A influência do transporte na qualidade de vida e motivação no trabalho
Artigo: A influência do transporte na qualidade de vida e motivação no trabalho. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: jhon87 • 7/11/2014 • Artigo • 3.369 Palavras (14 Páginas) • 501 Visualizações
GABRIELA SENA LOPES
A INFLUÊNCIA DO TRANSPORTE NA QUALIDADE DE VIDA E MOTIVAÇÃO NO TRABALHO.
Trabalho apresentado ao curso de graduação em Administração da Universidade Católica de Brasília como requisito para obtenção do título de Bacharel em Administração.
Orientador: Prof. Msc. Cesar Eduardo Leite.
Brasília – DF
2014
TERMO DE APROVAÇÃO
A INFLUÊNCIA DO TRANSPORTE NA QUALIDADE DE VIDA E MOTIVAÇÃO NO TRABALHO
Projeto de Pesquisa de autoria de Gabriela Sena Lopes, A INFLUÊNCIA DO TRANSPORTE NA QUALIDADE DE VIDA E MOTIVAÇÃO NO TRABALHO, apresentado como requisito parcial para conclusão da disciplina PROJETO DE TCC do Curso de Administração, defendido e aprovado, em ___/___/2014 pela banca examinadora constituída por:
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Professor Msc. Cesar Eduardo Leite
Orientador
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Professor Esp.
Examinador
Brasília
2014
1. INTRODUÇÃO
Essa pesquisa baseia-se no estudo das dificuldades encontradas pelos trabalhadores durante o trajeto que percorrem de sua casa ao local de trabalho, tendo como consequência uma mudança no comportamento desses indivíduos, seguido de uma diminuição na sua motivação e uma alteração na qualidade de vida no trabalho.
Grande parte dos trabalhadores necessita de um meio de locomoção para realizar o percurso da residência ao trabalho e vice-versa. Mas durante esse deslocamento, muitas dificuldades são encontradas, podendo acarretar mudanças no comportamento do indivíduo e, consequentemente alterações em seu desempenho. Com um aumento na quantidade de carros nas ruas e com a facilidade atual das pessoas em adquirir um automóvel, os congestionamentos são cada dia maior e o tempo em que os trabalhadores levam para chegar ao trabalho estão sempre aumentando. Outro fator que colabora para esses congestionamentos é a cultura da população em relação ao uso dos automóveis, pois as pessoas insistem em trafegar pelas principais vias da cidade nos horários de pico e não há cidade no mundo que suporte esse fluxo.
Ferraz e Torres (2001) enfatizam que o sistema de transporte de passageiros é tão importante na caracterização de uma sociedade quanto os serviços de abastecimento de água, saneamento básico, energia elétrica e telecomunicações, balizadores do desenvolvimento humano, urbano, econômico e social.
Entretanto a oferta deficiente gera consequências negativas da operação como falta de confiabilidade, má utilização dos recursos, desconforto, interesses políticos e transporte informal, que convergem para o ciclo da oferta de transporte público. (VASCONCELLOS, 2009, p. 140).
O senso comum aponta que a mobilidade no trajeto entre a residência e o trabalho, em um sistema de transporte existente que não seja direcionado para atender as necessidades do trabalhador, submete os usuários à fadiga, raiva repentina, angústia e irritação. Estes fatores considerados como estressores passam a alterar o equilíbrio do indivíduo e desencadeiam as diversas fases do estresse.
Segundo Wright (1988) o transporte público é o meio de transporte em que os passageiros utilizam como meio de locomoção de forma legal e pode ser utilizado por qualquer cidadão que se disponha a pagar o serviço terceirizado. Mesmo os cidadãos pagando por esse serviço, o que se encontra em muitos casos não é um sistema de qualidade. Atualmente no Distrito Federal, a maior parte da população pode identificar uma série de necessidades no que diz respeito aos serviços de transporte público. Necessidades essas que acabam se tornando dificuldades, tais como a distância dos pontos de acesso ao transporte, baixas frequências de percursos, horários irregulares, veículos lotados e muita insegurança.
De acordo com dados da Secretaria de Transporte do Distrito Federal, cerca de 1,5 milhões de pessoas no Distrito Federal e entorno utilizam algum meio de transporte público terrestre todos os dias. Alguém que utiliza o transporte público enfrenta diversos transtornos no seu dia a dia, devido á infraestrutura precária do sistema do DF por causa do grande aumento no número de pessoas diante do pouco crescimento da frota. Devido a essas dificuldades, os funcionários acabam perdendo maior parte de suas energias no percurso, podendo prejudicar o desempenho no trabalho, principalmente quanto à motivação, devido ao stress no trajeto percorrido. Essa influencia pode criar estímulos inesperados, desagradáveis e insatisfatórios, refletindo assim também no desempenho no trabalho. Tendo como consequência a insatisfação e a frustração.
Pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE, 2010) apontam que em 2010 as pessoas gastaram em média 2h42min por dia em deslocamentos.
De acordo com Utzeri (2008, p.2) ao tratar sobre a questão de mobilidade urbana destaca que é preciso evoluir para o transporte público sobre trilhos, visto que um país que considera o ônibus como transporte de passageiros de grande capacidade, ou transporte de massa, não consegue resolver os problemas crônicos de mobilidade, que acabam por afetar diretamente ou indiretamente diversos serviços essenciais à cidade e às próprias pessoas que nela vivem. De acordo com este autor, as opções sobre trilhos existem para formar rede integrada de transporte, que desafoga o setor e proporciona qualidade.
Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN, 2011), a frota de veículos atingiu o número de 70,5 milhões, o que significa 121% maior na comparação com a frota que circulava pelo país em 2001: 32 milhões de veículos. Em 2003, a Capital Federal tinha uma frota de 557 mil automóveis. Em abril de 2013, a marca chegou a 1,07 milhão, aumento de 90%. Esse aumento, porém, na maior parte das cidades brasileira, ocasiona congestionamentos e acaba comprometendo a sua própria
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