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A VIOLÊNCIA CONTRA OS IDOSOS

Por:   •  13/4/2017  •  Artigo  •  2.881 Palavras (12 Páginas)  •  188 Visualizações

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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS - UNITINS
CURSO: Serviço Social
DISCIPLINA: Trabalho de Conclusão de Curso II

VIOLÊNCIA CONTRA OS IDOSOS

Raimunda Gomes Silva

Resumo

O presente artigo consiste em numa pesquisa bibliográfica que investiga as causas e efeitos da violência e dos maus-tratos praticados contra o ser humano na terceira idade, situando-os no contexto da realidade social. Analisam-se também as ações das Políticas Públicas Nacionais de Enfrentamento a Violência contra a Pessoa Idosa no Brasil. Apresenta-se os documentos que legalmente sustentam a ação dos profissionais que visam diminuir as diferentes formas de agressão contra a pessoa idosa. Nesse panorama o serviço social assume um papel importante na promoção do bem estar ao idoso. O estudo tem como sustentação teórica as obras de diversos teoricos que abordam esta temática, que por sua vez citam outros autores nas suas obras, alguns destes também foram destacados neste artigo científico.

Palavras-chave: Idoso, envelhecimento, violência, maus tratos, serviço social.

Introdução

        Este trabalho procura demonstrar que o envelhecimento do ser humano é um processo que acontece desde o nascimento, de forma a esclarecer a experiência de se tornar idoso. O idoso no Brasil tornou-se objeto de estudo acadêmico graças ao aumento deste segmento da população nas últimas décadas. O governo, por sua vez trabalha na fundamentação de legislação e políticas públicas que garantam os direitos dos idosos e a promoção de sua longevidade.  É importante destacar o papel do  assistente social como um profissional preparado para atuar nas políticas públicas de amparo a pessoa idosa, visando  garantir seus direitos, no cumprimento das Leis estabelecidas no Estatuto do Idoso e demais leis de amparo. Os assistentes sociais têm intensificado suas ações em busca de conscientizar a todos quanto à importância do idoso para a sociedade e colocar em prática todo esse aparato legislativo. Pretende-se demonstrar neste trabalho que muito pode e ainda precisa ser feito, a sociedade precisa participar mais ativamente não tolerando e sim denunciando todo e qualquer tipo de violência praticada.  Destacam-se neste artigo científico a evolução do envelhecimento, os vários tipos de violência que são praticadas contra os idosos, os meios de intervenção e denúncia existentes e os mecanismos de que os assistentes sociais dispõem para lutar pelos direitos dos idosos e garantir-lhes uma velhice tranquila e digna. Este trabalho foi desenvolvido através de uma pesquisa bibliográfica, consulta a diversas fontes, selecionando as de maior relevância ao tema, fazendo as observações necessárias e almejando uma boa argumentação.

Desenvolvimento

  1. O evelhecimento e a violência contra o idoso

Idoso é um termo que indica uma pessoa com uma vivência traduzida em muitos anos. De acordo com a literatura, pessoas acima de 60 anos são consideradas idosos e participantes da terceira idade. Recentemente, este marco referencial passou para 65 anos em função principalmente da expectativa de vida e das tentativas legais do estabelecimento da idade para o início da aposentadoria (Dourado e Leibing,2002). Sem negar o fato de que envelhecer representa um aumento de dificuldades, temos que considerar que as capacidades humanas dependem, em qualquer idade, de constante estimulação para permanecerem ativas. A elaboração de projetos de vida é uma das formas, talvez a mais importante, de viver com dignidade. Um dos maiores desafios da velhice é a negação de nossa sociedade à possibilidade de elaborar projetos, por mais discretos que sejam aos que envelhecem. (Direitos Humanos e Pessoa Idosa, Brasília – 2005).
           Dentro de uma visão mais prática a velhice é definida, por Rosenberg (1992), como a época em que as tarefas básicas em relação ao desempenho profissional e à família já foram, pelo menos em parte, cumpridas e o indivíduo pode se sentir mais livre para realizar seus desejos. A esperança de vida ao nascer mais que dobrou do início (33 anos) ao final do século XX(quase 70 anos). De 1991 a 2000, a população brasileira com mais de 60 anos aumentou duas vezes e meia a mais (35%) do que a população mais jovem que cresceu 14% (LIMA-COSTA et al, 2002). Ou seja, o país está num caminho sem volta, embora seja ainda jovem, como lembra Veras em seu livro: País jovem de cabelos brancos (1994). Hoje há pelo menos uma pessoa idosa em 26% dos lares brasileiros e há mais de 130 mil pessoas com mais de 100 anos no país. Aqui, a faixa de 60 a 69 anos, que tradicionalmente se denomina terceira idade, é a que aumenta mais rapidamente. Infelizmente o país não tem conseguido dar uma velhice tranqüila a seus cidadãos: boa parte dos idosos sofre muitos e profundos problemas sociais. Geralmente, é desse segmento até 75 anos que surgem as denúncias de maus tratos e violências, uma vez que o grupo dispõe de mais autonomia e de condições para buscar ajuda. Acima dessa faixa os velhos sentem muito mais dificuldades de reagir a agressões físicas, econômicas e psicológicas. O segmento dos idosos de 70 a 80 anos é chamado da quarta idade e já se usa a classificação quinta idade para a população acima de 80 anos. (PEIXOTO, 2000) (Minayo, 2004).

Segundo o Aurélio, dicionário da língua portuguesa, violência é o ato violento,ato de violentar, constrangimento físico ou moral, uso de força, coação. Na maioria dos casos é dentro da própria família ou pessoas próximas. O idoso nem sempre denuncia o agressor por medo de perder os laços afetivos. Verifica-se no manual do cuidador do idoso pg. 47, (2008) que nas situações de violência é importante considerar os fatores que envolvem a família, o agressor pode ser o próprio cuidador. A intervenção deve ser feita considerando-se a complexidade destes fatores.

Os primeiros estudos sobre violência doméstica contra idosos datam de meados da década de 1970, com a publicação do artigo “Granny battered” (espancamento de avós) em 1975 (Baker, 1975). Em 1996, a questão da violência foi reconhecida mundialmente como um importante e crescente problema de saúde pública em todo o mundo pela  Assembléia Mundial de Saúde. Ressaltaram-se suas importantes conseqüências para indivíduos, famílias, comunidades e países, tanto no curto como no longo prazo e seus prejuízos para o desenvolvimento social e econômico.

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