A Primavera árabe
Trabalho Escolar: A Primavera árabe. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jessicahmais • 28/12/2014 • 2.308 Palavras (10 Páginas) • 852 Visualizações
Curso: Línguas para as relações internacionais
Disciplina: Cultura e discurso
Ano: 3.º 2014/2015 (1.º semestre)
A “PRIMAVERA ÁRABE”
Andreia Correia nº 28680
Cecília Gonçalves nº 27053
Jessica Morais nº 29870
Jéssica Asseiro nº 26225
Introdução
No presente trabalho, tentamos estudar os acontecimentos da “Primavera Árabe”, analisando-os a partir de um ponto de vista cultural e histórico. Falaremos na situação do Egito e também os meios digitais que influenciaram a Primavera Árabe.
A Primavera Árabe é um conjunto de transformações históricas que aconteceram em todo mundo Árabe. Tais transformações deram por vários protestos e revoluções que aconteceram no Oriente Médio e na África em que a população foi às ruas para tirar ditadores que estavam no poder há décadas.
Tais protestos têm compartilhado técnicas de resistências civis, manifestações, comícios, etc., usando também os mass média como o facebook, o twitter e o youtube, para organizar, comunicar, e sensibilizar a população com a conjuntura política da região.
1. O que foi a Primavera Árabe
O termo Primavera Árabe, como se tornou conhecido apesar de ter começado durante o inverno no hemisfério norte, diz respeito à Primavera de Praga, que foi um período de liberalização política na Checoslováquia durante a época da sua dominação pela União Soviética depois da Segunda Guerra Mundial.
O termo também faz alusão a “Primavera dos Povos” ou “Revoluções de 1848” que foram um conjunto de revoluções que perturbaram as monarquias da Europa central e oriental no ano de 1848, caraterizadas pelo nacionalismo das minorias, e o ódio aos regimes autocráticos.
À diferença do que aconteceu em 1848, as revoltas da Primavera Árabe tiveram como ambiente o pós-modernismo, em que a transmissão e difusão de informações são mais rápidas.
A Primavera Árabe, como é conhecida, é uma onda revolucionária de manifestações e protestos que estão a ocorrer no Médio Oriente e no Norte da África desde 2010. Até a data, tem havido revoluções na Tunísia e no Egito, uma guerra civil na Líbia; grandes protestos na Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia, Síria, Omã e Iémen e protestos menores no Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Arábia Saudita, Sudão e Saara Ocidental.
2. Revoltas
Os vários povos dos países Árabes e do norte do continente africano estavam governados por regimes autoritários e centralizadores
A onda de revoltas que se estendeu pelo mundo árabe teve consequências distintas em cada país.
Alguns opressores caíram e outros lutaram para permanecer no poder, mas quem ficou no poder teve que promover algumas reformas para se sustentar e aliviar a pressão. Porém todos os países envolvidos nessa onda revolucionária encontram-se em protestos, alguns pacíficos e outros mais violentos, cada um utilizando meios diferentes para chegar a um dos fins dessas revoluções que era garantir o direito de todos.
Nos países onde o regime autocrático ruiu, o desafio é o de realizar uma certa mudança democrática que considere os diversos interesses da sociedade.
Na Tunísia rebentou uma revolta que teve como uma das várias consequências, protestos que ocorreram nos países vizinhos, isso formou aquilo que hoje chamamos de Primavera Árabe.
Fernando Brancoli, autor do livro “Primavera Árabe: praças, ruas e revoltas” (2013), diz de certa maneira, que a grande parte das revoltas que acontecem tem origens económicas e que se forem combinadas com situações políticas e culturais, faz com que se possa ter uma visão mais vasta das razões complexas que incentivaram as manifestações. Isto é, que não podemos só pensar que as razões dessas revoltas foram por causa de fatores económicos mas sim com uma junção de aspetos políticos e culturais e isso permite nos perceber que os protestantes não se manifestavam pela falta de empregos mas também pelos próprios direitos humanos.
2.1.1 A origem
Os protestos ocorridos na Tunísia, que aconteceram primeiro, foram designados por “Revolução de Jasmin”. Essa revolta aconteceu como consequência do descontentamento do povo com o regime ditatorial. A origem dessa revolução ocorreu no dia 14 de janeiro de 2010 em que um jovem que vivia com a sua família através da venda de fruta se negou a dar dinheiro à polícia. Isso fez com que os seus produtos fossem confiscados. Revoltado com a situação, ateou fogo em si mesmo, marcando um evento que abalou a população de todo o país e iniciou a realização da revolta popular.
Manifestações e protestos alastraram-se por todo o país, obrigando o presidente Zine El-Abdine Bem Ali, que governava desde 1987, a fugir para a Arábia Saudita. O acontecimento foi aclamado por milhares de tunisianos que se deslocaram às ruas e às praças para festejarem. Era o triunfo de uma revolta que alcançaria patamares inimagináveis.
2.1.2 Causas
Entre as várias causas da Primavera Árabe podemos referir as seguintes:
• A alta taxa de desemprego no mundo árabe;
• A crise económica;
• A pouca ou inexistente representação política da população;
• A existência de governos autoritários;
• A ausência de liberdade de expressão.
2.1.3 Expansão revolucionária no Egito
Sob a influência das revoltas que aconteceram na Tunísia, várias ocorrem noutros países. Por exemplo, a revolta na Líbia, designada de “Revolução Líbia. Esta teve como fim acabar com a ditadura de Muammar Kadhafi e foi uma das mais sangrentas da Primavera Árabe. Há quem defenda que se não fosse a Tunísia, o povo egípcio não se teria revoltado, isto porque, foi a Tunísia que inspirou as multidões egípcias a revoltarem-se assim como aconteceu na maior parte do mundo árabe.
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