A construção de um quadro teórico e prático relacionado aos conceitos de degradação social e invisibilidade social, bem como a identificação desses fenômenos na vida cotidiana
Pesquisas Acadêmicas: A construção de um quadro teórico e prático relacionado aos conceitos de degradação social e invisibilidade social, bem como a identificação desses fenômenos na vida cotidiana. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: cleidy83 • 18/9/2014 • Pesquisas Acadêmicas • 5.779 Palavras (24 Páginas) • 538 Visualizações
Universidade Anhanguera –UNIDERP
Centro de Educação a Distância- Polo Caxias- Ma.
Curso: Serviço Social
Disciplina: Psicologia
Tutor(a) Distância: Lindolfo A. Martelli
Tutor(a) Presencial: Maria Auricéria Santana
Psicologia: Desvalorizados e invisíveis, porém existentes.
Cleidyane Soares da Silva: RA 362846
Gildenee Nogueira Silva Medeiros:RA 362811
Meida dos Santos Silva: RA 397375
Mônica Pereira da Silva: RA399068
Caxias- Ma
Abril de 2013
Introdução
O presente trabalho consiste na construção de uma fundamentação teórica- prática referente aos conceitos de humilhação social e invisibilidade pública, e na identificação desses fenômenos na vida cotidiana.
Os textos pesquisados enfatiza as questões relacionadas a humilhação social e psicológica, e opressão entre proletariados, e a questão da desigualdade e exclusão dos indivíduos numa sociedade não igualitária.
Ao iniciar a psicologia social, será frisado um pouco sobre a história da mesma e como se deu o inicio do grande momento da psicologia. A psicologia social surgiu no século XX como uma área de aplicação da psicologia para estabelecer uma ponte entre a psicologia e as ciências sociais (sociologia, antropologia, ciência política). Sua formação acompanhou movimentos ideológicos e conflitos do século, a ascensão do nazi-fascismo, as grandes guerras, a luta do capitalismo contra o socialismo, etc. O seu objeto de estudo é o comportamento dos indivíduos quando estão em interação, o que ainda hoje, é controverso e aparentemente redundante, pois como se diz desde muito: o homem é um animal social.
Os fatos que foram relatados sobre a humilhação social que corresponde a um caso particularmente doloroso de angústia: um apego doentio derivado da exposição do homem pobre a mensagens de inferioridade social. Mensagens que lhe são assiduamente dirigidas pelos outros e pela cidade, mensagens verbais e também mensagens e silenciosas: são palavras ou circunstâncias públicas que lhes parecem como o eterno lembrete de não estão em casa.
Humilhação Social e Suas Conseqüências
Ahumilhação é literalmente o ato de ser tornado humilde, ou diminuído de posição ou prestígio. Todavia, o termo tem muito mais em comum com a emoção da vergonha.O sentimento de humilhação e as formas históricas e culturais assumidas pelo exercício da humilhação parecem nos fornecer elementos cruciais para a compreensão dos acontecimentos mais relevantes da contemporaneidade. Este tipo de interrogação e de objeto supõe, portanto, a consideração de abordagens diversas. A antropologia e a psicanálise, a história e a sociologia, a literatura, o teatro, o cinema e a cultura de uma maneira geral não cessam de evocar e denunciar as situações de humilhação, de questionar as respostas e as atitudes que promovem, seja elas de submissão ou de contestação e revolta.
A psicologia social caracteriza-se não pela consideração do individuo, pela focalização da subjetividade no homem separado, mas pela exigência de encontrar o homem na cidade, o homem no meio dos homens, a subjetividade como aparição singular, vertical, no campo intersubjetivo e horizontal das experiências.
O sentimento de humilhação que visa essencialmente a rebaixar e mesmo humilhar o outro físico e moralmente pode provocar, de forma aberta ou camuflada, efeitos de retirar-se de convívio social em si mesmo, de afastamento e causa ate mesmo o processo inconsciente pelo qual uma idéia, sentimento ou desejo, tido como desprezíveis por um indivíduo é por ele excluído de admissão consciente, mas persistem na vida psíquica, causando distúrbios mais ou menos graves, ameaçando a integridade física e psíquica de um indivíduo ou grupo social. A humilhação ou as humilhações são muito vezes, o resultado de um acúmulo de elementos e fenômenos aparentemente insignificantes e cotidianos, de sua repetição ao longo do tempo.
A humilhação é uma modalidade de angústia que se dispara a partir do enigma da desigualdade de classes. Angustia que os pobres conhecem bem e que, entre eles, inscreve-se no núcleo de sua submissão. Os pobres sofrem freqüentemente o impacto dos maus tratos. Psicologicamente, sofrem continuamente o impacto de uma mensagem estranha, misteriosa: vocês são inferiores. E, o que é profundamente grave: a mensagem passa a ser inesperada, mesmo nas circunstancias em que, para nós outros, observadores externos, não pereceriamrazoáveis esperá-la.
A desigualdade social e a pobreza são problemas sociais que afetam a maioria dos países na atualidade. A pobreza existe em todos os países, pobres ou ricos, mas a desigualdade social é um fenômeno que ocorre principalmente em países não desenvolvidos, pois prejudicam cidadãos de todas as faixas etárias, principalmente os jovens de classe de baixa renda, impossibilitados de ascendersocialmente pela falta de uma educação de qualidade e melhores oportunidades no mercado de trabalho e de uma vida sadia e digna. Gerando assim, a uma previdência enfraquecida que não consegue sustentar os aposentados dignamente; permitindoa existência deum mercado de trabalho e uma educação elitizada, onde poucos jovens de menor renda conseguem adquirir uma melhorformação escolar e profissional; e , dentre as piores conseqüências, propicia a ocorrência da violência urbana.
O objetivo central deste artigo é analisar a desigualdade social e, conseqüentemente, a invisibilidade social. Estes temas centrais na constituição da identidade do povo brasileiro serão analisados a partir de uma interlocução entra e Sociologia e a Psicologia desenvolvidas por Jessé Souza e Fernando Braga da Costa, respectivamente. Estes dois autores apontam em suas obras a desigualdade social como um fenômeno constituinte da sociedade brasileira. Jessé Souza também critica a visão de autores da sociologia clássica quanto o surgimento da desigualdade
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