escravo era imposto aos prisioneiros de guerra e também àqueles não honravam com suas dívidas contraídas
Em Roma, os escravos sequer faziam parte da sociedade, uma vez que eram
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