A Ética E A Moral Na Atualidade

A Ética e a Moral na Atualidade

É muito comum, nos dias atuais, vermos reportagens televisivas, documentários e artigos sobre ética, na maioria das vezes, reportagens falando sobre a falta desta. Notícias sobre deputados, administradores, famosos e advogados antiéticos é o que mais circula nas redes sociais. Habitamos um mundo em que pessoas de má índole são o que mais encontramos por aí. Muitas vezes nos perguntamos qual foi a educação dessas pessoas para tomarem esse caminho, já que o exemplo vem de casa, no começo da nossa educação, desde a nossa infância.

Apesar da ética e moral serem consideradas sinônimos por muitos séculos, a partir do século XVIII foram diferenciadas. Ética pode ser entendida como um conjunto de valores e princípios, distinguindo o que quero, o que posso e o que devo, ou seja, é a ciência da conduta humana. Já a moral é a pratica da ética, um conjunto de regras a respeito do bem e do mal. Cortella afirma que a ética é permanente e a moral é relativa; existe antiética, mas todos tem ética; e também diz que uma pessoa pode ser moral, imoral ou amoral.

Ser antiético e/ou imoral pode trazer dinheiro e sucesso facilmente, assim como pode levá-los do mesmo jeito e Matos afirma este pensamento quando cita, em um de seus artigos, que “ganhar o dinheiro fácil é a fantasia que antecipa o insucesso total”. Sendo assim, é essencial ter caráter, mas não apenas pela sua imagem e sucesso, mas por aqueles que convivem conosco diariamente, pois ser imoral irá prejudica-los, mesmo que seja involuntariamente.

Ser um bom profissional de Administração não é tarefa fácil, e para que todos estejam cientes do quão importante é ser honesto em sua profissão, foi criado o Código de Ética dos Profissionais de Administração (CEPA), assim como em qualquer outra profissão. Neste encontramos todos os capítulos, especificando tudo o que um Administrador precisa saber, os quais expressam alguns exemplos a serem seguidos, como:

I. Deveres: Exercer a profissão com dedicação e ética (I);

II. Proibições: Emprestar seu nome para trabalhos em quem não está/estava envolvido (V);

III. Direitos: Exercer a profissão independentemente de qualquer característica pessoal (I);

IV. Honorários profissionais: Acompanhamento periódico das mudanças salariais (IV);

V. Deveres especiais em relação aos colegas: Evitar comentários prejudiciais (I);

VI. Deveres especiais em relação à classe: Apoiar e participar dos eventos relacionados aos interesses da classe (II);

VII. Infrações disciplinares: Desrespeitar outras profissões (VI);

VIII. Disposições finais: É dever do CFA (Conselho Federal de Administração), juntamente com os CRAs (Conselho Regional de Administração), revisar e atualizar o CEPA (Art. 11).

Se pararmos para analisar, vivemos em um mundo em que a mudança de princípios e valores é instantânea. Porém, temos que ter em mente que a ética não é apenas um código de regras que devemos seguir, e a moral não é simplesmente praticar atos corretos para não ser julgado. A ética e sua prática tem que, antes de mais nada, serem entendidas