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AS TRIBOS URBANAS

Por:   •  12/8/2019  •  Artigo  •  775 Palavras (4 Páginas)  •  242 Visualizações

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FACULDADE EINSTEIN

PROGRAMA DE MESTRADO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO HOLÍSITCA

SALETE FATIMA JACOBI LIEVEN

A PRESENÇA DA MULHER NAS TRIBOS URBANAS

Posto da Mata- Nova Viçosa – Bahia

2017

SALETE FATIMA JACOBI LIEVEN

A PRESENÇA DA MULHER NAS TRIBOS URBANAS

Artigo de opinião apresentado ao programa de Mestrado oferecido pela Faculdade FATEFFIR, polo presencial de Itabatã - Mucuri - BA, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Educação Holísitca.

Prof. Dr. Wesley McDaniel Ferreira de Souza

 

Posto da Mata- Nova Viçosa – Bahia

2017

A PRESENÇA DA MULHER NAS TRIBOS URBANAS

Nos diversos níveis - nacionais, continentais, planetário - podemos constatar indiscutivelmente uma pluralidade de comunidades, agrupamentos, sub sociedades criadas em torno de determinados assuntos, entidades culturais, discussões, ideais… enfim: progressivamente e no mundo todo, pessoas agrupam-se em torno de algo.

Aparentemente, tanto a quantidade destes grupos quanto seu fortalecimento dá-se na medida em que, de maneira igualmente progressiva, os meios de comunicação se desenvolvem e ganham força - nossa sociedade encontra-se quase sufocada sob toneladas de terabites trocadas entre os aparelhos conectados à rede mundial de computadores a cada segundo; mesmo antes da internet, o século passado revelou-se o século do desenvolvimento da comunicação, através das redes de telefone, rádio, TV e etc. A pluralidade cultural e a respectiva difusão dessa pluralidade acabam por facilitar o surgimento dos grupos mencionados acima. Alguns destes grupos foram chamados de “tribos urbanas” por Michel Maffesoli, sociólogo francês, em 1985, e o termo ganhou força com a publicação de seu livro O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. Algumas afirmações do sociólogo são fundamentais para o ponto de vista que tomaremos neste artigo sobre o que consideramos ser este fenômeno chamado “tribo urbana”.

A fundamental é a de que as tribos urbanas estão sempre posicionadas em relação ao poder - o estado, o sistema, o capital -, mesmo quando não plenamente conscientes disso, apesar de quase sempre assumirem com clareza esta postura de enfrentamento. Nesse sentido, podemos lembrar de tribos como os “punks” e os “hippies”: enquanto os primeiros adotam um posicionamento agressivo, por vezes violento contra o poder, hippies adotam uma postura pacífica que é, por si mesma, de enfrentamento. Estes últimos, inclusive, tem a vida em comunidades extra urbanas como recurso ideológico de enfrentamento ao poder que, constantemente, revela-se urbano, na medida em que existe através do controle dos meios de produção e dos recursos naturais.

Para a elaboração deste artigo, nos interessou saber e estabelecer uma linha de raciocínio que argumentasse sobre a importância histórica da presença feminina nas tribos urbanas, dado que, nas situações de disputa de poder, existe um monopólio das narrativas históricas em torno da figura masculina, como se esta carregasse uma força, convertida em capacidade, que a mulher não possui em pé de igualdade por natureza, enquanto que, na verdade, essa diferenciação é imposta culturalmente, imposição cada vez mais combatida em todo o mundo. Sabemos que as mulheres estiveram no torvelinho dos acontecimentos de seu tempo, subvertendo a ordem machista de manterem-se em seus lugares culturalmente determinados e, infelizmente, suas histórias acabam ofuscadas, já que os poderes estabelecidos tão costumeiramente sobre tradições machistas não se interessam em contá-las.

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