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ALGUNS ASPECTOS NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO

Por:   •  17/5/2015  •  Artigo  •  5.487 Palavras (22 Páginas)  •  398 Visualizações

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ALGUNS ASPECTOS NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO

Dimas Pereira da Silva

RESUMO

O presente trabalho apresenta uma discussão abordando Alguns Aspectos na Qualidade de vida do idoso no Brasil. Analisa a questão do acelerado índice de evolução do envelhecimento da população apresentado na última década, como um fato de ordem social e, como tal carece de ser tratado pelo Governo como tal. Discute a questão da necessidade da implantação e execução de projetos sociais voltados a proporcionar uma melhor qualidade de vida às pessoas depois dos 60 anos de idade. Apresenta alguns resultados obtidos por instituições governamentais e não governamentais, com a execução de projetos de cunho social voltados a tutelar os interesses do idoso, os quais demonstram que é possível empreender ações eficazes no sentido de proporcionar na velhice uma vida melhor às pessoas. Como objetivo geral a pesquisa trata da questão da qualidade de vida do idoso no Brasil e, como objetivos específicos discute o fenômeno da evolução da velhice nas últimas décadas não só no Brasil, mas também no mundo e quais as providências estão sendo tomadas pelas autoridades para amenizar os efeitos do trauma na fase do envelhecimento. A metodologia utilizada foi a da pesquisa bibliográfica. A pesquisa foi dividida em tópicos subtópicos, por último uma parte conclusiva e referências bibliográficas.

Palavras-chave: Idoso. Qualidade de Vida. Direitos.

1 INTRODUÇÃO

A presente pesquisa tem como objetivo identificar e contextualizar alguns aspectos fundamentais na Qualidade de Vida do Idoso no Brasil, analisando, sobretudo, aspectos relacionados às questões conceituais acerca do que efetivamente é a velhice, quando começa esse estágio na vida do ser humano. Como objetivo geral o trabalho apresenta uma discussão conceitual sobre o que significa Qualidade de Vida do Idoso e sua representatividade social.

Já como objetivos específicos a pesquisa apresenta uma análise do fenômeno do envelhecimento, do ponto de vista conceitual e real, analisa e discute como essa fase da vida tem sido tratada pelas sociedades, principalmente, nos últimos sessenta anos; analisa expressões conceituais como Gerontologia e Geriatria e sua importância e aplicabilidade no processo de construção de uma eficiente qualidade de vida da pessoa idosa na terceira idade; analisa a questão do índice de evolução do número de idosos no Brasil, sobretudo, no período compreendido a partir da segunda metade do século passado e, quais as medidas adotadas pelas autoridades governamentais no sentido de proporcionar mais segurança às pessoas idosas.

Do referencial teórico analisado buscou-se estabelecer um diálogo com a literatura médica, da educação física e áreas afins, os quais discorrem sobre o tema em debate. A metodologia utilizada na elaboração do trabalho foi a da pesquisa bibliográfica e documental, a partir da análise no Estatuto do Idoso e do diálogo com os dados coleados nas literaturas pesquisadas. Estruturalmente, o trabalho foi dividido em parte introdutória e tópicos e subtópicos, o que facilita a leitura e compreensão do enunciado, além de uma conclusão e referências bibliográficas.

2. GERONTOLOGIA E GERIATRIA – CONCEITO E APLICAÇÃO

Para melhor compreender a temática proposta para estudo na presente pesquisa, abordando “ALGUNS ASPECTOS NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO”, é imperioso trazer à baila, embora sucintamente, conceitos existentes na nossa literatura desenvolvidos por pesquisadores e especialistas sobre Gerontologia e Geriatria.

Para Both (2005, p. 27) Gerontologia como área do conhecimento é incipiente e as diversas ciências como, por exemplo, a medicina e a psicologia, estão constituindo-a por causa dos regimes de poder das diversas áreas de conhecimento.

O citado autor observa que o envelhecimento e a velhice, no Brasil, como área de saber, ou mais claramente, “a origem da gerontologia como disciplina emergente e espaço de conhecimento, é uma área que advém também da mudança do perfil demográfico, da pressão social, particularmente dos idosos”.

De acordo com Both (2005, p. 27), a ciência Gerontologia, ao longo das pesquisas, tem-se apresentado de uma forma multidisciplinar e interdisciplinar e, como conseqüência vêm se estendendo significativamente, mesmo não sendo na forma necessária e esperada. Tem se manifestado intrinsecamente com vínculos em outras áreas de saber, o que tem levado os profissionais e pesquisadores que buscam os esclarecimentos em estudos, a se sustentarem em áreas que mais de aproximam e dizem respeito ao fenômeno do envelhecimento.

Groismam (2002 apud BOTH, 2005, P. 27) afirmam que, do ponto de vista de uma abordagem “holística” ou “biopsicossocial”, a ciência do envelhecimento aparenta ter como meta algo sem precedente no campo das ciências biomédicas ou do comportamento humano “uma perfeita integração interdisciplinar”.

Gerontologia é a “área do conhecimento científico voltado para o estudo do envelhecimento em sua perspectiva mais ampla, levados em conta os aspectos clínicos, biológicos, condições psicológicas, sociais, econômicas e históricas”. (MONTANHOLI et al, p. 667).

Both (2005, p. 28) no debate acerca da Gerontologia como uma ciência autônoma afirma que “Psicólogos, sociólogos, assistentes sociais, médicos, biólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, professores de educação física buscam olhar o envelhecimento humano de seu ponto de vista”. No seu entendimento implica dizer que a gerontologia ainda não se constitui em uma área de conhecimento autodeterminado.

Sobre isto, Groisman (2002, p. 3) afirma:

A gerontologia parece ter problemas internos na sua formulação como campo de saber, que parecem comprometer sua consolidação como profissão e seu reconhecimento como disciplina científica... Ela se dividiria em duas subáreas: a geriatria e a gerontologia social. A geriatria seria o ramo da medicina que visa tratar as doenças associadas ao processo de envelhecimento. Já a gerontologia social incorporaria uma série de disciplinas, tais como a psicologia, o serviço social, o direito, a nutrição e outras, para o estudo do envelhecimento. (GROISMAN, 2002, apud BOTH, 2005, p. 03).

Se analisada sob esse olhar, a gerontologia careceria de luz própria enquanto ciência formal, capaz de olhar a velhice desde seu ponto de vista e, capaz de olhá-la de uma forma complexa e responsável. Possivelmente

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