A TEORIA ANTROPOLÓGICA CLÁSSICA
Por: Sérvulo Ramos • 18/1/2018 • Resenha • 2.073 Palavras (9 Páginas) • 255 Visualizações
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ[pic 1][pic 2]
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA: TEORIA ANTRROPOLOGICA CLÁSSICA
PROFESSORA: ESP. ELAYNE DE NAZARÉ ALMEIDA DOS SANTOS
DISCENTE: SERVULO AUGUSTO RAMOS DOS PASSOS
PAPER-RESENHA
São Miguel do Guamá
2017
Sérvulo Augusto Ramos dos Passos
PAPER-RESENHA
Trabalho elaborado como requisito na obtenção de nota parcial para disciplina de Teoria Antropológica Clássica, lecionada pela Professora Esp. Elayne De Nazaré Almeida Dos Santos.
SÃO MIGUEL DO GUAMÁ
2017
Introdução
Este paper é uma breve sinopse de duas obras importantes para o curso de Licenciatura Plena em Ciências Sociais. Aqui está disposta uma descrição das mesmas com algumas de suas ideias principais e questionamentos de assuntos pertinentes à antropologia e a sociologia. O texto I da socióloga Zahidé Machado Neto foi publicado em 1976 é denominado - Antropológicas: As “sociedades” na sociedade. Nele abordam-se questões referentes ao saber de determinado individuo em relação aos seus iguais. Assim como algumas implicações pertinentes ao desenvolvimento e aplicação da disciplina.
O texto II é um conjunto intitulado Evolucionismo cultural/textos de Morgan, Tylor e Frazer; este foi organizado por Celso Castro, editado por Jorge Zahar e traduzido por Maria Lucia de Oliveira, os três são estudiosos da área e seus polos além de promotores de seus acervos. Aqui são levantadas algumas questões sobre os três pensadores e “pais” da antropologia. Discorre-se sobre: evolução biológica e cultural, o caminho único desta ciência do homem, os termos que englobam o método comparativo e a ciência da cultura, bem como a antropologia de gabinete.
Por isso, estes dois textos são uteis e ferramentas pertinentes para o desenvolvimento e aprimoramento de conhecimento deste curso de Ciências Sociais e seus integrantes, na medida em que a leitura ocorre pode-se organizar melhor o entendimento sobre alguns termos da antropologia e da sociologia como vertentes do saber.
Desenvolvimento
- Texto I - Antropológicas: as “sociedades” na sociedade segundo Georges Balandier.
Durante este primeiro momento da disciplina teoria antropológica clássica foram trabalhados dois textos com a turma onde são expressas algumas ideias e conceitos pertinentes à área das ciências sociais. Tais conteúdos são deverás muito uteis e importantes para a promoção de conhecimento e releitura de outros, pois o campo de ação das ciências sociais é amplo e interessante de para a produção acadêmica.
Por conseguinte, nos termos antropológicos têm-se o primeiro texto de Zahide Machado Neto intitulado Antropológicas: as “sociedades” na sociedade segundo Georges Balandier. Este texto enfatiza uma análise sobre o conceito de sociedade e suas vertentes bem como seus caracteres modais e factuais, a exemplo pergunta-se através das investidas contidas no texto sobre: como são as sociedades e as culturas?
Este tipo de indagação é muito coerente, pois é sabido que nos parâmetros atuais da antropologia não se deve de imediato taxar uma ou outra sociedade ou cultura aplicando nomenclaturas comuns por parte do ser que entra em contato com está e pretende conhece-la em determinada escala. A partir disso o contexto abordado sugere uma releitura dos seus saberes e das sociedades.
Neste sentido existem várias maneiras de se entender uma mesma sociedade, há varias óticas embutidas no termo “Antropo/Lógicas”. Aqui não se trata de um conhecimento acabado, mas sim de uma escavação a respeito das formas de apresentação destas tais quais como são em suas próprias realidades. Ou seja, é necessário averiguar quem são os seres formadores destas “outras” culturas, com seus costumes e ações particulares, assim mais uma questão é notável em decorrência da leitura do texto, sendo esta: como se estruturam e se manifestam seus “saberes” sobre elas?
O próprio texto indica que, é arriscado enfatizar a aplicação desordenada de saberes que não comportam renovação em seus caracteres ou argumentos. E também que, o discurso científico pode acarretar em seus moldes perdas como as de caráter social ou psíquico. Sendo assim, este processo de quebra é tido como “desnaturalização” das palavras, das coisas e do mundo onde este indivíduo habita.
Isto dispõe que, o saber antropológico não deve ser inerte em relação a estas estruturas e formas de ver o mundo. É certo que se deve ter consciência destas alteridades e suas realizações. Estas não ocorrem apenas por suas produções simbólicas, ideais ou materiais. Trata-se de fatores condicionais referentes ao indivíduo que o concretizam como ser social.
Por estes termos é possível sinalizar que na falta desta consciência muitos problemas podem aparecer como, por exemplo: a situação conflituosa da mulher diante de uma sociedade moldada em caracteres machistas. Daí aponta-se que algo deve ser feito em relação a isto, por isso pensa-se a igualdade e a equidade; como estas ferramentas podem transformar uma sociedade? Homens e mulheres podem ser vistos e agir de modo equivalente, ou seja, relacionais a partir da ótica do respeito entre estes?
Concomitante a isto, aborda-se outras variáveis como o caráter imagético e analógico das sociedades, seus paradigmas e situações como, por exemplo: a mulher que é vista como alteridade, que transmite uma ideia de risco para os demais membros de sua sociedade. Isso na argumentação mítica de algumas sociedades africanas. A mulher é vista como o ser “de fora”, individuo não socializado.
Em consequência disto, em um universo feito pelo e para o homem; a mulher está sujeita assim como a ética, a moral e os moldes desta sociedade “estável” estão margeados pela análise do “macho dominador”.
O texto é amarrado por argumentos explícitos e coerentes calcados em alguns exemplos concisos de fatores ou situações que são importantes e consideráveis quando se pretende fazer uma análise antropológica ou sociológica das “sociedades” na sociedade, em meio a isto alguns autores são citados no intuito de justificar certas expressões ou noções que aparecem durante a leitura deste primeiro texto.
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